Ora bons dias a todos os visitantes do Universo! Cá estou eu com mais um artigo em mais uma Terça-Feira de muito wrestling! Finalizada a longa análise ao que a WWE apresenta para lá do main event, trago-vos de volta uma edição mais genérica, desta feita focada numa personalidade que é das mais recentes empossadas para o corredor da fama do corrente ano civil. Falo-vos do general manager da SmackDown Booker T.
Desde a sua nomeação para o Hall of Fame que tenho este título na cabeça e a vontade de escrever sobre este ex-lutador e aproveito agora a oportunidade para vos mostrar uma biografia com os momentos mais relevantes na carreira deste homem a que acrescento afirmações de teor pessoal. Deixando o “papo furado”, comecemos!
Booker T (Houston-Texas, 1 de Março de 1965) é um lutador de wrestling profissional aposentado que trabalha para a WWE no programa SmackDown, onde é actualmente o general manager.
A carreira de Booker T é conhecida pelo tempo em que lutou na World Championship Wrestling (WCW), World Wrestling Federation/Entertainment e TNA. No total, ganhou trinta e cinco títulos, sendo quatro vezes Campeão Mundial dos Pesos-Pesados da WCW, uma vez Campeão da WCW e uma vez Campeão Mundial dos Pesos-Pesados da WWE. Ele fez parte da dupla Harlem Heat com seu irmão Stevie Ray, onde bateu o recorde de campeão mundial de duplas da WCW por 10 vezes. Ele foi o vencedor do torneio King of the Ring em 2006. Foi introduzido no corredor da fama da WWE este ano.
Para não tornar o texto muito exaustivo, vou-me cingir ao seu período pós-WCW pois, tal como muitos de vocês, não acompanhei os seus dias nessa companhia, o que não torna possível um aprofundamento sobre essa fase.
No último episódio do Nitro, derrotou Scott Steiner para ganhar o título mundial de pesos pesados pela quarta vez, sendo o atleta mais condecorado da companhia. Após a WCW ser comprada pela WWF em Março de 2001, Booker T aceitou um contrato com a World Wrestling Federation e estreou-se durante o King of the Ring, atacando o campeão Stone Cold Steve Austin. Ele tornou-se heel e um dos líderes da Alliance, stable activa de Julho a Novembro de 2001, resultado da compra da World Championship Wrestling pela WWF. No Survivor Series, Booker T foi eliminado por The Rock, causando a derrota e a separação da Alliance. Booker T continuou como um vilão, aliando-se a Vince McMahon e The Big Boss Man em Dezembro, numa rivalidade com Steve Austin. Após custar uma luta a Steve Austin contra Chris Jericho pelo Undisputed Championship no Vengeance, Steve Austin vingou-se, atacando-o num supermercado. A primeira aparição de Booker T numa Wrestlemania foi contra Edge.
Em 2002, Goldust passou a tentar formar uma dupla com Booker T, custando diversas lutas dele. Formando uma dupla com Goldust, Booker T tornou-se face. Eles ganharam o World Tag Team Championship no Armageddon de 2002 numa luta de eliminação, derrotando Christian e Chris Jericho, Lance Storm e William Regal e os Dudley Boys. Eles mantiveram os títulos por três semanas, quando foram derrotados por Regal e Storm. Booker T e Goldust perderam uma desforra e decidiram separar-se.
Em 2006, Booker T entrou no torneio King of the Ring na SmackDown, indo à final no Judgement Day, derrotou Bobby Lashley e mudou o seu nome para King Booker. Ele formou a “King Booker’s Court”, que incluiu a sua esposa Sharmell, William Regal e Finlay. Com o passar do tempo, King Booker passou a portar-se como um verdadeiro rei, imitando características da família real britânica e sotaque inglês, referindo-se como Booka.
Tornou-se o desafiante pelo World Heavyweight Championship e no The Great American Bash ganhou-o a Rey Mysterio e perdeu-o para Batista a 26 de Novembro no Survivor Series. A 16 de Julho, King Booker usou o tema e o vídeo de entrada de Triple H, The King of Kings, declarando que nem Triple H nem Jerry Lawler poderiam usar o apelido de The King. Começou uma rivalidade com Jerry Lawler, derrotando-o na Raw de 6 de Agosto, com a estipulação de que o perdedor deveria coroar o vencedor na semana seguinte. Jerry Lawler recusou, anunciando que Triple H ainda era conhecido como rei e que os dois se enfrentariam no SummerSlam. No SummerSlam, Booker T foi derrotado por Triple H. Na Raw de 27 de Agosto, Booker T teve sua última luta na WWE, sendo derrotado por desqualificação por John Cena após um ataque de Randy Orton. Ele foi suspenso por violar a política antidrogas da WWE, mesmo negando usar esteróides.Em Outubro de 2007, Booker T pediu a demissão.
Entre 2007 e 2009, representou a TNA e, a 11 de Novembro de 2007, no Genesis, estreou-se como o parceiro misterioso de Sting numa luta contra Kurt Angle e Kevin Nash, voltando à sua personagem Booker T. Booker T tornou-se vilão no Sacrifice ao atacar Christian e Rhino com uma cadeira, a seguir a ter perdido uma luta com os dois. Mais tarde, ele anunciou a criação do título de lendas da TNA, do qual foi o primeiro possuidor. Após Booker T introduzir o campeonato das lendas, declarando-se campeão, foi formado o grupo Main Event Mafia, que teve como membros Sting, Kurt Angle, Kevin Nash, Scott Steiner, Samoa Joe, Taz (manager de Samoe Joe), Booker T e sua esposa. A formação dos MEM foi resultado dum angle da TNA que consistia em lutadores veteranos rivalizando com os jovens e desfez-se em 2010.
De 2009 a 2010, fez combates no México e Porto Rico. Booker T estreou-se na International Wrestling Association a 6 de Janeiro de 2009. A 11 de julho de 2010, Booker T lutou pela World Wrestling Council, contra Carlito, e retornou à WWE a 30 de Janeiro de 2011 durante o Royal Rumble.
A 1 de Fevereiro, estreou-se como comentador na SmackDown, trabalhando como face, e foi anunciado como um dos treinadores do Tough Enough. A 6 de Junho, na Raw, Booker T lutou pela primeira vez no programa desde o seu regresso, derrotando Jack Swagger por contagem. Na Raw de 21 de Novembro, Booker T foi desrespeitado por Cody Rhodes, afirmando que o comentador não o respeitava e criticando-o por roubar o tempo a lutadores jovens. Os dois enfrentaram-se no TLC. Booker T venceu uma desforra na Raw de 26 de Dezembro, mas foi derrotado numa luta pelo título intercontinental na SmackDown de 6 de Janeiro. Na Wrestlemania, Booker T participou como elemento da equipa de Theodore Long contra a de John Laurinaitis. Na SmackDown de 31 de Julho de 2012, foi nomeado general manager, abandonando a equipa de comentadores, e contratou Theodore Long para seu conselheiro e Eve para sua assistente. Durante Março do presente ano, foi anunciado que Booker T seria introduzido no Hall of Fame.
Booker T não é o meu lutador favorito, mas sempre me deu um gozo tremendo ver o mestre do spin a roonie a combater. É um dos melhores wrestlers a fazer uso dos seus membros inferiores, com moves como a leg drop, side kick, missile dropkick, spinning heel kick, super kick, running knee drop, side russian leg sweep, side walk slam e sunset flip. Tem como movimentos de finalização o Book End (lifting side slam muito parecido com o finisher de The Rock, o que proporcionou uma rivalidade por causa dessa semelhança) e o scissors kick, que passou para R-Truth.
O período de 9 anos que dispensou na WCW, onde foi muito gratificado com o ouro e com a quebra de recordes, quer a solo quer com o seu irmão, marcam definitivamente todo o seu percurso no wrestling. Na WWE, destacou-se logo ao início ao se meter ao barulho com a cascavel Steve Austin, com quem gravaria um dos segmentos mais lembrados por todos os amantes da modalidade: a pancadaria no supermercado. Vimo-lo como um face engraçado e divertido, esterótipo dos americanos descendentes de africanos, ao lado do bizarro Goldust. São muitos os vídeos hilariantes destes dois que qualquer um vê e revê sem nunca perder a piada. Quanto a mim, o melhor estaria para vir em 2006 com a coroação e o nascimento da personagem de rei.
Uma alteração completa e uma viragem para heel das mais bem feitas pela WWE em tantos anos de vida. Um egocêntrico irritante com mania de não dizer os “r”, sempre acompanhado pela sua raínha e o resto da realeza, que levantava o mindinho em sinal de superioridade e subjugava os outros aos seus caprichos e demonstração de subserviência. Alguém que queria ser o verdadeiro rei e pôr os outros dois auto-intitulados reis na algibeira.
Na TNA, marca que não assisto, esteve envolvido num confronto de gerações que, confesso, fiquei curioso por explorar e que peço ao Jorge Rebelo para nos dar a todos um lamiré, pois é ele o especialista aqui da casa quanto a essa empresa.
