Dou-vos as boas-vindas ao Top Ten desta semana e espero que tenham estado a gostar tanto do produto televisivo da WWE neste últimos dias quanto eu. A principal história cativante que mantêm em TV é a de Daniel Bryan ver o seu título ser retirado devido a uma contagem rápida de Scott Armstrong, que agora se vê em apuros. No entanto, ele já não é o primeiro árbitro na história do wrestling a fazer asneiras e a ser envolvido em histórias complexas e situações delicadas. Se dá para encher dez posições, dá para fazer Top Ten, portanto olhemos para 10 homens de camisa listada, com manchas no currículo.
10 – “Freddie Gilbert”
Nem tenho grande informação acerca deste indivíduo. Até a sua própria existência seria uma incógnita se eu não tivesse assistido a este episódio. Já devem ter notado que, muitas vezes incluo por aqui acontecimentos da ECW em 1993, quando ainda era ela a Eastern Championship Wrestling e via-se à rasca para se erguer do aborrecimento. Mais uma vez, incluo um exemplo de “culto”, ao abrir este “Top Ten” com um caso deste tempo. “Summer Shizzler” de 1993 e o main event era um “Strap match” entre Terry Funk e Eddie Gilbert para determinar quem era o “Rei de Philadelphia”. No final do combate, o árbitro, um tal de Kevin Christian, distrai-se com Paul E. Dangerously – um homem que actualmente diz que ama o CM Punk mas dá beijos ao Ryback – e não vê Funk e tocar no quarto canto. Deu para uma distracção e Gilbert inverter para que ele vencesse o combate. Após o combate, Dangerously anuncia o tal de Kevin Christian como “Freddie Gilbert”, um irmão mais novo de Eddie Gilbert, contratado para favorecer Eddie no combate. Isto foi dito com um microfone morto e uma plateia ruidosa, logo quase ninguém ouviu, não faz mal. Também não se fez muito mais com ele e ainda hoje é o dia em que não sei onde foram desencantar este moço…
9 – Taryn Terrell
Passemos para algo mais bonito. Muito mais, esta é uma árbitra que faria qualquer um assistir a qualquer combate. A sua integração no plantel activo foi sempre de esperar, não fosse ela uma ex-WWE. Mas até lá, a ideia que nos vendiam é de que ela era uma oficial. Que aparentemente não controlava muito bem os nervos, pois foi aí que elas se deram. Uns problemas com uma Gail Kim provocadora e foi um festim de cabelo a voar, quando Terrell se descontrola e ataca Kim fisicamente durante um combate que ela regulava. Perderia esse seu emprego para ser uma Knockout activa e partilhar com Gail Kim um dos melhores combates femininos em muito tempo. Assim dá gosto ser- se oficial. Tanto do que eu disse no final deste para´grafo como do que eu disse ao início…
8 – Mike Chioda
Talvez não seja daqueles a quem associemos mais erros graves ou mais envolvimentos em histórias. Mas é um árbitro veterano, quem sabe e ele já não terá feito asneiras em algum momento da sua carreira. Mas não achei que fosse assim tão fulcral pesquisar por algo desse género. Chioda foi o homem que serviu de porta-voz dos árbitros para dar um voto de “no contest” a Triple H no bizarro angle do “walkout” – ninguém faz isso hoje? – mas também não era nisso que pegaria para o incluir aqui. Baseio-me num caso mais real e mais recente que foi a sua falha na “Wellness Policy”, resultando numa suspensão de 30 dias. Algo a que associámos aos competidores, também toca aos árbitros, porque parece que o Sr. Chioda também andou a fazer algo que não devia. Corrijam-me se estou errado mas creio que tenha sido o primeiro a ser associado a isto. Se não é, foi dos mais notáveis…
7 – Dave Hebner
