Quarta-feira, dia de colocar a disquete na torre do PC Celeron 900 MHz e pormos o Vintage a “rolar”. Disquete…como o tempo passa. Um artefacto que parece que foi feita na Grécia antiga mas, na realidade, passou 10, talvez 15 anos até a extinção da mesma. Quem nunca jogou elifoot? Uma criação de uma mente brilhante de seu nome André Elias. Um jogo com características de manager de futebol, mas com uma simplicidade tremenda. Bastava escolher as tácticas clicando F1 (4-4-2) ou F2 (4-3-3), ou outras formações. Um dinossauro dos jogos que tem um lugar bem gravado nas memórias da geração de 90

Vintage #61 – Past Present

Sim, foi uma geração onde muita coisa se formou e, não havia estes Mega bytes todos mas, ainda bem que tudo se desenvolveu e tornou mais fácil muitas funcionalidades do quotidiano, pois acredito que jogar elifoot até aos dias de hoje fosse muito interessante… Isto dos jogos tem uma analogia com o tema de hoje, pois os métodos feitos antigamente continuam bem presentes actualmente, por isso o vintage de hoje vai tentar mostra-vos algumas particularidades que foram feitas no passado que certamente vai deixar-vos bem “agarrados” a edição de hoje.

Um dos momentos da carreira de um wrestler é a sua estreia em ringues. Bem, não quero referir-me ao “batizado” inicial em palcos desconhecidos, mas sim, quando entram pelas cortinas da fama que proporciona a WWE/F. Quando um lutador quer criar algum impacto, ou pelo menos os oficias assim o querem fazer, tentam aliar o visado com algum manager, ou criar um heat bastante credível, para que ele seja visto com potencial, com carisma e também, com um projecto a longo prazo dentro da companhia. Para isso acredito que a inclusão de uma personagem é bastante importante. Actualmente temos Alexander Rusev, que teve todas essas características, transmitindo ao público, um lutador oriundo do leste, de terras frias, que é implacável no que faz em ringue. Lana a sua linda manager é a combinação perfeita, dando mais credibilidade ao seu pupilo, transmitindo que o Bulgarian Brut é invencível!

Vintage #61 – Past Present

Este conceito é intemporal. Basta vermos como King Kong Bundy foi apresentado por Bobby Heenan, dando-lhe toda spotlight, com afirmações que a besta dele era inquebrável. Apesar de Bobby Heenan ser o maior obreiro de Bundy, foi com Jimmy Hart que deu os primeiros passos na WWE/F. Se o seu aspecto físico já era bastante temível, quando estava no ringue era difícil de não acreditarmos que este bulldozer não seria um dos maiores superheavyweights da história.

http://youtu.be/8UMnveEkefc

If you smell what the Rock is cooking!, Give me a Hell Yeah!, The Champ is Here! Estes são exemplos de catch phrases que certamente vocês identificam quem as pronuncia. Esta é uma regra que pode ser adicionada algum lutador, para ter um leque com mais qualidade na sua personagem. Existe vários lutadores da Golden Era que tinham essa capacidade, mas realço um que na minha opinião conseguiu captar todas as atenções, especialmente no campo feminino. Apesar de toda a carreira na WWE/F ser um bad guy por natureza, o sector feminino não tirava os “olhinhos” do físico invejável de Rick Rude, onde a massa gorda era quase nula. Todo o seu package era de egocêntrico e superioridade, algo que assentava como uma luva. O seu debut foi bastante positivo, sendo um dos membros da mítica Heenem Family, que já possuía King Harley Race e Hercules. Ravishing Rick Rude tinha das melhores frases de entrada, criticando todos os homens que eram mais volumosos, elas continuavam olhar para ele com aquele olhar…bem algumas talvez não.

http://youtu.be/uTK-p1Xm2w4

Continuando com as estreias nos ringues da WWE/F e depois de indicar o factor importante que é aliar um lutador novato com um manager experiente, bem como encontrar algumas características relevantes no lutador e explorá-las, acrescentando mais qualidade nas mesmas. Tal como referi, uma intro inicial como a de Rude, ou simplesmente uma Catch Phrase, pode ser essencial no boost de um wrestler.

Vintage #61 – Past Present

Estes factores são no meu ponto de vista importantíssimos numa primeira fase e, tal como no presente e no passado, são seguidos a risca. Claro que o lutador tem que ter um papel importante, pois sem carisma, talento e o it factor, nada disto terá continuidade. A analogia entre King Kong Bundy com Rusev ou Rick Rude com inúmeros lutadores que actualmente ou, num passado recente, marcaram com frases que jamais serão apagadas da pedra imortal que é a WWE. Exemplos como Stone Cold Steve Austin, Jake Roberts, ou mais recentemente Daniel Bryan com o YES Movement em plena RAW.

O passado será sempre um factor importante e um deles será a geração. O passado familiar quer queiramos quer não, pode influenciar o presente, mas mais importante, o futuro de um aspirante a wrestler. The Rock é sem dúvida um dos casos mais conhecidos. A família Maivia tem uma árvore genológica brutal e, a maioria teve algum impacto na história da WWE/F, bem como no wrestling em geral. Actualmente temos a equipa campeã The USOS, bem como o star power do membro dos Shield – Roman Reigns.

