2 – Não se passa nada
Para juntar a um acontecimento global estranho para todos nós, só mesmo uma atitude estranha perante ele. Há reacções e reacções. Há pânico em excesso, há aquele nervosismo inicial do desconhecido que se pode ir perdendo, há o reconhecimento mas com demasiados facilitismos e, claro, não podia deixar de haver aquele negaccionismo intenso e cheio de paixão, sem o qual uma rica caixa de comentários de uma rede social não pode passar sem.
E depois há a WWE, que fez o que tinha a fazer para tomar precauções, adaptavam o produto a um ambiente estranho como nunca visto mas… Sem fazer grande menção ao que se está a passar. Não digo que realmente estivessem a fazer de conta que estava tudo normal – como se, olhando à volta, fosse possível – mas faziam menções desde o mínimo ao nulo, em relação ao problema. Não digo que estivessem sempre a fazer spam em relação ao assunto como faz o resto da TV e comunicação social, afinal, estavamos ali a ver aquilo precisamente para nos distrairmos disso. Mas a AEW reconheceu o problema, aconselhou os espectadores, e fez um acompanhamento da recuperação de fãs na arena, encarando qual era o obstáculo. A Ring of Honor explicou porque é que esteve em hiato. Qualquer companhia o fez e, o mais importante… Eram honestos com os espectadores em relação a ausências de lutadores.
Aí nesse campo, a WWE tomava-nos um pouco por parvos. Mantendo total secretismo sobre quem poderia estar infectado, deixando apenas espaço para a especulação, que até acabaria por se confirmar, se algum Superstar desaparecesse de TV temporariamente e visse combates previamente agendados cancelados. Sem qualquer menção. Ou como Apollo Crews, que não pôde defender o United States Championship no Extreme Rules por “lesão” que não o permitiu passar os testes físicos… E nós a ter que fazer de conta que acreditamos. Ou, ainda mais flagrante, o caso de Roman Reigns na Wrestlemania. Fazendo parte do grupo de risco, tomou as suas precauções e retirou-se indefinidamente, até fazer como todos nós acabámos por fazer quando se fazia tempo de voltar ao trabalho e nos apercebermos que afinal isto não era coisa de desaparecer num mês ou dois. Substituído por Braun Strowman, mesmo à última, sem qualquer menção ou justificação. Simplesmente ao apresentar o card do grande evento de duas noites, lá veio aquela vez em que chegou àquele combate e era Strowman no lugar de Reigns. Pronto, só assim. Mas passa-se alguma coisa? Não, claro que não, isso das arenas vazias é opcional e porque é fixe não vender bilhetes!
9 Comentários
A para min a eye for eye, é uma das coisas mais bizarras não só do ano, como de toda a história do Wrestling, que ideia ruim.
Já não acompanho TNA/Impact Wrestling para aí desde que o AJ de lá saiu (tirando uns combates do Angle aqui e acolá e algumas coisas relacionadas à personagem do Matt Hardy) e devo dizer que fiquei chocado com a descrição do número 7 da lista lmao
Belo artigo, como sempre
Bom artigo como sempre.
Numa lista destas do bizarro, eu tinha de arranjar um espaço para os RETRIBUTION, e outro para o vestuário do Rusev/Miro.
Bom artigo
Excelente, grande criatividade como sempre.
Excelente artigo! Sem dúvidas que 2020 houve cada uma que aconteceu que parece ser mentira!
Que cara pessimista falando do Impact Hahahahah
Nao sei como está a comunidade no br/pt mas nos EUA tem bastante gente animada com o Hard to Kill e com o que o Impact vem fazendo nos ultimos shows, e bem animados com essa parceira pra 2021, bastante gente empolgada como o impact vai vir pra 2021 com o Buff da AEW, acho que foram um imparcial ao falar do impact, de resto foi um bom artigo.
Faltou colocar a Vitória do Otis no MITB