Olá e bem-vindos a nova crónica de início da semana, na qual hoje irei incidir sobre a especulação relativa ao futuro de Lana e Rusev devido à controvérsia à volta do presidente russo Vladimir Putin.

Antes de lá chegar, irei recordar outra situação passada há 9 anos, quando se desistiu de Muhammad Hassan depois dos atentados de Londres, finalizando de modo abrupto a sua carreira pela coincidência da sua storyline e o terrorismo.

The People's Elbow #64 - Censurados

Mark Copani (nascido a 7 de Novembro de 1981) é mais conhecido pela sua aparição na World Wrestling Entertainment de 2004 a 2005, onde retratava um Árabe sob o ring name Muhammad Hassan.

Tendo estudado História, saiu da Universidade no ano 2002 para perseguir carreira nas lutas profissionais, sendo treinado pelo Nick Dinsmore (Eugene) e Undertaker.

Debutou pela promoção Ohio Valley Wrestling, onde venceu o Heavyweight Championship. No ano 2004, a empresa de Vince McMahon aproximou-se dele na procura do representante ideal para a personagem de Árabe. Pelos seus 1,88 metros e 111 quilos e por ser da etnia desejada, foi-lhe oferecida a oportunidade.

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Pela metade de Dezembro de 2004, estreou-se num segmento no ringue com Foley, depois de 2 meses de house shows. O seu vídeo de introdução apresentava-o e ao seu manager Daivari, descrevendo-se como prejudicado pelos estereótipos criados pelos ataques de 11/9/01.

A sua apresentação na entrance seria concluída pelo gesto polémico do levantar as mãos e rezar a Alá, o que parou devido às queixas dos muçulmanos.

Como vilão estrangeiro que se nega a falar se não na sua língua (Persa), os seus discursos teriam a tradução de Daivari. A sua caracterização envolvia a interrupção de promos dos outros lutadores pela sua música de entrada para protestar a discriminação anti-Árabe.

Depois de se auxiliar do 11/9 para incendiar a media, faltava pôr o pé no ringue e ter alguma competição para motivar a audiência e não ficar apenas conhecido pelos meios fora da modalidade.

A sua raiva foi focada nos comentadores Jim Ross e Jerry Lawler, tendo sido contra o último a sua estreia, no New Year’s Revolution.

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No decurso da sua série imbatível, venceu superstars como Hurricane, Sgt Slaughter, Chris Benoit e Chris Jericho, atraindo heat.

Na Mania 21, Hassan e Daivari foram incluídos no segmento do resgate de Hogan a Eugene, atacado pelos dois performers do Médio Oriente.

Na noite seguinte, seria Shawn Michaels o confrontado e atacado, tendo exigido uma Handicap contra eles ao General Manager Eric Bischoff, o que se tornaria uma luta de igualdade numérica quando o “Imortal” aceitou a oferta do “Quebra-Corações” para se aliar a ele.

Hassan culparia Daivari pela derrota antes do seu maior combate contra o popular World Heavyweight Champion Batista, a 30 de Maio de 2005, vencendo por desqualificação.

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Depois disto, garantiu uma Handicap pelo Campeonato Intercontinental de Shelton Benjamin, tendo este retido o título. A 20 de Junho, a sua onde de derrotas seguiria na defesa do título de John Cena, que o dominou num squash de 2 minutos.

No Draft, foi revelado que ele e Daivari haviam sido movidos para a marca azul, onde ganhou o seu primeiro combate contra o “Maior Atleta do Mundo”, ajudado pelo rival dele – Matt Morgan.

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Na semana seguinte, esteve envolvido no confronto contra o Dead Man, tendo sido agendado combate entre eles pelo Gerente Geral Theodore Long para o Great American Bash e de Daivari contra o Fenómeno naquela noite. O final dele teve a intervenção de homens vestidos de negro, armados e mascarados, o que seria conciliado e interpretado como terroristas.

Para sua infelicidade, dias depois aconteceu o bombardeamento de Londres, o que tornou aquele angle ilícito e reteve a atenção nacional e internacional, sendo removido de países como o Canadá ou a Austrália.

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Como resposta às críticas, a UPN (canal responsável pela transmissão) pressionou à retirada da storyline. A 14 de Julho, Hassan foi posto numa promo, tendo a rede de televisão anunciado a edição do segmento, que só seria disponibilizado na íntegra pelo site oficial da empresa.