Exemplos como a família Orton, Hennig ou Hart são outros exemplos de famílias consagradas que em muito contribui para o lançamento de algum lutador. Actualmente está a ser promovido para o roster principal Bo Dallas (mais um oriundo de uma família mítica do wrestling), de uma maneira positiva, que junta estes factores que já referi.

Vintage #61 – Past Present

Um factor importante que muitas vezes era colocado em segundo plano era a música de entrada do wrestler. Tivemos bons, ou melhor, excepcionais exemplos de músicas que assentavam como uma luva e fizeram parte do legado de variadíssimos superstars. Na Golden Era tivemos Hulk Hogan, Ultimate Warrior, Macho Man, Legion of Doom. Na New Generation era, musicas como a de HBK, Bret Hart, Undertaker. Na Attitude Era, o som vindo das colunas quando Stone Cold entrava nas arenas levava o publico ao rubro, ou Kane quando todo o tom vermelho “pintava” as paredes das arenas.

http://youtu.be/Zh-kmws3Gx4

Algumas destas musicas ainda marcam actualmente o panorama do wrestling. Actualmente músicas como a de CM Punk, Daniel Bryan, Brock Lesnar traçam um papel fundamental, em termos de impacto e trabalho preconcebido logo no início de algum combate ou promo. Quando falamos da música em quase inevitável referenciarmos a entrada do mesmo. Basta ver que Triple H, Undertaker, Kane, CM Punk e muitos mais deixam a sua marca com entradas personalizadas que deixa todos os fás arrepiados! Triple H nesta passada Wrestlemania é prova disso, com uma entrada com um carisma arrepiante. Triple H até não será o melhor exemplo em termos de impacto de uma entrada nos tempos de rookie, pois a sua personagem de Hunter Hemsley era bastante fraca.Ainda bem que nasceu a figura The Game, que têm como uma das suas marcas a sua entrada em ringue.

Nos primórdios do wrestling, na fase de Bruno Samartino, Billy Graham ou Lou Thesz esses princípios nem eram explorados, algo que Vince McMahon deu o seu aperito, e temperou todo um show que deu frutos até aos dias de hoje. Basta vermos, que mesmo outros desportos de luta, acrescentam nas suas fileiras este show off, pois é mais apelativo aos olhos dos fás.

Vintage #61 – Past Present

Faço esta selecção de “material” essencial para que inicialmente tudo possa ser bem feito. Claro que prossuponho que o atleta tenha capacidade in-ring decente e não venhamos verificar posteriormente que o atleta não tem capacidade. Concluo esta edição com uma questão para debate:

A que ponto achas essencial estes aspectos que referi, que foram aplicados no passado e são ainda a base actual para o lançamento de muitos rookies ou personagens novas. Coloca por ordem de importância, ou mesmo se achas que nada disto é essencial.

– Inclusão de um manager;
– Frases míticas;
– Geração familiar;
– Música de entrada;

Espero que tenham gostado. Para semana termos o Funny Moments não percam! This is Vintage!

12 Comentários

  1. GonRodri11 anos

    Excelente artigo André 🙂

    Acho todos importantes mas vou por por ordem os q acho mais importantes:

    – Inclusão de um manager;
    – Geração familiar;
    – Frases míticas;
    – Música de entrada.

  2. Inclusão de um “Manager”
    “Frases Míticas”
    “Música de entrada”

  3. JoãoRkNO ®11 anos

    Bom trabalho André . Sinceramente não acho que nenhum dos quatro fatores seja essencial . Acima de tudo , o sucesso de um wrestler depende muito do booking que lhe é dado . A inclusão de um manager é benéfica para um wrestler com mais habilidade técnica do que no Mic , vejamos os exemplos atuais dos PHG’S . A geração familiar para mim não é um fator decisivo , basta olharmos para o Axel , que é bom naquilo que faz mas falta-lhe o chamado fator x . A música de entrada e a frase mítica só ajudam se estiver no auge da carreira , é irrelevante para wrestlers como o Sandow que anda perdido pelas ruas da amargura .

  4. Excelente comentário que tenho em parte concordar, mas infelizmente em alguns casos, especialmente devido a antepassados familiares, são colocados bem cedo na spotlight, mas a tua opinião é muito bem dada. Reafirmo no artigo esse facto, pois sem o que tu chamas e bem factor X nada disto tem sentido. Obrigado João.

  5. 1. Frases míticas
    2. Inclusão de um Manager (se realmente precisar)
    3. Música de entrada
    4. Geração Familiar

    Rick Rude foi simplesmente incrível, talvez um dos melhores Intercontinental Champion de sempre!

    Belo trabalho, André!

  6. Eu acho que todas elas são importantes: Vejamos no caso do Reigns ele tem descendência e isso ajudou, mas ele também tem muito talento. Um manager, musica e catchphrase por vezes fazem milagres, então o Heyman faz sempre milagre.
    Frase da semana para mim de um manager: “Mike Client, Brock Lesnar Conquered the Streak”.

  7. Do menos para o mais importante:

    – Geração familiar;
    – Inclusão de um “manager”;
    – Música de entrada;
    – Frases míticas

  8. Mais um excelente Vintage. E mais um que nos recorda que tamos a ficar velhos, pá! xD Acho que, quando se trata de verdadeiras estrelas, o que realmente importa é Heart & Soul (Bray Wyatt como um exemplo) e o resto logo vem. Claro que nem sempre é assim que funciona, infelizmente.