Top Ten #36 – Mark Outs de 2013

Mais uma semana de Dezembro, mais um Top Ten reflectivo de 2013. Dou-vos as boas-vindas à edição desta semana que conta com momentos que já considero opostos daqueles que apresentei na semana anterior. Se da última vez abordei os piores segmentos do ano, para agora já sou mais razoável e procuro bons momentos, momentos que façam saltar da cadeira, momentos que puxem uma reacção arrepiante. Recorrendo à expressão do título e explicando-a… Momentos que façam soltar o “mark” dentro de nós. Não deixa de ser uma situação baseada em gosto pessoal e talvez existam momentos nesta lista que não vos tenha feito nada. Assim como poderão faltar momentos que achem essenciais mas não foram aqui colocados. É aí que entra a vossa participação, como sempre, e é esperada e mais do que bem-vinda.

Principal lacuna deste “Top Ten”: não há momentos da TNA. Apesar de achar que a qualidade do produto foi consistente ao longo do ano, não me pude lembrar de momentos que me puxassem a reacção do conceito. Fãs da TNA, pronunciem-se, se quiserem enriquecer isto!

10 – Roman Reigns devora o Survivor Series

Um exemplo recente. Não foi daqueles que instantaneamente nos projectem dois metros acima do nosso assento ou que nos leve as mãos à cabeça, sem a nossa própria vontade. Nem foi um momento repentino, foi mesmo o progresso de um combate que nos foi arrastando, aos poucos, cada vez mais, para a beira do assento, enquanto assistíamos à WWE a gritar-nos explicitamente quem era o jovem em quem estavam a pensar apostar no futuro. E merecidíssimo. Quatro patos abatidos com spears devastadores e Roman Reigns tornar-se-ia a figura da noite e homem mais dominante a pisar o ringue naquele tipo de competição em muito tempo. O mark dentro de nós não saltou mas estava radiante enquanto o via a celebrar a sua vitória e singular sobrevivência…

9 – Estreia da Wyatt Family

http://youtu.be/a8Y7KepTYWA

Este foi estranho. E refiro-me à situação em si, não a eles, como me atreveria eu a dizer que aqueles cavalheiros são estranhos? Após muitas semanas a antecipar a estreia do bizarro grupo, eis que chega o momento destes rapazes amigáveis abençoarem a TV com a sua presença e fazem-no… Recebendo um dos maiores pops que podiam ter recebido… E eram Heels. E continuaram a sê-lo e tanta ovações continuaram eles a obter. É essa a parte estranha apenas, o facto de um dos principais grupos Heel, receber das maiores reacções de babyface e colocar a malta a “markar”, fazendo então a ligação ao conceito do título, como se alguma lenda estivesse a regressar. Uma prova de que as melhores coisas na TV da WWE andam aos trios… Ou então a malta aguardava imenso o regresso do Husky Harris…

8 – Regresso de Chris Jericho no Royal Rumble

http://youtu.be/-wf41HYSnoA

Um ano antes, a malta andava toda louca a decifrar aquelas mensagens crípticas que eles andavam a deixar no YouTube. Muitos juntaram as peças e chegaram a Jericho e acertaram. Foi um grande momento “Mark Out” de 2012. Um ano mais tarde, Royal Rumble, sem avisos, sem precauções, sem perdoar os sensíveis: Jericho volta a regressar absolutamente do nada, como segundo participante do Royal Rumble e até fez Ziggler borrar a sua interior ligeiramente. Em construção não teve tanto impacto como o regresso anterior, mas em surpresa foi mais forte – mesmo que o seu hiato tivesse sido mais curto. Eu que o diga, que dei um salto da cadeira que quase só parei no chão. É claro que à boa maneira de Jericho, voltou a ausentar-se no Verão e agora ficámos à espera do seu regresso no início de 2014 e a pensar como será este. Que saia de um ovo como o outro e já está um momento “Mark Out” para 2014…

7 – Bruno Sammartino no Hall of Fame finalmente!

http://youtu.be/SPjszZQy1TU

Este foi um tipo de “mark out” diferente. Foi baseado mais num buzz contínuo e na surpresa da reacção a uma notícia do que a um momento que faz alguém saltar da cadeira. Mas com certeza que algum veterano, algum avô de algum fã dos dias de hoje deu um salto que até ficou à rasca das ancas. Finalmente, após décadas… Bruno Sammartino integra o Hall of Fame da WWE. Simplesmente um lutador que pensámos que um Hall of Fame sem ele, nem devia ser Hall of Fame. O primeiro “babyface” propriamente dito e com um reinado de Campeão da WWE que ninguém alcançará alguma vez – porque ninguém tem paciência hoje em dia para um Campeão durante 6 anos, com mais que um programa semanal. Este homem quase construiu a WWE (WWF/WWWF) por si e abriu as portas para novas gerações de wrestling que seguiriam as suas passadas. Antecedeu a Hulkamania. E durante as duas décadas de existência do Hall of Fame ainda não havia acordo para o inserir… Até agora. O mais evidente e obrigatório dos Hall of Famers é, finalmente, um Hall of Famer…

6 – Regresso de Undertaker

É a tradição anual. Aliás, quero um emprego destes em que só tenha que aparecer ao início de cada ano e ter a minha verdadeira performance um dia por ano. É claro que tinha a responsabilidade de dar o espectáculo do ano nessa performance e tinha que construir uma carreira lendária inalcançável para isso, mas mais coisa menos coisa e gostava de um trabalho desses. Recorrendo à tradição anual, podemos considerar que dos últimos anos, este até nem foi o regresso mais empolgante. Foi anunciado, estenderam a nossa espera por muito tempo e já veio com o propósito de ter malta atrás dele a querer a streak. Foi algo “piloto automático” e não tão entusiasmante, daí que não fique nas posições mais cimeiras, mas é como digo… É a tradição anual… E ai de quem fique sentado quando soa aquele início e as luzes se apagam…

5 – Regresso de Rob Van Dam

E já que estamos numa de regressos… Este já não voltava a esta casa há muito tempo. E surpreenderam-nos bem, eu é que não estava à espera de ver um anúncio da vinda de RVD à sua segunda casa a meio do Payback! Mesmo tendo alguns pormenores em conta: este Van Dam não podia ser exactamente o mesmo Van Dam que saiu e aquela chatice que é o tempo passar e a idade aumentar começa a fazer-se notar. E já tínhamos reparado, enquanto RVD ainda era activo na TNA, a sua terceira casa, que apesar de ainda continuar mais entusiasmante que muitos… O Rob Van Dam uns anos mais jovem ainda lhe ganhava. Mas que seja bem-vindo! E logo em Philly, onde se fez na ECW, a sua primeira casa. Um buzz internauta forte e uma reacção potente. Bem-vindo de volta, RVD… Até ires outra vez, a malta vai esperando…

4 – Regresso de CM Punk

Mais um, isto dos regressos é uma boa desculpa para “markar”. A parte interessante é a posição alta em que isto se encontra e a sua situação: Punk apenas tinha estado ausente dois meses. Após uma tremenda batalha com Undertaker na Wrestlemania, para ser recordada como uma “daquelas” do ano, Punk anunciou que iria tirar umas férias para se recompor. E dois meses depois, sem grande história, sem grandes arranjos, sem ninguém estar à espera e, na opinião de muitos, demasiado cedo… Punk regressa em Chicago, para pop gigantesco e para dar outro combate a ser lembrado nas grelhas do final do ano. É a vida do Punk. Muito cedo ou não, o certo é que uma aparição de Punk já é para “mark outs”, quanto mais uma aparição após dois meses ausente… E quanto mais em Chicago! Por vezes, nem sempre é necessário envolver surpresas…

3 – Vitória dos irmãos Rhodes

Um óbvio momento para o Top 3 de momentos emocionais do ano, como resultado de um dos muitos combates do ano. Uma boa história com o despedimento de Cody Rhodes, o regresso de Goldust e a participação de Dusty Rhodes. Estava tudo no sítio para captar a atenção do público e cabia à família manter-se over. E se o fizeram… Com o público todo rendido aos irmãos e ao pai, coube aos actuais Campeões de Tag Team derrotar os The Shield para terem os seus empregos de volta. O apoio e reacção que obtiveram… só assistindo. Foi o momento em que nos apercebemos que, talvez finalmente, Cody Rhodes comece a subir para não cair mais. O combate, a emoção da família vencedora, o restante plantel a felicitá-los, o público a reagir… Não dá para ficar indiferente a um momento destes…