Nele, Hassan reitera que o povo americano o assume como terrorista de modo injusto e automático por ele ser Árabe. Apesar de estar sob personagem, ele referia-se ao sucedido na realidade e ao destaque da media, denunciando a descrição dos eventos reais comparados aos da storyline.

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A sua ausência até ao Great American Bash seria explicada pela declaração entregue pelo seu advogado, que dizia que se recusava a aparecer devido à forma como estaria a ser tratado pela media.

No PPV, perderia o combate e seria removido de cena pelo Last Ride contra o palco, sendo libertado do seu contrato e retirando-se.

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Mudou-se para Los Angeles-Califórnia na tentativa de se tornar actor, retornando pouco depois a Nova Iorque para completar o curso, na intenção de se tornar professor.

A sua primeira aparição desde que desistira do Wrestling foi em Abril de 2010 ao lado de Daivari no evento Wrestle Fest. No ano seguinte, seria aluno-professor de liceu e, desde o ano passado, é recrutador do circuito independente, tarefa que alia às suas aulas de Estudos Sociais.

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Aos finishing moves Camel Clutch e Reverse STO, juntava as signatures Belly to Belly Suplex, Spinout Suplex, Snap Suplex, Elbow Drop e Inside Cradle.

Fazendo a análise ao seu breve percurso, nota-se que não teve mais do que as habituais vitórias inaugurais, tendo mérito por não ter vencido jobbers mas atletas de qualidade média-alta.

Só que elas depressa acabaram: as primeiras por causa de Daivari na aflição de não o desmerecer demasiado depressa, as outras na situação de vantagem numérica ou por squash.

O efeito novidade não chegou para se perceber porque razão lutou por quase todos os títulos sem ser construído para tal finalidade.

O talento não bastou quando não foi solidificado como relevante e o problema não se deve todo ao ruído causado ao redor dele, tendo os oficiais muita responsabilidade no “recua-avança” que lhe impuseram.

Ficou tudo estragado por causa duma estupidez, poderão vocês dizer, mas a confiança para seguir para a frente depositada nele era pouca e à medida dos acontecimentos, como os conflitos religiosos, Bin Laden, as mochilas contendo explosivos nos transportes públicos ou a intolerância perante o preconceito

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Se o sucedido ao World Trade Center é fértil quanto a teorias da conspiração e verdadeiros culpados, será que isto, sendo transportado para a luta livre, não iria causar suspeitas ou desagrado?

A linha que separa os Sports Entertainment da vida real é ténue e costuma haver a sua mistura, só que, quando os assuntos são delicados, é preciso ter muito cuidado e estar atento à fragilidade das mentes mais conservadoras.

O perigo de se fazer humor negro no início de século problemático podia ser a ruína dos McMahon, o clima de tensão não estava para suportar qualquer tipo de menção a homens morenos, de barba e roupas dos pés à cabeça.

O facto deste desporto de entretenimento ser horário nobre na América podia trazer consequências desastrosas pelo uso deste tópico.

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O fanatismo religioso era outra evidência na sua caracterização e logo foi acusado de estar a gozar por fingir ser da região onde se venera Alá.

Quando é feita uma caricatura seja de que Deus for, muita coisa pode pender para o lado errado. Não se pense que só a comunicação social é que lhe fazia oposição, pois nas plateias muitos terão ficado indignados, quer pela referência às Torres Gémeas quer pela fé.

Afinal, por mais torcedor que se seja, cada qual tem as suas crenças e coisas das quais não gosta de ver ser faladas.

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A World Wrestling Entertainment não vive sozinha e a programação terá de corresponder aos anseios da estação que a exibe e ao público no seu todo, não só àquele que vê piada em tudo como de igual forma no de maior sensibilidade.

Não estou a dizer que apoio a decisão, mas percebo-a, visto que a detentora do monopólio deste negócio ficaria em apuros se mantivesse a sua postura.

Pode ter sido evitada uma catástrofe e até se pode ter protegido o atleta de prováveis ameaças de morte

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O que fica é um homem que voltou atrás e, aos 20 e poucos anos, recusou continuar noutras paragens, prevendo ficar associado àquela imagem para sempre e não vendo novos horizontes após tão badalada existência neste ramo.