A sua volta à WWE como comentador fez alguns estragos, dado que ele não é assim muito bom nesse posto e foi retirar o lugar ao Matt. Em boa hora se mudou para outro papel, apesar de não ser um Eric Bichof nem lá perto, mas não me parece que a WWE quisesse abanar as águas, para isso teria mantido o controverso e nada consensual Laringites. Há meses para cá ouviu-se falar dum turn, porém, o que se notou foi uma maior seriedade e controlo do poder e não tanta galhofa e fanfarra como anteriormente com Teddy Long. Verificou-se que não quis, com quase 50 anos, retirar espaço a ninguém e voltou a lutar apenas numa rivalidade que faltava ao então campeão intercontinental. E que falta fazia o seu reinado ser posto em causa contra uma lenda para que se impusesse como um dos melhores detentores desse campeonato nas últimas décadas.
Muitos outros momentos ficaram aqui por contar, como quando praticava vodu para suplantar Undertaker ou o seu tempo como campeão dos EUA, que era disputado pelos melhores lutadores. Contudo, destaquei as histórias que todos nós ouvíamos na escola e levávamos para os recreios.
Com uma estampa física impressionante (1,91 de altura e 115 quilos) e um visual adequado a cada etapa do seu caminho nos sports entertainment (cabelo curto, cabelo comprido, bigode, barba, cara rapada etc), este individuo elevou-se a um patamar considerável de popularidade e fez as delícias de quem gosta de passar o seu tempo a presenciar luta livre bem praticada. É por isso que devemos um grande e audível “sucka” quando pergunta “now can you dig that”, mesmo que a sua interrupção de promos e segmentos mais mexidos entre aqueles que importam se venha tornando um hábito indesejável. Respect this sucka!
Bem, parece que por esta semana está tudo dito, manifestem-se na caixa de comentários sobre o artigo e a personalidade em questão! Deixo-vos com curiosidades acerca dos seus problemas de bastidores e prisão.
Em 2006, teve problemas nos bastidores na gravação dum anúncio para o Summerslam. Foi reportado que se envolveu numa briga com Batista. Boatos dizem que tal aconteceu porque Batista havia provocado Booker T dizendo ser um dos principais lutadores da WWE em tão pouco tempo. De acordo com fontes, os dois saíram feridos do acontecimento.
Booker T passou 19 meses na prisão por um assalto à mão armada num restaurante em Houston, declarando-se culpado em Dezembro de 1987 e tendo sido sentenciado a cinco anos de prisão. Ele foi libertado após cumprir um terço da pena, sendo colocado em liberdade condicional em Abril de 1992.
9 Comentários
Bom artigo, com muita informação que desconhecia do Booker T. Apesar de tudo, creio que poderia ter tido mais títulos na WWE (só 1 WHC é pouco).
Ele teve o U.S.A title se não me engano.
Sim, mas não é um título muito relevante…
Na altura era. Que mania de menosprezar títulos…
Ainda me lembro, este senhor foi talvez o primeiro Wrestler que conheci, pelo menos de nome, lembro-me do wrestling ser famoso em Portugal, porém eu ainda não assistia, até que de repente começaram a me convidar para brincar ao wrestling, e eles todos a escolherem os seus wrestlers, e eu sem conhecer nenhum perguntei quem eu seria, e o meu amigo disse logo: Podes ser o Booker T.
Depois de um tempo, na altura do Royal Rumble 2006 ( A primeira vez que vi wrestling foi esse combate, royal Rumble 2006) estava com o meu primo, e de repente eu perguntei-lhe quem era o Booker T, e ele: “Quando ele entrar digo-te”, e no momento que este senhor entra, vejo quem era o Booker T, o primeiro Wrestler que conheci, no primeiro combate que assisti.
Bom artigo Rocha
obrigado pelo teu comentário, Marco
E o artigo finalmente chegou!
O Booker T não é dos meus favoritos, isto é, não e está no meu Top 15/20, mas sabia como entreter uma plateia. A sua personagem em 2006 foi fantástica, eu detestava-o na altura e isso só pode ser positivo, sinal de que fez um grande trabalho como heel. Irritava-me muito aquela mania de não dizer os “r’s” xD “All hail King Bookaaaa” ahahah
Excelente trabalho Rocha. Espero não ter que esperar tanto tempo pelo próximo artigo como esperei por este.
obrigado pelo teu apoio, Daniel.
Afinal tudo não passou de um equívoco causado por uma falha na comunicação, o artigo esteve disponível para publicação desde aquela data que eu te disse.
Também me agrada muito voltar aqui ao Universo e ter podido falar do nosso querida sucka lol. Da minha parte não esperarás e motivos para escrever é o que não me faltam, cá te espero para a semana