http://youtu.be/rjlSiASsUIs

No ano 2010, Daniel Bryan quase foi revelado enquanto homossexual, revelou o antigo membro da equipa criativa Brian Mann via redes sociais.

Consta que a história do triângulo amoroso entre ele as Bellas era suposto ter acabado com a confissão porque se queria ter exemplo positivo duma personagem de orientação sexual diferente.

A 11 de Abril de 2014, depois de três anos de relação, casou com Brie e, ao que parece, não se sabe os porquês da storyline ter sido cancelada.

As respostas a este mistério poderão ser dadas nas linhas seguinte, onde irei recuperar algo idêntico que aconteceu durante 2001-2002 e que quase dava casório!

http://youtu.be/o4mrRVBt71M

Billy e Chuck foi uma Tag Team da World Wrestling Entertainment constituída por Billy Gunn e Chuck Palumbo e considerada pela Pro Wrestling Illustrated a melhor de 2002.

Tendo Rico a geri-los, foram possuidores do World Tag Team Championship por duas ocasiões e utilizadores do finishing move Code Red (combinação de Electric Chair e Diving Clothesline).

http://youtu.be/IKiAFepJNi4

Perto do final da storyline Invasion, Palumbo foi expulso da Alliance e começou a compor duo com Billy Gunn, tornando-se heel.

Deu-se início à storyline na qual os dois mostravam evidências duma relação homossexual, descolorando o cabelo (mais tarde, Palumbo cortá-lo-ia curto por causa da tinta lho ter estragado) e fazendo Rico o papel de seu estilista pessoal.

http://youtu.be/yCkHFSe2rQU

A seguir à feud diante dos APA, em Setembro de 2002, foi-lhes proposta uma “parceria para a vida”, o que foi aceite, e a cerimónia foi para o ar numa Friday Night.

Durante o angle, foi revelado que aquilo era apenas um truque publicitário que havia ido demasiado longe e foi admitida a sua heterossexualidade.

Eric Bischoff, disfarçado de padre, e os 3 Minute Warning – consistindo de Rosey e Jamal (Umaga) – passaram a atacar a General Manager Stephanie McMahon.

Logo de seguida a este incidente, a equipa manter-se-ia unida, à excepção de Rico, que passou a controlar os destinos dos 3 Minute Warning, tornando-se face e deixando cair a faceta homo das suas personagens.

http://youtu.be/r984mMEAmzc

A Gay and Lesbian Alliance Against Defamation, consultor da storyline e ajudante na sua cobertura mediática, denunciou a WWE por se ter aproveitado da sua assistência sob promessas falsas.

No primeiro round do torneio pelo Tag Team Championship, ocorreu a sua luta final juntos, perdendo para Ron Simmons e Reverend D-Von.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Numa “shoot interview”, Billy Gunn destacou não se arrepender desta storyline, sentindo que era sua obrigação interpretar tal e qual o que lhe fora apresentado e que faria tudo de novo se lhe fosse pedido.

Antes de assentar arraiais sobre a controvérsia gerada ao redor deste que é dos piores segmentos da História dos desportos de entretenimento, acho pertinente olhar para o perfil de cada seu integrante.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Américo Sebastiano Constantino (nascido a 1 de Outubro de 1961) é mais conhecido pelo ring name Rico, sob o qual ainda actua na promoção Future Stars of Wrestling.

Concluiu os estudos quando entrou na Academia Naval e Militar do Wisconsin, assentando carreira de paramédico, polícia e guarda-costas.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Iniciou-se no negócio do Wrestling ao treinar na Empire Wrestling Federation, sendo descoberto por Tom Prichard, assinando acordo de desenvolvimento pela World Wrestling Federation.

A 21 de Março de 2002, debutou, retratando-se como estilista homossexual, estabelecendo-se como vilão. A 12 de Setembro, mudou-se para a Raw e tornou-se assessor dos 3 Minute Warning.

Acabou por se voltar contra eles após derrota contra os Dudley Boys e foi nesse balanço que atingiu surpreendente vitória sobre Ric Flair.

A 7 de Novembro de 2004, foi libertado e viajou para o Japão, onde formou par junto a outra antiga superstar – Bull Buchanan – para ganhar o All Asia Tag Team Championship.

Em Julho de 2005, retirou-se do Pro-Wrestling para ser Sargento Inspector no Nevada, só retornando a 17 de Novembro de 2012, decidindo comprometer-se a tempo inteiro neste regresso ao ringue.

Monty Sopp, ou melhor, Billy Gunn, é dos mais reconhecidos lutadores de equipas, tendo sido campeão nessa especialidade o total de 11 vezes.

Foi também Intercontinental Champion por uma vez e por duas Hardcore Champion, tendo vencido o “Rei do Ringue” 1999.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Lutaria no circuito independente por 4 anos antes de assinar contrato pela World Wrestling Federation, onde obteve feud contra Jesse James.

Sugerindo aliança, Jesse James seria rebaptizado Road Dogg e Billy Gunn Bad Ass – New Age Outlaws – no espírito da Atitude Era, aliando-se aos D-Generation X.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Resolvidos os equívocos entre ele e Palumbo, retornou no Royal Rumble 2004, sendo eliminado pelo Goldberg, e o Velocity seria o seu raio de acção, formando parelha ocasional com Hardcore Holly.

No Judgement Day, desafiou Rico e Charlie Haas pelo Tag Team Title, não tendo sucesso, e iniciou encruzilhada pelo cinto dos USA. A 1 de Novembro de 2004, o seu contrato não foi prorrogado.

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Charles Palumbo (nascido a 15 de Julho de 1971) deu início à sua carreira pela World Championship Wrestling a 22 de Março de 2000.

Depois de meses no Velocity, criou os Full Blooded Italians (facção antes vista na Extreme Championship Wrestling), juntando-se a ele Nunzio e Johnny Stamboli.

Esta versão avançaria para breves rivalidades diante dos Los Guerreros, APA, Nathan Jones, Rhyno e Chris Benoit até passar a ser regular no Sunday Night Heat, derrotando Hurricane, Val Venis e Stevie Richards.

A 4 de Novembro de 2004, entraria na lista de dispensas e, só a 30 de Abril de 2007, estrearia a nova gimmick de motociclista.

Entusiasta dos carros, motas e outros veículos de alta velocidade, é mecânico e estrela do reality show Lords of the Car Hoards da Discovery.

No episódio inaugural, falou da sua reforma do Wrestling e da manutenção de bons amigos nessa área, sendo próximo de Sean O’Haire, que faleceu a 9 de Setembro de 2014.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Este foi outro dos desvarios abortados pela dificuldade de abertura a coisas ainda por aceitar: o público não queria ver dois tipos a casar.

O desfecho não podia ser outro: embora estivesse na cara que algo estranho se passava ali, não se acreditava que a situação não fosse revertida.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

A preparação indiciava algo que não iria suceder, logo, haveria de se tratar de diminuir os danos o mais rápido possível e de modo cuidadoso.

Pelo vídeo, nota-se que não foi feito isso e que as desculpas para a não concretização se resumiu a mal entendidos, ao fervor da divisão de duplas, à compatibilidade enquanto colegas.

O objectivo de chegar ao topo da secção de pares talvez tenha precipitado tal aproximação calorosa, que não foi entendida cá fora.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

A WWE fez de todos nós (e dos próprios intervenientes directos) parvos quando o falso casal só se apercebeu da verdadeira intenção de Rico no derradeiro momento.

A vontade de ser pioneiro nos casamentos deste género partiu, pelo que é dado a compreender, doutra pessoa que não os interessados.

Era o seu representante que queria consumar o casamento, sabe-se lá porquê… O único motivo seria ele ser homossexual e querer que os seus dois protegidos fossem iguais.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

A cautela para não ferir sensibilidades começou logo pela designação “compromisso” e a proposta que ele fosse para toda a eternidade prendia-se com a longevidade pretendida para a dupla.

O duplo sentido das frases e palavras percorreu o trilho lógico da orientação sexual: o visual, os anéis que tanto seria de noivado quanto da renovação dos votos enquanto equipa, o contacto físico exagerado, as pinturas do cabelo de loiro, nada parecia inocente.

Quando tudo isto estaria inviabilizado, deixou-se chegar ao limite a influência de Rico, que teria manipulado os acontecimentos a seu favor.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Foi preciso a celebração ser interrompida pelo Godfather para ajudar os colegas a admitir que aquilo era tudo farsa para atrair atenção.

Então, sabia-se onde ia aquilo parar e arrependeu-se, sendo cada um deles cúmplice, ou era tudo desconhecido e na cabeça deles não havia a maldade que se fazia crer?

Voltou-se atrás e ficou tudo confuso, inclusive a importância das pessoas centrais neste guião, traídas pelo padre que não o era e que se preocupou mais com Stephanie McMahon.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

A caracterização de chulo do antigo Papa Shango, rodeado por raparigas de clubes nocturnos, era a perfeita para assumir a posição preconceituosa acerca do que estava prestes a suceder.

Apenas por questionar o romance de dois homens já tinha atirado achas para a fogueira e abalou com o dever cumprido.

Eis que o sacerdote retira a máscara apenas por estar a achar aquilo aborrecido e por ter suplantado os três minutos, o que bastou para os seus enforcers dos 3 Minute Warning detectar qualquer actividade.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Optou-se por separar os amigos coloridos disparando para todos os lados, não os protegendo das balas. Eu que gostava deles machões ou não, não posso concordar com este interregno à salada de frutas.

Prossegue a ter tanto de escandaloso quanto de descabido e foi dos piores finais de sempre, ainda que continue a suscitar opiniões divergentes e curiosidade.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Se tivesse ido para a frente, 2010 era certeiro para determinar Daniel Bryan como aquele indivíduo reservado, nerd enfiado no quarto e cheio de perguntas sobre a sua sexualidade.

Não teria tiques e não seria espalhafatoso, antes daqueles assumidos que não dá nas vistas e vive tranquilo. Não tenho pena que isso não fosse adiante, contudo, daria pano para mangas.

The People’s Elbow #87 – Sexual Healing

Foi tudo por hoje, têm a caixa de comentários à vossa disposição, eu cá estarei dentro de 7 dias para vos trazer mais atracções do vibrante universo do Wrestling!

3 Comentários

  1. Gostei do artigo parabéns 😉

    Tenho pena que o caso Billy e Chuck tenha acabado como acabou, a WWE estava a ser irreverente e podia ter ido mais longe..teve a atenção dos media como queria e isso foi o mais importante para eles.

    Ainda me lembro dessa storyline das Bellas com o Bryan e aquilo ter ficado em águas de bacalhau, acho que teria sido interessante sim e o look do DB naquela altura até ajudava o papel, era mesmo um totózinho. xD

    Eu acho que fazia falta uma personagem assim, para abrir um pouco os horizontes de algumas mentes fechadas mas depressa a WWE tornaria essa personagem uma palhaçada, não tenho confiança que fizessem uma coisa bem feita.

  2. Aquela foto onde o Rico está n o meio do Billy e Chuck…Caramba os gajos eram mesmo Altos!

    Foi uma dupla que nunca achei interessante mas foi importante eles terem interpretado essas personagens!

  3. Excelente artigo.

    Aquela história foi ridícula e fico muito feliz por não terem ido com aquela história do Bryan para a frente, visto que seria a morte do artista, ou não fosse o Vince McMahon a comandar aquilo…