Perguntas e Respostas #94

Olá, caros leitores, e sejam bem-vindos à minha estreia no Perguntas e Respostas! Cá estou eu para satisfazer a vontade a 10 seguidores do site, que deixaram as suas perguntas na semana passada.

Como não vejo TNA, cingir-me-ei às perguntas relacionadas com a maior empresa de luta livre mundial. Espero que fiquem esclarecidos aqueles que foram seleccionados e um agradecimento a quem não viu a sua dúvida respondida, a quem peço que continue a tentar daqui para a frente.

WWE_GN’R_22: Quando é que achas que o Roman Reigns se separa dos The Shield, e quando o fizer será que irá logo para o main-event?

A separação dos Shield parece iminente, resta saber se ocorrerá a tempo da WrestleMania, onde se espera uma luta entre os três.

A um mês da realização do maior evento do ano, a construção para esse possível final não é difícil ou demorado de se fazer, visto que as primeiras sementes de desorientação no grupo foram semeadas quando Dean ficou como único campeão na facção.

Essa tensão cresceu na feud com Punk, com o campeão a ser frequentemente a vítima do assentamento e a ser o primeiro eliminado no Survivor Series.

Os criativos definitivamente viraram a atenção para Roman, quando outrora seria Dean a beneficiar de ser o único membro a erguer um cinturão.

Penso que o Dean sairia pouco credibilizado como chefe ao ser detentor dum título com tão pouca expressão nos dias que correm, logo, não acredito numa disputa por ele mas sim para se saber qual dos três é o melhor. Se a hierarquia estiver correcta, até acho mais sensato que fosse Seth a ganhar esse campeonato num programa semanal, pois apercebe-se que não chegará ao topo tão rapidamente.

Nesse caso, e a concretizar-se, o combate entre os três na WrestleMania teria unicamente em vista desmembrar o colectivo, com um saindo como a força dominante, e aí seria Roman o eleito.

A resposta que a WWE tem dado à tua pergunta está num “pára-arranca”, com Seth a tentar manter a stable

Portanto, tudo depende do que os oficiais queiram acrescentar ao card no Biggest Stage of Them All. A razão para a continuação já passou, o conflito com a Wyatt Family já se deu, e esse era um confronto que se desejava e em que os Hounds of Justice revelaram um pobre trabalho de equipa.

Com o desmantelamento, não sobram dúvidas que Roman vai ser um face bastante apoiado e o Seth também deverá mudar de postura. Porém, será o primeiro a estabelecer-se no main event e o segundo passará uma temporada no mid card. Main event os Shield já são e separadamente todos lá irão parar.

Roman é claramente aposta para isso, senão vejamos: no Survivor Series, foi o sobrevivente; foi o único deles a vencer Punk; no Royal Rumble, estabeleceu o recorde de 12 eliminações e costuma ser o salva vidas do “escudo” com o seu finishig move.

Nani: Se os Usos se separassem achas que algum deles teria algum sucesso na WWE?

Isso é fácil prever: não! Eles são usados como gémeos muito iguais na abordagem ao ringue e ao microfone, ou seja, nenhum se destaca do outro e até se confundem se não formos ouvindo os comentadores a identificá-los.

Uma separação deles seria mais à la “Crime Time” do que uma traição entre os Hardy’s, onde um era adorado e o outro lá conseguiu vencer o irmão algumas vezes nessa história como compensação por o outro ser o mais popular.

Eles as poucas coisas que os diferenciam é a entrada com aquele ritual samoano e a interação com a plateia através daquela brincadeira com o apelido, logo, eles que continuem.

john 3:16: Muito se especula que The Rock vai pro Hall of fame pro ano, apesar dele ter muitos filmes para fazer não consideras ser um bocado cedo para ele assim acabar a carreira de lutador?

The Rock acabou a carreira em 2004, Dwayne Johnson começou a dele em 2011. Não me parece que ele volte a lutar e, para que isso aconteça, terá de se abrir os cordões à bolsa ou ele ter de promover algum filme. A verdade é que temos de nos situar temporalmente e entender que ele fará 42 anos brevemente, esteve 7 afastado deste desporto e é um dos mais requisitados actores de Hollywood.

Não podendo estar em dois sítios ao mesmo tempo, o que há ele de preferir? Cansar-se e pôr em causa a participação nalgum filme ou recusar ordenados chorudos como actor para fingir ter 20 anos outra vez?

