E chegamos ao número 16 do Signature Move. Quero lamentar a fraca criatividade da minha última crónica ao antever o Elimination Chamber… mas hey!, 5 acertos em 6 previsões deixam-me orgulhoso e acaba por compensar a possível menor qualidade (para alguns) do artigo.

Esta semana, voltarei ao lirismo/romantismo que parece ganhar acolhimento entre o vastíssimo público do PTW, com uma crónica sobre um senhor que tem à sua frente um futuro muito… bom!

“…and I’m all about the lil’ things, you know”

Sir Les Thatcher a Victor Sosa no show semanal para o Figure Four Daily.

Signature Move #16 – Pequenas Coisas

A vida é bela, dizem os optimistas. Agarram-se as suas próprias vidas para o dizer,  por vaidade ou por protecção a perguntas às quais não querem responder. A ambos os lados (hipócrita e não-hipócrita), concedo a minha compreensão – quando tudo corre bem, temos necessidade de o partilhar e espalhar e quando tudo corre mal, é normal não querermos falar sobre isso.

O que nos faz ficar feliz? Feitos, paixões, objectivos, sonhos concretizados… a lista prolonga-se ao longo da infinitude das múltiplas personalidades que possam existir por entre 6 mil milhões de mentes, e cada um sentirá o prazer à sua maneira.

Há, contudo, algo fundamental para chegarmos ao patamar de satisfação, à paz com o destino traçado – pequenas coisas. Coisas que nos direcionam rumo àquilo que queremos ver/conquistar. Sejam eles: 1. métodos ou  2. obras de arte inspiradoras; é isso que está na base de um “a vida é bela!”.

São os métodos e as obras de arte (pinturas, fotos, imagens, sons, músicas, filmes… !) que constituem as tais pequenas coisas e dentro destes há outras coisas a que se pode chamar, também pequenas coisas. No que toca aos métodos, teria de percorrer muita quilometragem de linhas para falar delas, já no que diz respeito às obras de arte, bem… os pormenores de uma pintura a carvão, a linha de baixo que dá fluidez a uma música e coloca os restantes instrumentos no devido lugar de destaque, a finta que antecede o golo, a expressão facial no momento decisivo da tal comédia que nos envergonhamos de dizer que nos inspirou… a antecipação, a expressão facial do lutador daquele combate que tanto gostámos de ver e com o qual nos identificámos pela posição em que ele se encontrava!

São as pequenas coisas que nos afeiçoam às obras de arte, e estas são as “pequenas coisas” que nos inspiram a seguir em frente. Por isso, a importância crucial delas. No wrestling não é diferente, e há alguém que tem aparecido a exibi-las com toda a classe e qualidade, com o cunho de uma boa base de treino (Les Thatcher). Vamos trata-lo por Sr. Bom.

Começou a trabalhar com Cody Hawk e Les Thatcer em 2004, e logo lhe foi ensinada a importância de vender antes da manobra, de antecipar os momentos cruciais, da importância de um bom combate estar não dentro mas entre golpes. O miúdo Bom tinha 19 anos, mas a inteligência impedia que a juventude lhe tirasse a oportunidade de beber o mais clássico e saboroso vinho dos conhecimentos. Começou bem, a sua carreira, progrediu na HWA e só passados 5 anos chamou a atenção às camadas mais salientes do wrestling independente, nomeadamente a Dragon Gate e a CZW. Ia mostrando tudo aquilo que aprendera com o seu mentor, dava ares de uma certa personagem de uma certa série de sucesso cinematográfico. Um vilão absolutamente adorável a quem toda a gente não consegue deixar de admirar, alguém que chamava a atenção sem se saber bem como… alguém que pegava no micro e fazia todo e qualquer um dos presentes dar prioridade às cordas vocais de um Bom que se ia tornando senhor no meio.

Vieram as noites mal dormidas na estrada, o trabalho extra mal pago e pouco reconhecido, a distância da família… enfim, o habitual! A verdadeira academia militar para o carácter de uma pessoa que é a indústria de wrestling abaixo das ligas maiores também existiu e experimentou-a durante dois anos!

Habituou-se, até gostou da independência e da personalidade que foi conseguindo ganhar. Gosto de se conhecer, e a confiança demonstrada no ringue era sinal vivo do que se passava por detrás do Sr. Bom. Estava tudo… bem!