Deu jeito que ele tinha um gajo igual a ele. Veterano e com um irmão gémeo que conhecemos muito bem, Dave Hebner viu-se envolvido num escandaloso combate entre Hulk Hogan e Andre the Giant, sem que realmente estivesse envolvido. Num combate pelo título entre Hogan e Andre, este “Dave Hebner” conta 3 a uma cover de Andre the Giant, mesmo sendo claro que Hogan tinha levantado o ombro antes. O título foi entregue a Andre the Giant, que o vendeu a Ted DiBiase, num angle por si só já polémico. Vai-se a ver e afinal o desgraçado não tinha nada a ver com o assunto e quem o fez foi o seu maléfico irmão gémeo, Earl Hebner – que, com certeza, ninguém espera que apareça neste artigo – a mando de DiBiase e Andre. O seu cadastro até pode permanecer limpo mas o seu nome esteve envolvido numa polémica, de qualquer forma…
6 – Charles Robinson
Actualmente não se lhe pode apontar nada. É um bom árbitro e costuma portar-se bem. É dos nosso favoritos pelos seus fantásticos sells a moves que os lutadores sofrem, pelas suas corridas dramáticas até ao ringue ou pelos melhores deslizes para uma contagem. Mas isso é agora, ainda era ele jovem e trabalhava ele na WCW e lá o usavam para asneira. Da maneira mais simples, começou a oficiar combates favorecendo os Heels. Isto acabou indo mais longe ao ponto de se afiliar com Ric Flair, presidente kayfabe da companhia na altura, e até chegar a competir e ser tratado como “Little Naitch”. Hoje já é um árbitro com princípios, mas ainda se nota a sua forte ligação com Ric Flair. O Sweet Chin Music que o Nature Boy comeu foi sentido por ambos…
5 – Scott Armstrong
O caso mais recente que deu a ideia para este Top Ten. Tão fresco que nem sei se vale a pena estender-me muito em relação ao seu procedimento. Ainda temos na memória a contagem rápida no SummerSlam que já sabíamos que ia dar que falar no Raw seguinte, ainda temos na memória o segmento em ringue em que deita a culpa em Daniel Bryan e sugere conspiração, ainda temos na memória o seu despedimento por Triple H e teremos na memória quando esta história for toda desvendada. Pobre homem, lembram-se de o meter em alhadas já depois de velho…
4 – Brad Maddox
Um caso semelhante ao de Taryn Terrell, só que não tão bonito – não é que o rapaz tenha mau aspecto, até é um moço bem-parecido, mas a minha preferência é óbvia. A semelhança é no sentido de ser alguém já com um posterior plano, alguém que normalmente estaria num ringue – mesmo que não seja isso que Maddox ande a fazer – e de alguém que acabou por se tornar na sua própria personagem. Viu os seus primeiros ares de controvérsia quando não viu CM Punk a romper uma contagem na corda e contou os 3. Só ares. O seu verdadeiro momento deu-se no último Hell in a Cell, quando se redimiu com Punk e ajudou-o a vencer Ryback com uma valente sapatada ali na “zona” que deve ter deixado o Ryback a falar fino nas horas seguintes. Só para ser famoso, disse ele. O certo é que eles lá viram que o tipo era bom e que tinham muito para fazer com ele, porque ele até tinha jeito para a coisa. Actualmente é General Manager do Raw, o que demonstra que isto de ser árbitro corrupto até compensa…
3 – Nick Patrick
Voltemos à WCW. E peguemos em mais um caso simples de um árbitro que simplesmente começou a favorecer Heels. Só que este Nick Patrick tinha umas preferências mais específicas e beneficiava lutadores como Hulk Hogan, Kevin Nash ou Scott Hall, contando rápido para eles e até mesmo não contando para o adversário. Ora, olhando para os lutadores enumerados dá para notar um padrão, algo em comum. Exacto, Patrick andava a favorecer os nWo até que, eventualmente, chegou mesmo a juntar-se ao grupo como “árbitro pessoal” do grupo – de forma semelhante a Robinson para com Ric Flair. O seu trabalho foi retomado mas, terá sempre no seu currículo que foi um aliado e vendido dos nWo…
2 – Danny Davis