O seu amor por isto deixou para trás os recursos para outra profissão, pela qual optou apenas pelo corte de pernas que lhe foi feito na sua principal opção.

Nunca se saberá dele mais do que isto devido a esta imensidão de circunstâncias, mas será recordado quando a injustiça e o azar bater à porta de mais algum como ele.

Miroslav Barnyashev (nascido na Bulgária a 25 de Dezembro de 1985) emigrou para os USA na ambição de conseguir tornar-se lutador, vivendo na Virgínia e Califórnia, onde começou a treinar com Gangrel e o pai dos Usos na Pro Wrestling Academy, debutando no circuito independente a 22 de Novembro de 2008.

Em Setembro de 2010, assinou contrato pela promoção onde está nos dias correntes, indo para o território de desenvolvimento Florida Championship Wrestling, sob o ring name Alexander Rusev.

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Pouco depois, teve uma rotura dos ligamentos e do menisco e passou 6 meses reabilitando-se, retornando em Março de 2012 para, no Verão, partiu o pescoço e teve o braço paralisado temporariamente.

Viajou para a Tailândia, onde estudou Muay Thai, tendo o seu regresso aos EUA ocorrido em Agosto. Adoptou Lana como sua “social ambassador” e teve a sua estreia no main roster no Royal Rumble, a 26 de Janeiro de 2014, sendo eliminado pelo esforço conjunto de 4 lutadores.

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Depois de vários meses de ausência, retornou a 7 de Abril, adoptando uma gimnick anti-América e anunciando a sua conexão à Rússia.

Iniciou uma feud contra Big E Langston, que venceu de maneira consecutiva nos PPV’s de 1 e 29 de Junho, a seguir aos squashs e aos Handicaps contra Truth e Xavier Woods.

Rusev e Lana passariam à utilização das suas personalidades para feudar contra os Real Americans Zeb Colter e Jack Swagger, o que levou ao combate no último evento mensal, que o Super Athlete venceu por contout.

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A criação do Bulgarian Brute e da sua valet não provoca tanto transtorno pela afinidade proveniente desde os anos 80 com a Guerra Fria e países de Leste.

O espaço temporal ajuda mais do que na situação de Hassan, que foi na hora em que tudo acontecia. Contudo, o distanciamento não afasta a verdade sobre a relação entre Obama e Vladimir Putin ou a concorrência desde a altura da antiga URSS, a corrida às armas e a descoberta espacial.

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Creio ter sido acertada a forma como foi expulso do combate de eliminação Royal Rumble, tendo sido necessário 4 adversários ajudarem-se para o atirar pelas cordas.

A espera até voltar foi inteligente para que não desse a sensação de novo lusco fusco à Bo Dallas. Quanto tal ocorreu, teve o percurso à monstro, agredindo e obrigando os oponentes a desistir.

O Camel Clutch é quase obrigatório para os provenientes deste tipo de terras, como Hassan e Jinder Mahal, tendo a utilidade de não revelar misericórdia e não ficar contente até o sofredor atingir o máximo de dor possível.

O golpe que executa antes de esmagar o adversário bastaria para a vitória e aposto que a determinada época começará a finalizar as lutas. Por enquanto, a submissão ainda se apresenta verosímil para os objectivos definidos.

Desavenças contra superstars mais encorpadas são precisas e estão a acontecer, recebendo vitórias saborosas antes de encontrar John Cena, planeado como aquele que parará o búlgaro.

Antes de ter a sorte que outras gruas tiveram (Umaga, Lesnar, Lashley, Tensai…) precisará de todo o prestígio para não sair descredibilizado.

Nestas lutas longas e mais desenvolvidas, pôde mostrar outros movimentos como o Side Slam e o Samoan Drop. Foi a partir delas que a superioridade russa ou americana foi posta na mesa, tendo os faces de defender a sua nacionalidade.

Isto está a ser bom para o All American, pois o senso patriota despertou os espectadores para ele, que nunca fora motivo de grande recepção.

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Tanto Lana quanto Rusev têm músicas de entrada muito boas para o papel, muito ao estilo militar que causa calafrios pelas camadas de teclados e a orquestração que as compõem.

Gosto de ouvi-la a falar russo: não percebo nada mas há algo que fica no ouvido e é reconhecível, como as frases introdutórias da theme de Rusev.

The People's Elbow #64 - Censurados

Ela está a fazer um excelente trabalho, só tendo de gerir melhor os silêncios e a reacção dos presentes. Ela encarna toda a disciplina rígida do exército, duma casa de correcção ou campo de treino, parecendo-se com uma daquelas educadoras dos internatos que são a cobiça e o castigo dos alunos.

A sua sensualidade disfarçada pelo penteado rigoroso e a maquilhagem exagerada dão tons tanto de desejo de descoberta quanto de distância para tão impulsiva criatura.

Ela é a mulher que deixa os homens loucos pela dificuldade de algum dia a possuírem (não no sentido sexual), porque ela trava as esperanças mal as coloca no ar.

The People's Elbow #64 - Censurados

Acho suficiente pegar no debatido conflito entre cada nação para criar rivalidades, não sendo preciso referir notícias da actualidade ou o nome do presidente Vladimir Putin.

Claro que pedir autorização é desnecessário, ele terá mais do que se preocupar do que dar aval a coisas destas, só que nesta insistência poderá estar lenha para se queimar.

Os criativos podem conseguir controlar aquilo para que são pagos, mas não o que sucede cá fora e que pode voltar a opor-se como fez a Hassan e a desgraçar mais duas estrelas.

Seria prudente parar isto enquanto nada acontece. A empresa não está a fazer nada que se torne um percalço para os dois, todavia, o que é suave para nós é pesado para outros e não vale a pena repetir efeitos nefastos derivado a isto.

The People's Elbow #64 - Censurados

Dou por terminada a sessão, pedindo o vosso comentário sobre estes censurados. Volto para a semana e espero por vocês.

7 Comentários

  1. Excelente artigo, já faltava um com este tema e dou-te os Parabéns Miguel Rocha, não é um tema popular, mas é interessante e realista, muito bom. 🙂

    Concordo com tudo que disseste, acho que todos tinham e têm talento (Hassan e Daivari, Rusev e Lana), mas não se deve brincar com coisas sérias e a WWE é scripted para o que mais interessa e real para o que menos interessa, e isto podia criar sérios problemas à empresa e ter repercussões fora dela, portanto acho que fazem bem em acabar com esta “gimmick”, assim como fizeram com o Hassan e o Daivari, mas não quer dizer que desistam do Rusev e da Lana, pois têm talento e podem ter sucesso com outra “gimmick” e booking, vamos ver.

    De resto, já disseste tudo e também compreendo a WWE.

    Bom trabalho. 🙂

  2. Este assunto tem tudo a ver com a admissão de censura criativa ou não.
    Todos os anos saem dos estúdios de Hollywood e da FOX e HBO filmes e séries que se focam exactamente nestes temas, o terrorismo e a guerra. Séries como o CSI, 24 e Investigação Criminal, filmes como “00:30 A Hora Negra” e muitos outros. Series e filmes que retratam muitas vezes acontecimentos reais de guerras, atentados terroristas, massacres e tantos outros temas reais e ficticios.
    O wrestling apenas difere de um série e de um filme numa coisa: a actuação ao vivo daqueles que interpretam os seus personagens. De resto é igual, tem personagens, histórias, bons e maus, anti-herois (embora menos do que deveria existir), guiões que os wrestlers devem seguir, com maior ou menor autonomia. Então eu pergunto: porque não pode uma empresa de wrestling seguir storylines polémicas? Porque não pode a WWE também usar o 11 de Setembro? A propaganda da politica americana? O mau ambiente entre a Russia e os EUA? Um ataque terroristas em que os americanos acusam a Rússia e os russos acusam a Ucrânia? Mais, porque não pode usar temas polémicos como o racismo, a xenofobia, a homofobia, como já usou temas polémicos para os americanos como a emigração?
    Acho piada alguns criticos de fora que acusam sempre o wrestling de ser falso mas ficam muito indignados com o Muhammad Hassan, com a Lana e o Rusev, ou até com coisas sem importência como a storyline do R-Truth que fuma nos combates que caiu devido a algumas associações de bebés chorões como há tantas por lá…
    Na minha opinião a WWE pode e deve utilizar temas polémicos como esses e deve ter a coragem de enfrentar as associações ou os criticos.Isto são temas que apenas trazem mais côr à WWE que as diferencia das mesmas storylines de sempre. Muhammad Hassan foi o melhor vilão que me lembro da WWE, aquele segmento com o Undertaker que foi censurado foi brilhante, o mesmo digo do Rusev e Lana, tenho adorado cada promo que eles fazem em que utilizam o tema do momento. O primeiro foi estupida e cobardemente despedido e a storyline cancelada, espero que com o Rusev não aconteça o mesmo.
    E agora um novidade que todos parecem esquecer: storylines destas era o prato do dia do wrestling e do cinema nos anos 80 (quase todas as storylines do Hulk Hogan, Rambo, 007). Agora andam a chorar para quê? Para os chorões que existem aos montes no EUA digam novamente: “somos uma empresa de entretenimento e os nossos superstar intrepretam personagens” e usem os exemplos da FOX, HBO e Hollywood e façam um desenho para ver se eles percebem…

