10 Babyfaces que o Público Rejeitou – Top Ten #486

2 – The Honky Tonk Man

Um caso histórico. Que até pode ser do desconhecimento de muitos. É fácil, compreensível e justificado assumir que Honky Tonk Man foi Heel a carreira toda. Praticamente toda. Mas porquê? Que gimmick tão perigosamente provocadora tinha para que o escárnio por ele fosse incontornável e permanente? Um estrangeiro maléfico? Um sádico sem escrúpulos? Pronto… Um imitador do Elvis. OK, então.

Mas o certo é que não parece ser grande ideia para um Face, já que foi essa a abordagem inicial. Estreou na WWE em 1986 e levou essa gimmick que já tinha experimentado noutros territórios antes, mas que via ali a sua maior projecção. Um Elvis de meia tigela. Ora entao… Toda a gente gosta do Elvis, certo? A malta vai apoiar o fanático que faz vida igual àqueles imitadores de Las Vegas mas que também dá uns sopapos em ringue. Pode ser estrela de topo, quem sabe, se não se tornaria o Rei daquele ringue ao invocar o Rei do Rock. Não. Na verdade era só um pouco irritante e ninguém levava isso a sério. A indiferença começou a transformar-se em hostilidade. E Honky Tonk Man era um Face que ninguém queria.

Foram capazes de ouvir as reacções e viam que não se faz dinheiro assim e não o conseguiriam forçar por goelas abaixo. Deu uma promo a fazer lembrar outro cavalheiro que também tinha imitações do Elvis no seu repertório: Andy Kaufman. A forma como insultava os fãs sugeria isso e confirmava que já não era suposto torcerem por este pseudo-Elvis. Começaria o seu percurso como o Heel que devia ter sido sempre. E nasceu a lenda. Indiscutível Hall of Famer – mesmo que tardio, mas isso já vem da própria vontade – e recordista como Campeão Intercontinental com um reinado tão dominante, que só o Gunther foi agora capaz de o superar. E nós a pensar que ia ser o Santino…