Signature Move #16 – Pequenas Coisas

Chegou a altura de dar o outro salto. A vida na estrada continuava, mas desta vez o trabalho era reconhecido e muito bem pago. O futuro garantido… não só o dele, mas também o dos que virão e dependerão dele. Esteve em “cativeiro” durante algum tempo até estar pronto para ser lançado às feras, algo que não durou muito a acontecer…

… e quando aconteceu, foi brilhante, a estrela maior, o que mais se exibia perante a fornada que com ele veio. Porquê? Difícil de ter conhecimento sobre isso sem olhar duas vezes, e apercebermo-nos das… “lil’ things”.

Thatcher ensinou Jonathan Good a importância das pequenas coisas  para criar impacto e ser visto como alguém importante pelas pessoas… e assim foi. Ele conseguiu, ele está no topo, e já é chamado de Main Eventer na WWE. Afinal, é o rosto mais conhecido dos The Shield, e ninguém dirá racionalmente porquê. Apenas pelas… pequenas coisas que faz.

Signature Move #16 – Pequenas Coisas

Dean Ambrose é especial. Ninguém, nem entre os mais céticos (e com sanidade mental) se atreve a discordar de que há potencial a explorar e que o futuro será brilhante para o Sr. Good, Jonathan Good.

11 Comentários

  1. Mintz12 anos

    Amazing post! Once more!

    Muito bem, Pedrito

  2. valugi12 anos

    Excelente artigo, para mim Dean Ambrose e o mais talentoso da Shield, ele e muito bom em ringue e e no micro também e sensacional, com certeza futuro Main Eventer.

  3. Sem duvida que dos três é o mais talentoso e vai dar um grande heel se bem aproveitado

  4. Excelente artigo! Um dos melhores que já fizest até hoje, mas talvez eu tenha esta opinião pela pessoa em questão.

    O Dean Ambrose é tudo aquilo que um fã de Wrestling pode querer. Se é o mais talentodos dos Shield? Julgo que sim, mas não sei se é o que terá mais sucesso… Depende muito do splanos da WWE, e já se sabe que a prioridade, normalmente, é dada às bestas, e neste caso o Roman Reigns parte em vantagem.

    Reigns e Rollins são muito bons ( arrisco-me a dizer, dos melhores da WWE), o Ambrose é excelente. Não é perfeito, porque isso não existe. Mas está lá perto. Talvez a WWE abra os olhos desta vez e veja que este diamante é demasiado dourado para ser desperdiçado…

    • Sawyer12 anos

      Mesmo a sério! Eu gosto muito dos The Shield porque eles conseguem meter-me agarrado ao ecrã a ver o combate com motivação.. É algo que eu não tinha a muito tempo! São os 3 mesmo muito bons, mas claro tenho uma preferencia que é o Dean Ambrose. Para ser sincero eu só conheci o Dean Ambrose quando ele fez o debut para os The Shield, alias eu só conhecia o Seth Rollins dos 3, e conhecia pouco dele. Mas depois comecei a pesquisar sobre o Dean Ambrose, a ver combates dele e tal e mais com o seu trabalho da WWE, fiquei logo fã dele! Como não gostar dele? LOL Que a WWE aproveite este homem. Alias que a WWE aproveite estes os 3, porque a pala destes 3 já vejo combates com emoção. Foram poucos mas bons…

  5. Cris12 anos

    O Phenomenal One do PTW está de volta ehehe. Grande Juarez 😀

  6. takini the french12 anos

    grande artigo parabens

  7. Sem dúvida Juarez espero que o futuro do Ambrose seja brilhante. Não é so ele que é main-event da WWE, para mim os Shield são main-event da WWE e conquistaram esse estatuto por mérito. São uma stable fantástica, qualquer um dos dos três é fantástico. Também sou da opinião que será o Reigns o primeiro a ter uma oportunidade por um título de topo, mas isso não quer dizer que vá ter mais futuro. Mas que o Ambrose é fantástico no ring, nas promos isso é. Mas isso eu e tu já sabiamos antes de estrear no Shield.

  8. Eduardo12 anos

    Ótimo artigo parabéns

  9. vascosilvavasco12 anos

    Bom artigo Juarez,o Ambrose é para mim o mais talentoso(de longe)dos membros dos The Shield,apesar do Reigns e do Rollins também não serem nada maus,agora não sei se o Ambrose será o membro com mais sucessos no futuro porque a WWE gosta de apostar nas “bestas” mais do que no talento,apesar de como eu referi em cima o Reigns é “uma besta” com talento.O Rollins é o “saco de pancada” mas pode ter um bom futuro,retomando ao Ambrose só tenho estas palavras:”UM DIAMANTE PARA SER POLIDO”,bom artigo mais uma vez:) e gosto de estar de volta o teu ar mais lírico.