  3. MicaelDuarte10 anos

    Gostei do que falaste. Estou de acordo, embora não esteja a visualizar muito bem como seria utilizada uma história com base em orientações sexuais ou racismo…

    Em relação ao segmento que envolveu o Muhammad Hassan e o Undertaker, referes-te àquele em que apareceram uns homens encapuzados e atacaram o ‘Taker? Esse segmento foi fantástico… Enfim, um desperdício de um grande talento. O Hassan era bom em todas as vertentes necessárias para ter sucesso: ringue, microfone e personagem.

    • Foram exemplos que dei e nem eram difíceis de pensar, bastava pensar num personagem neo-nazi, por exemplo, embora fosse necessário pelo menos um wrestler afro-americano seguro no main event, coisa que não existe. No caso da orientação sexual poderia ter sido um tema para a separação da tag team do Darren Young e Titus O’Neil, embora neste caso preferia que nem tocassem no assunto, porque a WWE tem tendência para o ridículo nesses casos, basta lembrar o Rico. lol Eu até temi na altura que o Darren Young estivesse a fazer as tristes figuras do Fandango. lol. Mas enfim, foram só dois exemplos, há muitos temas que seriam interessantes para a WWE.

  4. Zé Tomé Dias10 anos

    Bom artigo.

    Eu não sei grande coisa do hassan, não sabia muito da wwe nessa altura, mas recentemente (e com este artigo), alguns momentos dele fazem lembrar agora o rusev. Sim, é um grande lutador, gosto de o ver a lutar, e a lana é ótima com o microfone, mas não se devia explorar demasiado a gimmick, sobretudo nesta altura

  5. Gabriel Franco10 anos

    Muito bom artigo, gostei muito mesmo.

    Mas em relação ao futuro de Rusev não acredito que vai ser o mesmo Hassan. Bom sou um grande fanático em geografia, e posso dizer que esse conflito entre Ucrania e Russia não está ligado diretamente aos Estados Unidos, e muito menos ainda a Guerra Fria, no qual o mundo era bipolar, e vou dar uma explicação só pra entender a minha opinião. Diferente do ataque terrorista em Londres, esse conflito entre Russia e Ucrania não irá gerar um conflito social, e não envolve os EUA em si. Primeiro que os Eua só ta envolvido nisso, pelo acordo de 1994, onde Ucrânia entregou todos seus armamentos nucleares, em troca de proteção das 3 grandes potencias capitalista da época (EUA,Inglaterra, Alemanha). Esse conflito está muito mais ligado a Russia e União Europeia, onde a União Européia tem interesse no controle dos caneamentos de gases naturais russos que passa pela Ucrania, o próprio solo fértil do clima temperado e a grande quantidade de ferro e manganês do solo ucrâniano.

    Enfim, aqui não é um site de geo-política e sim de wrestling, então acredito que esses conflitos não irá interromper o futuro de Rusev, e se algo acontecer será totalmente culpa do Booking.

  6. Excelente artigo.

    Subscrevo tudo o que o Don Ricardo Corleone escreveu, embora compreenda o lado da WWE. Eu lembro-me de não gostar nada do Muhamaad Hassan, o que significa que ele fazia bem o seu trabalho. Na altura ainda não percebia nada de História, por isso essas coisas passavam-me ao lado.