Eu nunca pensei voltar a vê-lo à empresa até que a 14 de Fevereiro de 2011 foi revelado como o apresentador da WrestleMania. Eu queria uma participação mais activa, mas, em vez disso, tivemo-lo via satélite, a tirar o protagonismo ao Miz, em duas “Once in a Lifetime” e a não passar o testemunho ao Cena como Hogan fizera com ele, o que proporcionou um “Finisher Contest” com o título em jogo.

Anunciou que seria o candidato ao WWE Championship no Royal Rumble por “dá cá aquela palha”, desfazendo um reinado de 434 dias dum certo Straight Edge.

É que nem as suas promos eram tão alucinantes como antigamente, sendo metido no bolso muitas vezes em duelos verbais, algo fora do vulgar no “Most Exciting Man in Sports Entertainment”.

Mesmo tendo uma desforra depois do “uma vez na vida parte 2”, não apareceu devido a uma lesão no seu tendão abdominal e na pélvis. Um regresso é possível, mas a retirada é-o mais.

Apoio a sua indução, não esqueço a importância que teve e tomo-o como um dos melhores performers e entertainers de sempre. O que critico foi a sua utilização nos últimos anos, nada de mal tenho a declarar sobre o Great One (1996-2004).

Yan: Qual seria a última Match e o oponente de Taker numa Mania ? Qual seria a Mania?

A luta que deveria ter terminado a sua carreira foi o “End of an Era”, porque a meio a um combate frouxo houve toda uma carga simbólica por terem estado presentes no ringue os resistentes de tempos passados. Isso não sucedeu e eu estou na expectativa que para o ano haja Icon vs Dead Man.

A idade dos dois intervenientes não permite uma estipulação pesada e o elenco só por si vende o combate. Por outro lado, eu sou dos que gostaria de vê-lo contra o Cena, daí torcer para que o Fenómeno sobreviva a mais duas Manias.

É complicado dizer com quem será o seu último embate, porém, eu adorava que ele se batesse com estes 2. A questão é que Vince entende que Mark Callaway suporta fazer uma presença por ano no ringue e este não o recusa se for pago como deve ser.

Os defensores da streak e os que pedem o seu final estão preocupados que se leve essa corrente até ao limite e que comece a parecer desnecessária a aparição dele para defrontar gaiatos quando ele já exterminou todo o peixe graúdo do desporto de entretenimento.

Pedro: Acha que um dia a WWE pode deixar de ser da família McMahon?

Isso nunca irá acontecer. O Vince não vai deixar de tratar de certos assuntos até perder as suas capacidades de raciocínio, a filha e o genro têm assumido uma posição mais interventiva e há Shane que pode querer voltar depois dos seus negócios pessoais.

A WWE é fruto da perseverança e rompimento dos cânones que cercavam a luta livre nos idos anos em que Vince comprou a companhia ao pai e começou a formular o que temos oportunidade de ver nos nossos ecrãs.

Esse esforço e dedicação com certeza terá continuidade dentro do legado da sua família.

Miguel Carlos: Qual a tua opinião sobre a Tag Team Division? Pensas que ela está em boa ou má condição na WWE neste momento e o que fazias para manter ou torná-la boa?

Fábio Vaz: O que tens achado das recentes separações envolvendo tags e stables como PTP, Shield e possivelmente Real Americans?

A divisão tem obtido novos contornos desde os Hell No e com as equipas que se formaram nas stables, para não falar da revitalização dos Usos e da junção dos parentes Rhodes.

A minha opinião é que a secção de duplas está muito mais forte do que há pouco tempo atrás, mas há que tirar partido de algumas que ficaram afectadas pelo estrondo que foi a ligação do Big Red Machine a Daniel Bryan. Por exemplo, o excelente reinado deles impossibilitou um maior sucesso de Cody e Damien, que mereceriam o título se o panorama não fosse tão favorável ao “Devil’s Favorite Demon” e ao Goat.

Os Real Americans estão por um fio com a aguardada aposta em António Cesaro e a demora a recuperar a confiança em Jack Swagger, que considero a razão para que a dupla não seja vista como uma ameaça.

Rybaxel enchem espaço e têm uma ou outra vitória, não me admirando se forem Number One Contenders para serem facilmente derrotados, nunca para se sagrarem campeões nesta boa fase que a divisão atravessa.

Temos igualmente um excesso de equipas para a comédia ou que não são levadas a sério, como Los Matadores e Truth e Xavier Woods. Há aqui matéria prima para outro tipo de aproveitamento.

É pena que se continue a acabar com equipas sem motivo aparente, o que faz com que os elementos se percam no roster, como pode vir a acontecer com os Prime Time Players.

Com esta política de “divórcios”, acho que é preciso pegar nos que não estão a fazer nada e juntá-los. Mid e low carders como Zack Ryder e Curt Hawkins, Miz e Alex Riley, Justin Gabriel e Tyson Kid, Húnico e Camacho são as fusões mais óbvias, mas podia-se também reforçar o sector de duplas com Big E Langston, Big Show, Brodus Clay, Christian, Dolph Ziggler, Evan Bourne, Fandango, Mark Henry e Wade Barrett. Combinações por uma causa em comum como foi a do “Yes Man” com Punk também seria bem aceite.

Fabricio: Você acha que Orton está sendo mal aproveitado?

Não, a storyline da Autoridade é que tem tido os seus percalços. Todos queríamos tê-lo heel novamente e aí o temos, só não gosto da protecção que se transforma em abandono dum momento para o outro.

O Game e a mulher fizeram dele campeão corporativo porque era o melhor para o negócio e Orton andou a esconder-se atrás deles durante um tempo até que ambos o deixaram sozinho para mostrar que o merecia ser. Isto não tem fundamento nenhum, se a víbora é a cara da WWE com a ajuda deles os dois não percebo certas atitudes tomas para com ele.

Receio que a Autoridade se desfaça dele com Batista a ser favorecido na Mania e escolhido como novo representante, a face que tanto desejou ser até 2010.

Aí o Animal fazia o turn ditado por aquela bela recepção no Royal Rumble e levaríamos com o Assassino de Lendas a face durante o final dessa história.

Malco Canedo: Miguel, você acha que após a Wrestlemania, Bray Wyatt poderia conquistar algum título?

Isso será inevitável dado a fantástica personagem que desempenha e os atributos que tem vindo a melhorar no ringue. A frágil situação dos Hounds of Justice abre portas para o domínio dos Wyatt e o seu líder terá o ouro à volta da cintura nos tempos que aí vêm.

O pior é que com a unificação dos títulos principais a concorrência é muito apertada e a descredibilização dos secundários não promove vagas a muita gente.

Se se decidir pela desunificação com o final perspectivado para a Mania, Bray surgirá na corrida, se não, terá de se pôr na fila onde sabemos quem espera pela chamada.

Gabriel Hailan: O que você achava da falecida Mae Young?

Foi pioneira na criação das lutadoras femininas e uma influência para muitas divas, treinando muitas delas. Há quem só se lembre dela pelos momentos cómicos e esqueça a importância que teve ao lado da amiga Fabulous Moolah ou Wendy Richter.

A storyline em que namorava Mark Henry teve segmentos engraçados (era para isso que o Sexual Chocolate servia na altura), só que aquela gravidez estragou tudo…

Senti muito pela sua morte, parecia ser uma senhora brincalhona, bem humorada e divertida em tudo o que fazia, chegando a afirmar querer lutar aos 100 anos!

Ficou-se pelos 90 e deixará saudades, nutro por ela um imenso respeito e será homenageada para a posteridade. Os momentos atrevidos nos bastidores e nos balneários femininos farão parte da memória daqueles que a seguiram.

Nani: Já ouvi falar bastante de um antigo lutador chamado Gangrel e cheguei a ver alguns vídeos dele e achei-o bastante bom, mas como não sou da época em que ele lutava podes me dizer se ele tinha qualidade para World Champion?

Ele encarnava um gimnick gótica de vampiro que cuspia sangue antes dos combates e que ficou imbatível durante muitos meses de 1999. Formou os Brood com Edge e Christian, que se juntaram temporariamente à Ministry of Darkness. A rivalidade mais conhecida foi contra os Hardy’s e o seu manager Michael Hayes.

Durante a feud, traiu os Brood e aliou-se aos Hardy’s. Como lutador, era maioritariamente usado como mid carder, até ser libertado em 2001 pelos seus problemas de peso.

O seu finishing move é o Impaler DDT, que o colega de facção Rated R Superstar nomeou Edgecution. Ele não tinha qualidade para mais de meio da tabela e uma perna a fazer jobs.

Eu não gosto da sua caracterização, aqueles dentes fazem-me impressão! É uma curiosidade que pode ser descoberta nos primórdios dos E&C, pouco mais que isso.

Está arrumada a minha contribuição inicial no Perguntas e Respostas, perdoem as respostas longas, eu tento ser sucinto mas às vezes não consigo.

Para a semana será o Luís Salvador a dedicar-se às vossas perguntas, por isso não percam. Quanto a mim é tudo, até à próxima!