9 – Raw Underground
Devo dizer, de imediato, que até nem desgostava de todo do segmento. