Olá a todos e sejam bem-vindos a mais uma edição do “The Bottom Line”`. Á cerca de quase 2 meses atrás, eu, Colaborador deste site, resolvi apostar numa nova ideia para os meus artigos. Assim, decidi começar a fazer análise de DVD Sets, que são lançados pela WWE, sendo que analisei um dos DVDs do Stone Cold Steve Austin, para começar esta nova ideia. Este conceito foi bem recebido, sendo que agora regresso a esta ideia com uma nova análise. O DVD analisado neste artigo é o último que saiu sobre o Triple H: Thy Kingdom Come, um DVD Set com 3 discos (ou 2, se for a versão Blu-Ray). Eu vi a versão Blu-Ray, sendo que também irei analisar o conteúdo extra, presente nesta mesma versão.

Disco 1

Neste primeiro disco, temos um documentário sobre a carreira do “The Game” Triple H. É surpreendente o facto de a WWE ter demorado tanto tempo a produzir um documentário sobre esta figura, visto que foi um dos nomes mais influentes nos últimos 15 anos. O documentário consegue captar as coisas mais importantes da carreira do HHH, mas consegue por vezes ser um pouco cansativo. O que quero dizer com isto, é que consegue ser bastante interessante quando refere coisas que raramente ouvimos falar, numa grande análise: como a sua passagem pela WCW, casamento com a Stephanie, o seu envolvimento na WWE a partir do final da década de 2000s, entre outros. Porém, alguns temas presentes são um pouco desinteressantes, o que prejudica um pouco o documentário.

The Bottom Line #34 – Análise DVD: Thy Kingdom Come

O Documentário começa com o comentário sobre como foi para o Triple H crescer como fã de wrestling. É sempre engraçado  ver estas coisas, pois apesar de nunca variar muito quando se trata deste tema, nós como fãs recordamos sempre, também, o nosso primeiro contacto com este desporto. Vemos também, pela primeira vez, os pais de Triple H, algo que não foge muito à regra quando se trata deste tipo de documentários.

O documentário começa a ficar interessante quando se começa a falar sobre a carreira de Triple H na WCW. Existe um pouco de ataque à WCW, onde se diz que não estavam a utilizar o talento do HHH como devia ser. Kevin Nash diz que quando a Kliq via a WCW aos Sabádos, eles sabiam logo que o Hunter tinha um grande potencial, algo que me deixa um pouco na dúvida quanto á veracidade dessas afirmações, mas irei deixar essa passar.

The Bottom Line #34 – Análise DVD: Thy Kingdom Come

Após o capitulo da WCW, o documentário dirige-se para a personagem: Hunter Heart Helmsley, o Snob que lutava dentro dos ringues. O que foi dito de mais relevante sobre esta personagem foi 2 coisas: Curtain Call e Chyna. O incidente do “Curtain Call” é bastante infame no mundo da WWE, numa noite onde a Kliq quebrou Kayfabe num House-Show e deu uma despedida ao Kevin Nash e Scott Hall. Ora alguém tinha que ser castigado. Nash e Hall estavam de saída e por isso nunca poderiam ser castigados. E HBK era o campeão na altura e a WWE não o queria castigar. Assim sendo, HHH acaba por ser o castigado, ficando impedido de ganhar o King of the Ring de 1996, que viria a ser ganho por Steve Austin. Fiquei surpreendido quando a WWE decidiu comentar sobre a Chyna neste DVD. É verdade que ela foi uma peça importante nesta personagem de HHH, mas poderia ter sido completamente deixada de fora com facilidade. Porém não me estou a queixar e fiquei feliz pelo facto de ela ser mencionado por 2, 3 minutos. Como é claro, não é dito que ambos estiveram numa relação, mas é dito que ela era perfeita para o papel. HBK e Hunter contam a história de como eles a “descobriram”.

O caminho de Triple H até ao King of the Ring de 1997 é o tema abordado de seguida. HHH tem de agradecer, e muito, ao Mick Foley pelo que ele fez à sua carreira. Não apenas 1, mas 2 vezes, que Foley elevou o Triple H. A primeira ocorreu em 1997, quando Foley elevou o HHH como um dos wrestlers do futuro, e mais tarde, em 2000, voltou a fazer o mesmo quando o elevou como Main Eventer legítimo.

A criação dos DX vem de seguida, com os já famosos clipes desta era, como uma das maiores Stables de sempre. É dito algo que já foi dito milhões de vezes, de que os DX foram revolucionários e que mudaram o “Business” por completo, algo que concordo absolutamente. Porém, o mais interessante sobre esta fase do documentário é o pós DX do HBK, quando Triple H passa a liderar a Stable. Ao aliar-se a esta fase, aparece o momento em que Triple H se torna no campeão da WWE, um momento descrito como sendo merecido, ganho com muito esforço e sacrifício, após momentos menos bons de carreira em anos anteriores.

The Bottom Line #34 – Análise DVD: Thy Kingdom Come

A Mcmahon-Helmsley Era é retratada de seguida. Ao aliar-se a isto, aparece a união dentro e fora dos ringues, de HHH e Stephanie Mcmahon. Fiquei surpreendido por ser abordado este aspecto, até mesmo o tempo que demorou este capitulo da carreira do Game. O que o documentário tenta passar, é de que o Triple H fez um sacrifício próprio, onde este sabia que se casa-se com a filha do patrão, este marco ficaria para sempre agarrado à carreira, como algo que o desprestigiaria. Hunter tenta dar a ideia de que tudo o que conquistou na carreira foi justo e que o casamente com a Stephanie em nada o beneficiou. Eu acho isto uma bela treta, devo dizer desde já. É bem conhecido que o Triple H, durante uma dezena de vezes, foi um sacana e beneficiou-se a si próprio, envés de ser um bom profissional e por “Over” outros wrestlers. Esta parte do documentário foi bom, mas tinha muito discurso contraditório.

The Bottom Line #34 – Análise DVD: Thy Kingdom Come

Fiquei contente que a rivalidade entre Rock e HHH tenha sido abordada neste documentário. Na minha opinião, foi a rivalidade do ano de 2000. Ambos queriam ser melhores e superarem-se a si próprios, o que fez com que a rivalidade fosse muito boa. A lesão do Triple H em 2001 é o tema abordado de seguida, com o facto de que o HHH, na melhor das suas formas, tinha agora que parar durante meses até poder regressar.

O documentário dá-se ao trabalho de falar dos “Evolution” uma Stable que marcou a WWE e que era comandada por HHH. É dito que este grupo teve sucesso, pois tinha membros estabelecidos como HHH e Ric Flair, mas também mostrava o futuro, com Randy Orton e Batista.

Aqui começamos a entrar na parte menos boa do documentário. Uma retrospectiva que estava a ser muito boa, caí um pouco nos temas seguintes. É falado dos DX de 2006 e 2009, algo que não sou muito fã, bem como a Rivalidade entre Orton e HHH em 2009. Temas muito pouco interessantes que não trazem algo de novo ao documentário.

The Bottom Line #34 – Análise DVD: Thy Kingdom Come

O documentário atinge o seu ponto mais baixo quando decide abordar a carreira de Triple H no mundo do cinema. Só para esclarecer: o Triple H não é, nem de perto nem de longe, um bom actor. Fiquei estupefacto com a abordagem a esta fase da vida do Wrestler, em boa parte dedicada ao “Chaperone”. Bastante mau e o HHH não é nenhum Rock.

Porém, o documentário recupera um pouco a qualidade mostrada anteriormente, quando aborda a mudança do HHH dos ringues para o escritório. Achei essa abordagem bastante interessante. Com isto, acaba o documentário da carreira do Triple H. De um modo geral, achei que foi um bom documentário. Podia ter estado na escala do Muito Bom, mas os últimos 20 a 25 minutos desceram um pouco a qualidade. Num modo geral bom, mas a WWE já fez melhores documentários.

Disco 2 e 3

Nestes 2 discos só há combates, sendo que irei fazer uma apreciação breve sobre cada um e a minha classificação sobre o mesmo.

The Bottom Line #34 – Análise DVD: Thy Kingdom Come

1) Jean-Paul Levesque vs. Ricky Steamboat (WCW Saturday Night – 3 de Setembro, 1994) – Um combate bastante básico, típico para um horário de 1 hora do programa da WCW, numa altura onde Hunter estava na WCW. Porém, gostei de ver o Ricky Steamboat num dos combates. Classificação – 4/10

2) Hunter Hearst Helmsley vs. Dude Love (One Night Only – Setembro de 1997) – Um dos combates menos bons entre os dois. Eu compreendo que eles quisessem mostrar um combate entre os dois , neste ano, onde o HHH tivesse ganho, mas penso que o combate no King of the Ring seria uma melhor opção. Classificação – 5/10

3) The Rock vs. Triple H – Iron Man Match (Judgment Day – 21 de Maio, 2000) – Escolha interessante para este DVD Set. Este é um combate Iron Man onde o título da WWE estava em jogo, sendo que durou 1 hora. Este combate marca o fim da feud entre os dois, no que toca a combates singulares. Considerando o tempo do combate, ambos fizeram um combate espectacular, nunca me aborrecendo. Um dos melhores combates deste DVD Set. Classificação – 8/10

4) Triple H vs. Kurt Angle (Unforgiven – 24 de Setembro, 2000) – A rivalidade entre Angle e HHH também foi outros dos pontos fortes desse ano na WWE. Este combate foi bom, sendo que foi No DQ, o que ajudou a que existisse mais caos durante o combate. Mais uma boa representação do ano de ouro do Game. Classificação – 7/10

5) Triple H & Stone Cold vs. The Undertaker & Kane – Todos os títulos estão em Jogo (Backlash – 29 de Abril, 2001) – Este combate representa a aliança entre Steve Austin e Triple H que aconteceu em 2001. Foi um combate razoável, sendo que o facto de durar 25 a 30 minutos magoa este combate. O Star Power foi muito acima da média como se pode constatar. Classificação – 6/10.

6) Triple H vs. Rob Van Dam (RAW – 30 de Junho, 2003) – Um dos combates que representa a Era dos Evolution. Triple H defende o seu título Mundial contra RVD. Foi um combate razoável e notação que existe uma boa química entre os dois wrestlers. Classificação – 6/10.

7) Shawn Michaels vs. Triple H – Last Man Standing (Royal Rumble – 25 de  Janeiro, 2004) – A rivalidade entre HBK e Triple H é um pouco estranha, na medida em que houve uma dezena de combates entre os dois, sendo que uns foram menos conseguidos do que outros. Se tivesse que classificar este combate em termos de um Ranking de combates entre os dois, penso que se encontraria no meio. Não é espectacular, ou muito bom, mas também não é medíocre como alguns outros. Foi apenas razoável. Classificação – 6/10.

8) Ric Flair vs. Triple H (RAW – 6 de Fevereiro, 2006) – Uma escolha estranha para por no DVD Set. É bastante curto e não tem nada de especial. Classificação – 4/10

9) Triple H vs. King Booker (SummerSlam – 26 de Agost, 2007) – Isto marca o regresso de Triple H por lesão, a segunda da sua carreira. Foi um combate bastante medíocre. Parecia que estava a ver o combate em “Slow Motion”. No passado ambos conseguiam ter bons combates, mas este não é o caso. Classificação – 4/10

10) Triple H vs. Randy Orton – Last Man Standing Match for the WWE Championship (No Mercy – 7 de Outobro, 2007) – Muitos fãs gostam de dizer que este é o único bom combate entre o HHH e o Orton. Eu vou mais longe e digo que não é bom o suficiente para ser considerado “Bom”. Ambos tem uma má química entre si e nunca gostei muito dos combates entre os dois. Sim, é o melhor combate entre os dois, mas é apenas razoável. Classificação – 6/10

11) Jeff Hardy vs. Triple H (SmackDown – 21 de Novembro, 2008) – Um típico combate de televisão, entre dois Faces, na altura. Nada de espectacular neste combate. Classificação – 5/10.

12) Triple H vs. Chris Jericho (RAW – 30 de Novembro, 2009) – O único combate que representa a Era dos DX. Porém, não é a melhor representação, sendo que ficaríamos melhor servidos com um combate de 1997. Foi igual ao combate anterior, onde não houve nada de espectacular, sendo muito típico de um combate de TV. Classificação – 5/10

Extras do Blu-Ray: O combate entre o Triple H e o Brock Lesnar na Wrestlemania 29, é ~um dos extras que marca a diferença entre o DVD Set e o Blu-Ray Set. O combate foi bom, sendo que se torna melhor quando o vemos simplesmente como um combate, envés de o vermos como um dos combates de um PPV. Classificação – 7.5/10

Os outros Extras, são historias da carreira do Game, partilhado por outros wrestlers, o que foi muito bom para qualquer fã que é curioso.
Conclusão:

Concluindo, este DVD Set tem 2 caras. De um lado, temos um bom documentário, que mostra uma boa abordagem e retrospectiva à carreira do Triple H. Do outro, temos uma má escolha de combates, onde a maioria não passa do Razoável, na minha opinião. Porém, penso que o DVD/ Blu-Ray Set merece ser visto, mesmo que seja apenas pelo Documentário. Também acredito que é uma abordagem que irá deixar qualquer fã do Triple H satisfeito, apesar de alguns erros que possa ter, no que toca às escolhas dos combates. De um modo geral, num todo, este Set é uma boa colecção, que apesar de não valer o preço completo, não deixa de ser uma boa compra.

Classificação: 7/10 

Espero que tenham gostado do artigo desta semana. Quero muito a vossa opinião sobre tudo isto e quero saber o que acharam da análise. Achaste que foi correcta ou não? Se gostaram e querem ver mais, que Sets acham que devia fazer? Muito obrigado por terem lido. Até para à semana.

9 Comentários

  1. Bom artigo e boa revisão. Devo desde já dizer que gostei de assistir a este DVD mas que não o recomendo a que ache que poderá mudar a imagem que têm de HHH, pois isso não vai acontecer. E se não forem fâs dele, ou s n gostarem do tipo de DVD’s genéricos a que as produtoras mainstream já nos habituaram, também não vão pensar que é um grande achado.

    • A única coisa realmente que me fez gostar menos deste Set foi mesmo os combates. O Segundo Disco é bom, mas o terceiro é bastante medíocre, comparado com outros Sets de combates

      • Olha concordo. Os combates deixaram um pouco a desejar e ainda por cima passaram um terço a falar das lutas dele com o Taker e acabaram por não incluir aquilo de que mais falaram. Só um exemplo. E é pena. Mas no geral é um bom DVD, especialmente para quem gostar do HHH.

  2. João Cruz11 anos

    Sou um grande fã do Triple H,e ele também é o meu Wrestler preferido.

    Por isso gostava de saber inde posso comprar esse DVD

  3. Roman28Reigns11 anos

    Bom artigo,nunca vi um dvd do HHH,já vi Punk,Stone Colde e do Mysterio mas fiquei curioso com este artigo e vou ve-lo.

  4. Bom artigo

    O HHH é o meu lutador preferido de sempre e é claro que tinha de ver este DVD e adorei, ele mostra-nos o que eu já sabia, que o HHH tem amor ao que faz, é um Homem muito inteligente e que é um profissional excelente, desde de dar tudo em ringue, acabar combates com lesões, ter combates de grande agressividade, até passar montes de tempo na empresa como COO a trabalhar, tendo tempo para a mulher e para os filhos e até para ajudar (em pessoa) os talentos da NXT no ringue, muitos dizem que ele “enterrou” alguns talentos, é verdade, já aconteceu, mas se fizerem a lista dos que ele “enterrou” e elevou, acho que vai ter “lucro”, já vi o HHH a ser jobber, no tempo dos Evolution era de top, mas perdia com muita gente, como Maven e Shelton Benjamin (3 vezes), com o Orton, com o Batista e depois outros, as stables que ajudou a criar (The Cliq, DX e Evolution) e aquela fase em que ficou sozinho como líder dos DX e se assumiu como lutador a solo, a vitória sobre o Y2J pelos Undisputed Championship, tudo grandes momentos, para mim é um exemplo no Wrestling e foi á custa da sua dedicação e amor ao Wrestling e do seu trabalho árduo que está onde está, é para mim um dos melhores de sempre e foi, é e será sempre o meu lutador preferido de sempre, “Bow down to the King”. 🙂

  5. Bruno_C11 anos

    ainda tem gente que quer comparar HHH com bryan aff, bryan nunca chegara aos pês do HHH FATO.

  6. PedroSWWE11 anos

    Na minha opinião, um belo DVD, com um belo documentário, e belos combates, alguns deles sendo fraquinhos, mas relembro que em 2008 tinha saído um DVD do Triple H tambem, e continha Triple H vs Mick Foley no Hell in a Cell, entre outros grandes combates, e então não poderiam ser incluídos aqui, senão, o comprador ficava a perder se já tivesse comprado aquela edição de 2008.
    Quanto ao teu trabalho , excelente, realço a maior parte do documentario, excluindo tambem essa parte do cinema, apesar dele ter feito pelo menos 2 filmes, que eu me lembre, desde 2010 para cá, não é assim grande coisa no cinema, pelo menos o Chaperone nao foi assim muito interessante, porque era um filme mais ligado ao amor com a filha e não à violencia.
    Para terminar, acho que no Disco 2 e 3 poderia ter algum momento DX, como a declaração à USA de que nao iam dizer mais nenhum palavrao na TV, ou a invasão à WCW, assim um desses, um desses momentos que o One Last Stand (2010) DVD dos DX nao teve, esse foi muito fraquinho, umsa pessoa a pensar que trazia os melhores momentos desde a fundaçao dos DX, e afinal só trazia combates do final de 2009 e inicio de 2010.