2 – O cash-in de Dolph Ziggler

http://youtu.be/rRpdVFXRshQ

E podia só deixar esse título que já estava explicado. Não precisava de nenhum texto de apresentação. Nem sequer do link, precisava. Acho que todos nos lembramos quando o telhado do recinto disparou em New Jersey, na noite após a Wrestlemania, assim que a música de Dolph Ziggler toca. E assim que ele vence e finalmente troca a mala amassada por um cinto mais bonito, após tanto tempo. Talvez das melhores memórias que temos de 2013, o pincho automático que damos ao reagir ao tema de Ziggler e à sua vitória. E isto tudo à volta de um Heel… Porque é que isto não está na primeira posição? Não sei bem, acho seguro considerar que tenho um empate nas duas primeiras posições e guardei outro momento para a primeira posição…

1 – Daniel Bryan ganha o WWE Championship

E foi precisamente este, não acho que restem dúvidas. Só se estivessem muito distraídos é que não notavam a quantidade de braços no ar e o volume dos cantos de “Yes!” na arena, quando Daniel Bryan se tornou, finalmente, no Campeão da WWE, após um tremendo combate, a ser lembrado no final do ano também. E outra coisa a ter em conta… Acabava de derrotar John Cena da forma mais limpa possível. O que veio a seguir foi o pontapé no estômago de todos que estavam a desfrutar daquele momento antes. Mas não impediu ou anulou nada do que já se tivesse passado. Como disse, juntamente com a segunda posição, foi o maior momento de “Mark Out”, tanto pessoal como geral do ano… A plateia do último Raw que nem deixava Triple H falar que o diga..

E assim preencho as dez posições, dez momentos para markar como se tivessemos dez anos outra vez. Como esta coisa do “markismo”, ou como lhe queiram chamar – algo que soe menos a alguma espécie de regime ditador que o que eu disse – é sempre uma coisa muito pessoal. Portanto agora o espaço é vosso para mencionar momentos destes que vos fizeram saltar da cadeira. Mesmo que tenha sido só aquela vez em que o Zack Ryder apareceu em TV, é uma questão pessoal, podem acrescentar o que quiserem. Para a semana, creio estar cá com novo tema referente ao ano que passou e que cada vez mais se aproxima do fim. Até lá fiquem na melhor e continuem a desfrutar desta época Natalícia.

11 Comentários

  1. Na TNA houve um ou outro momento do género, não sei se chegou a ser suficiente para estar neste Top mas isso já é outra história. De que momentos estou a falar? Revelação do Bully Ray como líder dos Aces, regresso do AJ e, principalmente pela reacção do público, o seu regresso à gimmick antiga. Pessoalmente, para mim houve mais, como a estreia do Spud em Fevereiro ou o AJ a conquistar o título mundial, mas percebo que seja só mais no meu caso.

    • JoãoRkNO11 anos

      Subscrevo, nomeadamente em relação ao Spud, estando o próprio a ser uma revelação total pela positiva.

    • Epá, a revelação do Bully como líder dos Aces, para mim, está acima de qualquer momento da TNA… Foi mesmo muito bom, épico! Um dos meus momentos favoritos como fã de Wrestling.

    • Chris JRM11 anos

      Confesso que ponderei a revelação do Bully Ray para inserir aqui, mas pensei que o tal “mark out” fosse mais caseiro. Lá na arena, teve o bom heat que mereceu para ficar ainda melhor para o pessoal de casa…

  2. GJD11 anos

    Discordo do décimo momento, considero que foi uma desvalorização ao tag team e ao usa, preferia Lesnar vs cm punk ou taker vs punk

  3. A conquista do WWE Championship pelo Bryan e o cash-in do Ziggler foram momentos muito bons, mas acho que nunca saltei tanto como na vitória dos Rhodes Brothers, foi mesmo um momento único , espetacular

    • Dreamer11 anos

      Até porque foi o que conseguiu salvar o Battleground…

  4. Trocava os dois primeiros momentos… O “cash-in” do Dolph Ziggler deixou-me completamente arrepiado. Chorei de alegria por aquele gajo. Grande momento.

    • Ele merece um push por parte da WWE. É dos melhores talentos que eles têm e estão a desperdiçá-lo..