Aqui temos que dar um passo maior até ao passado e espreitar a década de 80. O caso de Danny Davis não vai diferir em relação a casos de que já falei aqui. Um árbitro inicialmente justo, que começou a favorecer Heels e a favorecer Faces. Esta sua fraca ética resultaria na integração de um grupo e foi Jimmy Hart quem o catou e o lançou como lutador. Lutou brevemente no midcard mais baixo até que retomou normalmente o seu trabalho como árbitro e voltou ao regular profissionalismo. Resultou num lutador mas não foi isto que deu a segunda posição a Danny Davis. Temos que olhar para a altura em que se deu, década de 80 e olhar para os casos semelhantes e ver que todos eles vieram depois. As histórias de árbitros corruptos que hoje são mais comuns, na altura ainda não o eram e coube a Danny Davis ser o pioneiro e a influência de todos os árbitros com profissionalismo duvidoso que viriam a aparecer na nossa TV dali para a frente…
1 – Earl Hebner
Como disse, acho que ninguém esperava que Earl Hebner constasse nesta lista. Ou melhor, creio que já estivesse implícito no título que ele já tinha lugar reservado na primeira posição. Oficial mais conhecido pelos fãs de wrestling e, muito facilmente, a polémica em forma de gente e com uma camisa às riscas. Basta ler o texto de entrada do seu irmão gémeo, na posição 7, para vermos como foi a sua estreia! Mas não fica só por aí. Passa pela sua senilidade que se apresenta actualmente que o vê a estragar vários finais de combates e a deixar lutadores confusos ou as suas constantes altercações físicas com os atletas em competição pelo simples facto do velhote não se querer deixar intimidar por ninguém. Mas também não é em nenhum desses casos que vou buscar o principal factor de inserção de Hebner nesta posição. Temos que pensar naquela que possa ser a maior polémica da história do wrestling, o célebre Montreal Screwjob. Um acto que precisa de vários integrantes e uma peça muito importante é o árbitro, que era nele que residia o poder de realmente mandar a campainha soar sem que nada tivesse acontecido para que tal acto houvesse. Mas assim foi e foi o Sr. Earl Hebner o homem que fez a grande diferença. E assinado por baixo do tal “Screwjob” está o nome deste homem. Suficiente para o inserir nesta lista e nesta posição, mas dái para a frente ainda se deram mais falcatruas e desenterros da história referente ao dito incidente em Montreal que faziam questão de nos lembrar do que ele fez. Mas a gente vai gostando, nem que seja, dos seus erros…
E assim ficam preenchidas as dez posições para este tema do Top Ten. Espero que tenha sido suficientemente interessante e que dê para vos colocar a comentar quanto a estes casos, quanto ao que acham sobre a envolvência de árbitros em histórias ou quanto a casos que se lembrem e que não constem nesta grelha. O que quiserem. E que para a semana possam voltar a fazer o mesmo para um tema diferente que eu espero e planeio poder estar cá para o fazer. Até lá, boas entradas no Outono!
9 Comentários
Nick Patrik, grande exemplo de arbitro!!!heheheheh lembro-me bem da bosta que ele fazia para ajudar os NWO!
Bem, o oficial Scott Armstrong em 2009, senão me falha a memória, também esteve envolvido naquele combate entre o CM Punk e o Undertaker no Breaking Point em que houve um resultado “polémico”.
Grande Nick Patrick e grande top ten você teve que pesquisar bastante o histórico de juízes para fazer este top ten ou já tinha em mente os árbitros escolhidos ?
Tinha vários em mente e tive que fazer pesquisa para preencher as 10 posições 😉
O arbitro que mais gosto é o Mike Chioda! Adoro as suas contagens!
É brutal quando ele conta até 3 né? 😛 brincar.
Bruno Paixão, Capela, Xistra, Pedro Proença, etc. XD
Roubaste-me a ideia… xD
Agora não respondam a isto senão começa-se um debate sobre futebol…
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk