A divisão de marcas da WWE começou semana passada com o Draft, e a verdade é que alguns viram as suas expectativas goradas quando não viram alguns nomes a subirem, ou simplesmente porque não tiveram regressos no mesmo. Contudo aquele não era o espaço para regressos, estávamos perante um processo de divisão e escolha de wrestlers dentro do roster actual da WWE e foi exactamente isso que aconteceu.

E francamente eu gostei bastante da divisão, acho que foi o mais equilibrado que era possível tentando dar o mesmo número de main-eventers, Tags e mulheres tanto à SmackDown como à Raw. Claro que podemos questionar qual delas será mais forte, mas se existe algo que esta primeira semana provou é que este elenco de wrestlers respondeu ao desafio com nota muito positiva. Isto sem tirar o mérito às equipas criativas que tiveram um booking muito eficaz, e diferente nos episódios introdutórios à “nova fase” da WWE.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

Todos nós sabemos que o plantel actual não possui main-eventers consolidados em número suficiente, mas é exactamente para isso que esta divisão foi feita: para criar mais estrelas de modo mais eficaz. E a principal formula que faz com que esta decisão possa vir a resultar é o facto de termos equipas criativas exclusivamente focadas na sua própria marca.

Isso faz com que não tenhamos várias vezes por semana repetições do que aconteceu no outro programa, e sobretudo não vemos repetições constante dos mesmos combates, confrontos e rivalidades nos dois programas. E isso ajuda sem dúvida alguma a que produto não seja tão pesado e a dinâmica seja mais fluida e interessante.

Porém não nego os riscos de excesso de tempo de wrestling que os PPV´s mensais de cada brand poderão trazer. Contudo acredito que se o produto mantiver esta qualidade os fãs acompanharão esses dois eventos por programa. Ficando no critério de cada um de nós a possibilidade de ver a totalidade dos eventos, ou apenas ver os combates que interessam.

No fim do dia acho que a WWE irá estudar a reacção do público a esta estratégia, e ajustar posteriormente do melhor modo, porque o objectivo neste momento é sobretudo atrair fãs mais antigos e que pediam estas mudanças, e não creio que as mesmas causem um êxodo por si. Tal como referiu o Bryan no Battleground, vão-se arriscar algumas ideias e algumas vão correr bem e outras nem por isso, e a companhia vai corrigindo os seus erros.

Não podemos pedir milagres imediatos e muito menos criticar e destruir o processo logo na primeira semana, é necessária paciência seja por parte dos fãs, e sobretudo é fundamental que o booking se foque no desenvolvimento e recuperação de personagens. Se o fizerem temos tudo para assistirmos a uma boa fase para o wrestling, e para uma transição de geração com bastante sucesso.

Contudo cada uma das Brands terá estrelas, surpresas, e desafios diferentes e que implicarão diferentes tipos de respostas por parte da WWE. Até porque cada uma das divisões de cada uma das marcas tem debilidades específicas. E será essa análise que farei de seguida, apresentando as minhas para a primeira temporada desta “nova divisão” de marcas na WWE.

Mas antes de avançar com essa análise, existe algo que creio ser importante de ser referido e que abrange ambas as marcas: algumas decisões que vamos assistir nos próximos tempos terão que ser “cegas”. E têm de ser assim porque se a WWE quiser quebrar com o ciclo em que se encontrava, terá de forçosamente apostar em alguns nomes com potencial mas que se encontravam adormecidos por mais estranho que isso nos pareça.

E digo isto porque em ambos os shows assistimos a esse tipo de aposta, embora perceba que de facto as decisões até possam parecer precipitadas elas teriam de acontecer para quebrar barreiras no main-event da WWE. Caso não o fizessem teríamos um main-event limitado aos mesmos que o têm ocupado nos últimos 3 anos( cerca de cinco ou seis nomes), e esta divisão servirá para isso mesmo: criar novos main-eventers.

Sendo este um projecto com resultados lentos, que só terá resultados ao fim de um ou dois anos do mesmo. E se a companhia deu três a quatro anos para o projecto de unificação dos títulos é fundamental que dê pelo menos o mesmo tempo para este, porque sem um plano sólido e estável a longo prazo ele nunca funcionará. Contudo acredito que exista mesmo vontade de fazer esta extensão um sucesso, e isso foi visível nesta primeira semana embora isso não signifique que o futuro do mesmo está garantido.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

Começo a análise pela SmackDown que nesta primeira semana apresentou um produto agradável, embora não tão forte quanto a Raw, mas com um ponto bastante positivo: um booking paciente. Ou seja, parece-me que a equipa criativa não irá colocar sempre todas as rivalidades do plantel todas as semanas, dando margem de crescimento às mesmas usando uma estratégia à NXT.

Claro que existirão histórias que terão sempre lugar no programa, mas existem várias formas de contar uma rivalidade sem que seja colocar um combate todas semanas. Por exemplo se um PPV da SmackDown tiver em média cerca de 7 ou 8 combates, sou da opinião que não é necessário todas as semanas dar tempo a todos eles. Sobretudo porque isso implicaria despender muito pouco tempo no desenvolvimento das histórias, e isso não cria interesse no mesmo.

Dai concordar que uma estratégia de booking à NXT é a ideal para a SmackDown criar o seu próprio estilo de construção dos seus PPV´s, até porque possui apenas duas horas semanais para o fazer. Por vezes bastará um ou dois segmentos fortes para que se que prenda a atenção dos fãs, do que segmentos flashes semanais onde não apresentas motivos para apoiar determinado wrestler, e isso acaba por ferir o seu desenvolvimento enquanto performer.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

No que diz respeito à Divisão Feminina da marca azul ela é claramente mais fraca do que a Raw neste momento, e apenas a Alexa Bliss e a Becky parecem ter algum potencial e futuro, embora ache que vá existir algum tipo de aposta na Eva Marie como vilã. Contudo acredito que acrescentem mais alguns elementos experientes ao plantel( Nikki Bella ou mesmo a Melina), até porque a divisão vai precisar de competitividade quando for criado o seu próprio titulo, algo que me parece certo depois desta primeira semana.

Contudo no caso das mulheres e das equipas da SmackDown creio que só vejamos os primeiros campeões no Backslash( primeiro evento da marca), pois dificilmente esses combates conseguiriam melhor do que ser pré-show do Summerslam. Em todo o caso esta é uma divisão onde a Becky pode ser “rainha e senhora”, e sem dúvida alguma que foi uma das vencedoras do Draft, pois será a cara feminina da SmackDown durante este ano.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

No caso das equipas não tivemos qualquer tipo de avanço, mas acredito que na próxima semana teremos avanços nessa mesma divisão. Aliás, estou curioso para perceber como funcionará a divisão de equipas pois possuem três equipas aceitáveis ( Vaudevillains, Breezango e Usos), e uma equipa de elite: os American Alpha.

Mas acredito que os jovens do NXT serão as caras e os dominadores da divisão, e sem dúvida serão uma das atracções da mesma, embora não seja impossível que os Hype Bros também recebam alguma atenção. No campo dos vilões acho que o destaque irá sem dúvida alguma para os Breezango, e quem daqui a uns meses para os Revival no momento em que percam os seus títulos no NXT.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

Já o midcard é claramente uma das divisões com maiores lacunas da SmackDown depois do Draft, embora existam alguns nomes com potencial: Apollo Crews, Baron Corbin e Kalisto. No entanto isso não é suficiente dai ser compreensível que nomes como o Del Rio possam estar em rivalidades de midcard, tal como é natural que as contratações de antigos wrestlers se concentre para a “marca azul” pois possui um plantel mais reduzido e a precisar de ajustes nesta divisão. E isso faz do  campeão Intercontinental Miz o nome mais forte e credível da divisão

Sendo por isso perfeitamente normal para mim que nomes como Rhyno, Hawkins, Shelton e MVP venham para esta zona do card da SmackDown sobretudo para desenvolver e construir a personalidade dos jovens, além de tornarem mais interessante a competição pelo título Intercontinental. Aliás, não ficarei surpreendido se nomes como Samoa Joe e Austin Aries venham para este programa no momento da subida do NXT para o main-roster, para dar mais força a esta divisão enfraquecida.

Embora admita que depois do episódio desta semana tenha ficado com vontade de ver uma aposta lenta e gradual no Slater de modo mais sério, ele possui muito mais talento do que nos é apresentado “à superfície”, e se a WWE está a apostar no Darren Young não vejo motivo para não arriscar no Heath Slater mesmo que ele falhe. Não peço que seja ele a retirar o título ao Miz, até porque acho que isso será feito ou pelo Apollo Crews ou pelo Corbin.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

Por falar neles foi agradável vê-los no main-event da SmackDown, e é sinal que a companhia quer apostar de algum modo neles nesta Brand mas primeiro terão que desenvolver as suas personagens no midcard. No entanto foi positivo vê-los no meio de quatro nomes que a par com o campeão da WWE Dean Ambrose irão marcar o main-event da SmackDown: Ziggler, Cena, Styles e Wyatt.

E sem dúvida que este plantel possui neste momento mais star-power estabelecido no main-event do que Raw, o que tornou a aposta no Ziggler para contender ainda mais surpreendente, e não creio que a mesma simbolize um sinal de fraqueza do título da WWE. Acho que foi uma aposta em alguém que estava impedido de ambicionar mais com um único plantel, e que por isso mesmo estagnou a sua personagem, dai compreender o choque dos fãs com a sua vitória.

Contudo esta era daquelas situações onde a escolha era entre ele e o Wyatt, e nenhum deles seriam nomes com momentum nos últimos anos para essa aposta, ou seja a WWE estava obrigada a fazer uma escolha que não será facilmente compreendida pela maioria dos fãs para refrescar o panorama do main-event da SmackDown.

E quero acreditar que ela será por uma melhoria do booking do Ziggler, e penso que ele responderá à altura e a um nível altíssimo até porque esta é oportunidade que ele sempre pediu, e acredito que tente aproveita-la ao máximo. E será sempre bom para ele revigorar a sua personagem, mesmo que o objectivo seja entregar o título da WWE nos próximos meses a um Bray Wyatt ou AJ Styles.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

Já a Raw teve um inicio muito forte, e começando logo a trabalhar aquele que considero ser o seu ponto fraco: main-event. Não que não tenha wrestlers com talento para essa posição, mas se excluirmos o Rollins e o Reigns nao possuem mais nenhum main-eventer consolidado no plantel a tempo inteiro ( o Brock é part-timer). Dai ver com toda a naturalidade a aposta directa da WWE no Bálor porque a Raw vai precisar de criar pelo menos mais dois nomes de topo nos próximos meses, e sem dúvida que ele será um dos destaques do programa na nova Era.

E a aposta em alguém com uma atitude diferente deu o tom para o poderá ser a Raw do futuro, um programa onde se constroem personalidades para o top mas que igualmente possuem talento técnico E escolher o Bálor como figura do primeiro episodio deu um bom tom para o que poderão ser as Raw dos próximos tempos: um programa que trabalha wrestlers, mas preocupado em apresentar wrestler, e igualmente dar tempo de antena às ditas “divisões menores”.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

Três horas são muito tempo mas apresentarem um booking consistente é bem possível que os programas sejam interessantes. E sem dúvida que a divisão de Cruserweight será uma boa novidade porque trará atletas com menor estatuto para o roster, dando-lhes tempo para brilhar e se o torneio do CWC for uma amostra do potencial da divisão então acho que ela irá resultar bastante bem. Já agora gostava bastante que o primeiro campeão fosse o vencedor do torneio que está a decorrer, embora não ficasse triste caso essa honra fosse para o Neville.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

No caso da divisão feminina acho que qualquer um perceberá que a Raw tem um melhor plantel que a SmackDown, bastando que tenha a Charlotte e a Sasha como principais figuras femininas da companhia. Além delas teremos dentro de algum tempo a Bayley, e quem sabe uma aposta na Nia Jax, o que me faz estar confiante que os próximos tempos serão de boa qualidade para esta divisão.

E se a Raw servir de indicador, é bem possível que esta divisão seja das principais vencedoras do Draft e da estratégia de PPV´s de Brands. Basta imaginar que nos eventos da marca vermelha seja dado tempo aos combates femininos, que não é impossível ambicionar com a uma afirmação do wrestling feminino. E espero que a conquista do título feminino da WWE pela Sasha Banks seja o motor de uma mudança de atitude para com esta divisão. Até porque o combate propriamente dito foi fantástico, e já foi considerado dos melhores combate femininos de sempre numa Raw.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

No que diz respeito à Divisão de Tag Team ela é claramente mais forte do que a SmackDown , no entanto não é tão nivelada porque a diferença de estatuto entre as três principais equipas e as restantes é enorme,  dai considerar ser fundamental que uma das restantes equipas receba um aumento de credibilidade e a única hipótese seria uma aposta nos Shining Stars como heels com o Carlito como seu aliado.

E este processo pode acontecer progressivamente porque os próximos 4 a 5 meses a divisão continuará centrada no Club, Enzo e Cass e nos no New Day, sobretudo nas duas primeiras. Aliás não ficaria surpreendido se os New Day perdessem os títulos no Summerslam, e essa derrota servisse de catalisador para a sua separação. Sendo a principal dúvida se os títulos irão para os dominadores Club, ou se teremos a consagração de uma duplas mais populares da WWE ( Enzo e Cass).

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

No midcard a Raw também possui matéria-prima para ter rivalidades interessantes para bastante tempo. Mas também isso é normal numa divisão que tem nomes como o Rusev, Sami Zayn, Cesaro, Kevin Owens como principais figuras, e ainda tem alguns nomes que poderão surpreender: Neville, Darren Young, e quem sabe o Swagger.

Não deixando igualmente de ser um bom sinal o facto das principais caras desta divisão serem nomes que a qualquer altura poderão receber um push e construção para o main-event. Claro que precisarão que o booking os saiba defender, mas ter um midcard com potencial de progressão é um óptimo sinal para o futuro da WWE.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

E o futuro é o main-event da Raw pelo menos para já. Main-event esse que tem novo título principal: o WWE Universal Title. E eu sou dos que não se opõem ao não regresso do antigo título mundial, eu compreendo que a WWE queira marcar uma nova fase com o título sem história, para poder construir a credibilidade do mesmo de raiz.

E embora admita que não sou grande fã do nome, mas não creio que o nome seja um aspecto tão fundamental ou que simbolize alguma superioridade. Eu vejo-o como o título Mundial da Raw, tal como a SmackDown tem o seu, sendo desse modo que os analisarei no futuro.

Nesse sentido, e tal como referi gostei bastante da forma como a WWE definiu bem os seus top 10 para a Raw, porque isso fará com que os fãs consigam perceber as “subidas e descidas” de ranking nos próximos meses. E isso é importante para perceber quem serão as principais ameaças a Rollins, Bálor, e o Reigns nos próximos meses.

E embora gostasse de ver um daqueles nomes do midcard a receber um push nos próximos meses, sinceramente acho que apenas Kevin Owens o receberá dessa lista. E infelizmente talvez assistamos a uma aposta em Braun Strowman para os próximos meses até que alguém o pare.

Smoke and Mirrors #245 – As primeiras consequências do Draft

Em todo caso, e apesar de existir muito trabalho a ser feito em ambos os programas a primeira semana da Nova Era embora introdutória trouxe-nos bom sinais para o futuro. Mesmo que vá existir semanas onde a qualidade não será esta, é importante que o booking mantenha este foco: construir novas estrelas.

Em suma, tal como referiu o Rollins esta semana estamos perante uma geração que estava a ser negada, e que em três noites provou que quando é preciso arriscar conseguem mostrar o seu valor e potencial. Sinceramente espero que este nível se mantenha, porque sem dúvida que são tempos entusiasmantes para quem assiste ao produto da WWE.

38 Comentários

  1. Grande artigo! Dos melhores que escreveste na minha opinião.

  2. Gabriel8 anos

    Ótimo! Só venho a criticar alguns erros ortográficos, mas não tem problema, o artigo foi sensacional

  3. Não faria se o Finn Balor que é um Cruiserweight ganhasse o título de “World Heavyweight Championship” pois ele não é um “Heavyweight” talvez daí também ser um novo título como novo nome não havendo preferência ao físico dos wrestlers.

