O momento, o acontecimento, a hora, o minuto e o segundo, estes serão alguns dos termos que podem significar aquela altura em que tudo começou, em que foi dado o passo derradeiro para a fama. Passo esse, onde wrestlers sofreram aposta final para se tornarem em ícones e, serem gravados nos anéis da história e fama do wrestling.

Meus caros sejam bem-vindos a edição cinquenta e nove do vintage, onde vamos descrever um wrestler que sofreu o grande push, ou melhor o “click”, para não ser mais um que esteve no business.

Passo esse, que vimos há duas semanas atrás, com afirmação final de Daniel Bryan, onde o seu grande momento foi sem dúvida, a Wrestlemania XXX, onde derrotou o boss da Corporation, e os principais opositores no Main Event do evento. Vamos então esmiuçar alguns dos momentos que seriam imortais e jamais esquecidos pelos comuns e mortais fás.

Falo de um exemplo de um guerreiro, ou melhor, de um Warrior, de uma verdadeira encarnação de uma personagem, logo no momento que passava as cortinas do corredor em direção ao ringue. Uma música feita a medida, um físico invejável e todo um full package perfeito, que transmitia força, intensidade e toda uma invencibilidade capaz de derrubar qualquer adversário.

O último grande herói, podia ser um nome de um filme mas não, é sim um lutador que nos deixou aos cinquenta e quatro anos algo que chocou a comunidade adepta, especialmente depois do seu discurso (final) na RAW.

Apresento-vos The Ultimate Warrior:

http://youtu.be/36OHZ51o2qo

James Hellwig nascido a 16 de Junho de 1959 foi um grande adepto do Bodybuilding, e bastante cedo começou a exercitar o seu corpo para se tornar mais forte, apesar de ter uma estatura bastante inferior aos seus companheiros de pesos. 1,88 Cm fazia de Hellwig dos mais baixos culturistas do circuito onde se exibia, mas apesar dessa inferioridade, conseguiu ter classificações bastante positivas, dando muito de si e, mostrando aos seus opositores que tinham que suar bastante para o vencer.

Dando nas vistas nesta modalidade, pois tinha um físico bem trabalhado foi visto por muita gente como um potencial wrestler. Seria o seu passo seguinte, lutando em variadíssimas promoções, desde a de Jerry Lawer em Memphis, ou outras concorrentes, especialmente na divisão de Tag Team, onde teve ao seu lado Steve Borden (Sting), sobre a batuta de Dutch Mantel (Zeb Coulter).

Lutou com variadíssimos nomes, desde Blade Runner Rock, ou Dingo Warrior, que foi visto por Vince McMahon como um nome terrível, pois qual era o guerreiro que teria o nome de Dingo… Foi aí que foi adicionado e com sucesso o nome Ultimate, onde seria o seu nome de marca até ao fim da sua carreira e vida.

Seria em 1987 que assinou pela WWF, onde era admirado e muito por Vince, apesar de somente lutar em combates não televisionados, dando pouca publicidade as suas performances. Uns pequenos/grandes retoques seriam fundamentais para “afinar” a sua personagem. A música, as pinturas faciais, cores berrantes nos equipamentos de ringue, fitas e um cabelo bastante volumosos ao bom estilo “rockeiro”, foram os extras necessários, para Ultimate Warrior estar pronto para correr para a glória.

Falei em correr? Pois, esta foi a grande característica dele, pois juntamente com a sua música seriam a combinação perfeita, e o momento mais esperado pelos fás. Os primeiros acordes do tema musical eram épicos, levantando uma plateia que enchia as arenas ao rubro. Fazia os 100 metros, ou outra distância, com uma velocidade tremenda, chegando ao ringue a soprar efusivamente, para no final, ainda abanar as cordas do ringue e elevar os seus braços, descrevendo o seu característica Gorilla Press.

Vintage #59 – O “click” para a fama

Ultimate Warrior estava a ter o destaque total da WWF, ficando quase no mesmo patamar do cabeça de cartaz Hulk Hogan. Os seus golpes eram sempre efetuados com imensa intensidade. As suas Clotheslines pareciam betão e os seus voos pareciam as bolas arremessadas pelas históricas aríetes.

Esta construção foi feita patamar a patamar, onde teve um dos picos em 1988 no PPV Summer Slam, somente após um ano de estreia nos combates difundidos na televisão. Um dos “click” foi dado após o desafio do actual detentor, do maior reinado como Intercontinental Champion. Honky Tonk Man vinha de uma serie de vitórias incrível, conseguindo manter imaculado o seu campeonato. Seria então, um desafio a todo o roster de 1988, por parte do “Elvis Man”, que marcava o seu fim, onde Warrior respondeu com uma entrada épica e dizimando-o em 27 segundos, sagrando-se Intercontinental Champion, dando um dos passos para a imortalidade!

http://youtu.be/hzmWjqzOtfk

Esta conquista deu azos a grandes rivalidades uma delas contra Ravishing Rick Rude, mas Warrior tinha que ter voos ainda maiores, pois a concorrência era fraca demais para o seu ego e poder em ringue. Foi com 31 anos que foi catapultado para o Main Event e posteriormente para o núcleo restrito de cabeças de cartaz da WWF.

O encontro entre Hogan e Warrior era inevitável e a construção do caminho para embate entre ambos foi feito patamar a patamar, degrau a degrau, levando a que todo o Universo de fás se visse englobado na história. Um combate que foi imortalizado no Skydome perante 70 mil espectadores. O combate na Wrestlemania VI foi gravado nas pedras da história como The Ultimate Challenge!

http://youtu.be/BfqV3xI8l_s

O seu caminho com o Championship foi bastante positivo, dando para todos os fás embates contra outros major wrestlers, como por exemplo Macho Man Randy Savage. A sua entrega foi sempre feroz, mas que infelizmente teve um fim para novamente Hogan ser o top dog

Podia ter esta oportunidade para descrever todos os anti corpos que Warrior tinha nos seu genes, ou mesmo afirmar, que seria um mal-amado no meio dos seus companheiros, mas quem nunca teve problemas no seu trabalho, infelizmente para Warrior ser um célebre lutador dá mais enfase a todas essas quezílias.

Uma carreira que teve o “click” para afirmação na Wrestlemania VI, para não ser mais um que esteve no wrestling. Viveu a sua vida à sua maneira, do seu modo, à sua vontade. Seria vários regressos a actividade, noutras ocasiões, ou em companhias rivais, que Warrior teve a sua participação, mas como se costuma dizer: Não se livrou da má fama!

Vintage #59 – O “click” para a fama

Ultimate Warrior estará gravado para sempre no Hall of Fame, com distinção na minha opinião, tendo partido há poucas semanas deixando um discurso emocionante e verdadeiramente épico! Triste mas real, pois ninguém esperava esta partida…

RIP Warrior…RIP Ultimate Warrior!

Sejam Felizes!

http://youtu.be/xR08M6EUd0g

9 Comentários

  1. Excelente edição do vintage! Espetacular mesmo! Pode-se dizer que o Warrior acabou pode ter até um final perfeito, já que teve uma grande despedida.

  2. O melhor “Vintage” até hoje, na minha opinião. Adorei ler, até a escrita foi muito superior ao habitual. Excelente trabalho André!

  3. Muito bom trabalho meu caro. ;). O espirito dele vai ficar sempre entre nós, e nos novos talentos tal como ele disse. Ele viu o que ele tinha em alguns do roster actual, e nos sabemos quem são.

  4. JoãoRkNO ®11 anos

    This is Vintage ! Parabéns André, um artigo de qualidade acima da média . Não tive a oportunidade de acompanhar “live” a carreira dele, mas é um nome histórico, único e imortal que ficará para sempre na nossa memória como um dos wrestlers mais carismáticos que alguma vez passou por esta indústria .

  5. Obrigado João…acho que vou adoptar essa tua expressão…”This is Vintage!” 😀