    • Não faria sentido*

    • Pois. Eu sou da opinião que o importante é o titulo e não tanto ser big guy. O Finn até tem um bom físico.

    • O Rey Mysterio também era Cruiserweight e foi World Heavywheight Champion.

      • Mas o Rey Mysterio o que não tinha em altura tinha em gordura…

      • Sendo gordo pode ser campeão. Tendo o peso em massa muscular tem mal. E eu adorava o Rey, mas uma pessoa olha para o Bálor e vê que tem o corpo definido. Aliás ele deve tê-lo em melhor forma e deve ser mais alto do que muitos de nós.

      • Miakuda8 anos

        E Rey Mysterio foi um piece of shit World Champion.

  4. Muito bom artigo José dos melhores. Achas que pelo Cena estar no smackdown podera ser tambem um motivo pelo titulo mundial ter “viajado” com ele? Derivado ao recorde de numero de vezes campeão. (talvez uma ideia um pouco errada nao sei)

    • Talvez não sei. Eu acho que o Cena nos próximos meses não deve vencer o título da WWE, vejo mais depressa o Styles ou o Wyatt serem os próximos campeões da WWE, ou pelo menos um deles tirar o titulo ao Ambrose.

  5. Flávio@PunkMito8 anos

    Mais um excelente Artigo José!
    Vejo com bons olhos essa era, embora ache que Ziggler não vencerá o título no SummerSlam, afinal nem rollins e Reings derrotaram Ambrose no ultimo PPV, penso que eles podem credibilizar o Ambrose pra uma futura feud com o AJ em que ai sim ele perca.
    Só não concordo com cada brand ter seu PPV, pode-se tornar desgastante, mas é apenas uma opinião.

    • Eu também acho que existem alguns riscos nesta escolha. Mas vamos ver a forma como será aplicado, e como estará o produto durante todo esse processo. Será sempre fácil voltar a ser um ppv com duas brands.

  6. The Awesome One8 anos

    Em relação ao draft: Foi competente de um modo geral embora continue a achar que um show que envolvia um draft historico varios anos de existirem brands separadas fosse um acontecimento que merecia um destaque e uma promoçao muito maiores isto é nao foi o fenomeno que deveria ter sido quando a wwe recorreu por vezes a promoções muito maiores relativas a assuntos que nem se comparam ao wwe draft. E isso viu-se no show também. Estava à espera de um show muito mais mitico do que o que nos foi proporcionado. A wwe podia e deveria ter ido alem da divisão das brands fazendo uso de alguns regressos importantes para marcarem a nova era e ate usar alguma lenda num segmento do show tirando proveito de se tratar da smackdown show que poucas lendas tem pisado ultimamente o que viria claramente como a mensagem de que a brand azul vinha com tudo novamente. Por outro lado nao gostei da wwe se esforçar tanto por destacar o raw em relaçao ao smackdown. Podiam perfeitamente ter organizado uma feud em que quer stephanie quer shane recorriam a um wrestler do roster para os representar num combate e quem o vencesse poderia escolher o seu programa. Stephanie podia perfeitamente vencer essa rivalidade e escolhe raw nao era precisa fazerem-no dando-nos a entender tao claramente a sua superioridade e reprovei essa decisao. E depois claro todos os beneficios que foram dados ao raw nas escolhas foram ridiculos. Poderiam perfeitamente ter-se escolhido os mesmos nomes sem ocorrer essa distinçao tao tendenciosa e que reforça logo à partida a superioridade da brand vermelha. Se tivessemos uma divisão justa e igualitária todos continuariamos na mesma a ter a raw como a brand dominante nao era preciso esforçarem-se tanto para passar essa mesma imagem.

    Em relação ao smackdown: pessoalmente nao gostei muito das divisões relativas a tag teams e mulheres. Nao percebi a necessidade de reforçar tanto o estatuto do raw ao colocar charlotte, sasha banks e paige todas no mesmo programa (espero sinceramente que Nikki Bella venha para o smackdown se nao seria um descalabro!) e apresentando Becky Lynch como a cara da divisao quando no raw estava claramente uns furos abaixos das 4 citadas sendo a propria wwe a passar essa imagem. Nao acho que ir para uma divisao fraca e ser a melhor so por a divisao ser fraquissima seja um ponto a favor dela. O mesmo digo em relação a tag teams quando as 3 equipas mais populares do momento vão para o raw (new day, sawft e the club!). ok smackdown tem os usos e uma tag team promissora do nxt mas enquanto luke harper nao retornar vejo a raw muito mais dominante neste aspeto tambem. Relativamente ao midcard acredito que os aguardados regressos vao suprir as necessidades da brand azul e em relação ao main-event sem duvidas que considero a smackdown muito mais consolidada que a raw. No entanto preferia ver dolph ziggler credivel e realmente uma ameaça ao titulo daqui a 4 meses de preferencia heel que neste momento pois isso apenas vai retirar brilho ao reinado do ambrose e importancia ao seu combate do summerslam. Por mim no SS teriamos ambrose vs cena vs styles.

    Em relação ao raw: diferentemente da smackdown a raw possuiu menos main-eventers consolidados mas mais wrestlers que pode subir ao topo e um midcard mais forte e composto. sinceramente a divisão cruserweight é algo que nao me cativa pois para ai só vão wrestlers sem relevancia e sem grande importancia que servem de jobbers aos main-eventers mas vamos ver no que dá. A divisão feminina é fortissima e se Nikki Bella e Bayley vem para o raw entao nem se fala (espero que nao!). O mesmo em relação a tag teams e espero sinceramente que os new day nao se separem pois sao equipa para durar anos. Em relação ao primo e ao epico precisam de remodelar a sua gimmick e serem mais bem trabalhados e carlito seria excelente nesse aspeto. Particulamente nao gostei do nome do titulo do raw, nao pelo universal, mas pelo fato de quererem a todo custo superiorizar-se ao smackdown ate no nome e prevejo rollins e reigns a disputa-lo nos proximos tempos com lesnar a meter-se quando voltar.

    • Veremos. Eu gostei para já da mudança. O Draft era entre o plantel sempre foi dito, nunca nos prometeram que iam draftar veteranos. Eles vem agora. Para já gostei do que vi e não vou entrar pelo lado negativo ou destrutivo.

  7. Ótimo artigo,José.
    No geral,concordo contigo em todos os pontos.
    Acho que falta midcard um pouco mais extenso para o SmackDown,tem muito Star Power e por consequencia bons main-eventers,mas falta pessoal para colocar os mais jovens over e dar-lhes credibilidade.
    O SmackDown tem uma divisão tag team interessante é uma divisão feminina,que apesar de ser mais fraca que a do RAW,pode vir a ser interessante de ver.

    Quanto ao RAW,tem no midcard o seu ponto forte,terá de construir pelo menos mais 2/3 main eventers nos próximos tempos,na minha opinião.
    Tem uma divisão de tag team interessante é uma divisão feminina de grande qualidade.

    Por fim,espero que esta vaga de contratações de pessoal ex-WWE traga mais pessoal ao smackdown do que só RAW,para equilibrar a sua roster

    • Sem duvida alguma. Tal como referi nomes como o MVP, o Aries e o Joe seriam boas aquisições. Também gostava de ver um John Morrison a vir para a Smackdown quando regressar à WWE no fim do contrato com a Lucha Underground.

  8. No caso do smackdown poderia ver o samoa joe , austin aries ou alguns lutadores do cwc pra fortelecer a divisão masculina … mais no caso da divisão feminina poderia vir a melina , asuka, kaitlyn e a nikki pra fortalecer a divisão feminina no caso do raw a divisão masculina ta muito boa … poderiam investir striowman ou cesaro … e no caso da divisão feminina esta otima tbm foi bom a charllotte ter perdido o titulo o reinado dela ja tava chato … mais com baylei e uma aposta na nia jax e na paige vindo ficara melhor ainda .

    • Sim eu acho que a Smackdown precisa claramente de midcarders. Dai ir receber os veteranos e talvez o Samoa Joe e o Aries claro.

  9. Rayan Oliveira8 anos

    Grande artigo,concordo com tudo que dissestes,só queria lembrar que tem o Randy Orton tbm como Main Event do SmackDown e nesse momento o Main Event da brand azul está melhor mesmo.

    • Obrigado. 🙂 E também concordo que o main-event da SD está bastante mais consolidado do que o da Raw.

  10. ZigglerRollins8 anos

    Excelente artigo! Muito bem estruturado!

  11. The Boss8 anos

    Ótimo artigo, um melhores que eu li aqui no WP. És um dos melhores escritores deste site. Parabéns ????.

    Mas seu texto tem um ponto que me chamou muito a minha atenção, que está sobre o que disseste sobre a divisão feminina da brand azul:
    Achas mesmo que algum dia, a WWE contrata a Melina novamente, visto que esta saiu de lá do jeito que saiu?

    • Obrigado. Acho que sim, ela gosta de wrestling e já vi regressos de outros nomes com problemas internos na WWE, por isso sim acho que a Melina irá voltar em breve à WWE.

      • The Boss8 anos

        Cara, entendi agora o que você falou, graças ao que você disse, li a biografia da Melina, e lá simplesmente dizia que ela tinha assinado novamente com a WWE no dia 29 de julho.
        Se isso acontecer eu simplesmente terei um infarto.

      • Eu acho que sim. E ela deve abrir portas para o regresso dentro de alguns meses do Morrison, esse sim um regresso que eu quero.

  12. Bom artigo mas por acaso discordo relativamente à divisão feminina, acho até que o Smackdown tem melhor material, apesar da Eva Marie. Sendo verdade que o RAW tem a Charlotte, a Sasha Banks e Paige, o Smackdown tem Becky (para mim a melhor a seguir à Charlotte), Natalia, Alexa Bliss e Carmella. Confirmando-se a Bayley ficará pelo menos equilibrada.
    De resto estou a gostar desta nova fase, para ser perfeito a RAW perdia uma hora, achava o RAW melhor quando tinha apenas duas horas, é mais fácil para a equipa critiva escrever um show de duas horas e sempre ficava mais equilibrado, sem destacarem tanto o RAW como o programa principal o que considero prejudicial para o Smackdown.

    • Eu acho que tens razão nesse ponto. Aliás a divisão Cruserweight vai para lá para poderem por vezes ocupar tempo com wrestlers competentes sem que se desenvolva grandes histórias. Quanto às mulheres eu acho que a Bayley vai para a Raw sinceramente, é bem provável que tenhamos Bayley vs Sasha pelo titulo na WM.

  13. 434 Days8 anos

    Excelente artigo José.

    Partilho muito das tuas ideias deste artigo. Sim o draft foi a divisão do roster actual no qual as subidas de Finn Bálor e American Alpha foram os grandes momentos que os fãs gostaram e que desejavam para além de regressos.

    No Raw o midcard destaca-se bastante e terá nomes que serão trabalhados de forma a estabelecer um main event forte. Tal como tu penso que o Owens após o SummerSlam poderá ser grande aposta por parte da WWE e já há muito que é merecido, por isso espero que tal de facto aconteça. Vejo o Rusev a ser o nome forte do midcard com o título dos EUA por mais um pouco e acho Zayn seria o candidato ideal para lhe tirar o título, embora não desgostasse que fosse o Cesaro. A divisão feminina do Raw é, neste momento, mais forte que a do SmackDown e já tivemos um grande combate com a conquista do título feminino por parte da Boss. Espero que aqui a Paige volte a ter oportunidade de mostrar o que vale, mas para já vejo a Nia a ser um obstáculo para Sasha depois de Charlotte. Na divisão de tag team temos os três nomes fortes que indicaste e penso que o Club começerá um reinado dominante no SummerSlam, reinado esse que penso que vai ser quebrado pelo Enzo & Cass no WrestleMania, pois vejo esse a ser o palco ideal para tal consagração. De resto os Shining Stars devem ser apostas como uma boa tag team heel neste brand. Quanto aos Cruiserweights acho que será uma divisão bastante bem trabalhada.

    No SmackDown temos um main-event bem composto por nomes ilustres como o actual campeão Ambrose, Styles, Cena, Orton, e Wyatt e Ziggler como os ascendentes neste momento. Confesso que adoraria que o Wyatt conquistasse o título num futuro próximo e tal é muito provável nos meses que aí vêm. Porém temos o Ambrose no meio do que começa a ser um run bastante agradável como campeão e por isso o Ziggler, uma opção inesperada mas muito aceitável a meu ver, será mais um bom nome para o Lunatic vencer consolidando assim o seu reinado e encaminhando a reabilitação de um talento como o Ziggler. No midcard como disseste é preciso nomes fortes para o Corbin e Crews evoluírem de maneira assertiva, algo que não estava a acontecer antes da brand split. A Becky tem tudo para ser a rainha desta brand sem a Sasha e a Charlotte no seu caminho. Também Carmella pode crescer com face e teremos Natalya como a heel vereterana e Bliss e Eva Marie a crescerem como heels. Apesar de tudo tenho as minhas dúvidas se a separação do talento feminino beneficia totalmente o SmackDown, mesmo que este brand venha a ter o seu próprio título para as mulheres. Na divisão tag team, American Alpha têm tudo para serem as caras principais do SmackDown no que toca a esta parte do card e Breezango apresentam-se como uns bons rivais para Jordan e Gable, sem esquecer que nomes como Usos e os Vaudevillains podem dar o seu contributo.

    Pessoalmente encaro esta nova fase da WWE com optimismo e caução. Paciência será sempre uma ideia a ter em conta com esta realidade ainda jovem no mundo da WWE e se o booking e o talento for competente, não vejo porque não poderemos desfrutar do melhor wrestling possível.

    • Exacto é aproveitar o bom momento sempre com olhar critico, mas igualmente com a capacidade de perceber que serão tempos de mudança e não podemos pedir resultados em um mês ou dois.

      Já agora gostava que o Ziggler ficasse heel nas próximas semanas, acho que seria interessante para ele.

  14. Muito bom artigo, José! A volta da Brand Split, junto de outros fatores, mostra que a WWE sabe e sabe bem o que os fãs querem.

    Quanto ao Draft, gostei da divisão. Talvez trocasse Cesaro por Kalisto, por causa da Cruiserweight Division e colocasse os SAWFT no Smackdown mas creio que a divisão final foi satisfatória. O que eu mudaria seriam algumas coisas do tipo: Colocar a Women’s Division exclusiva de uma Brand e a Tag Team Division em outra Brand, além de mover a Cruiserweight Division para o Smackdown, visto ser um programa mais dedicado ao Wrestling do que a Promos. Talvez isso fique inviável pelo fato de o RAW ter três horas e precisar de mais atrações, assim, algo mais lógico é termos Women’s e Tag Team de forma Interbrand, com os títulos podendo ser disputados tanto no RAW quanto no Smackdown Live.

    Mas, enfim, são só opiniões minhas que, na minha opinião poderiam fazer algo ainda melhor para a WWE, visto que cada Brand teria uma divisão para se orgulhar. Quanto aos shows apresentados, me agradaram imenso. Estou com expectativas bastante elevadas para o futuro da WWE e espero que o padrão de qualidade dos shows permaneça.

    • Eu acho que isso podia acontecer, porém não me pareceu a indicação que deram esta semana. E até termos essas certezas não será possível perceber isso, contudo se for inter-brand é fundamental que a Smackdown tenha oportunidades pelos títulos caso o contrário será ridículo não lutarem por nada.

    • A existência de titulos inter-brand torna a brand extension inutil. A morte da brand split começou com o RAW Super Show, quando as superstars do Smackdon puderam aparece no RAW, daí para a morte do World Heavyweight Championship e para o Smackdwon se tornar uma anedota foi um passo curto. Por isso eu descarto a existência de título interbrand.
      Quanto a títulos exclusivos, penso que não poderá ser feito nesses moldes. Um dos problemas da anterior brandsplit era precisamente esse. Os cruiserweights eram todos do Smackdown e o Women’s era do RAW, logo muitas wrestlers femininas não tinham nada para fazer no Smackdown e muitas delas tinham bastante talento e estavam lá sem nada para fazer a não ser algumas feuds parvas entre elas. Se no caso dos cruiserweights não é grave, já no caso das mulheres e das tag teams é, o que fazer com Becky Lynch, Carmella, Alexa Bliss, Natalya, Hype Bros, Usos ou Vaudevillains? Um enorme desperdício de talento no Smackdown.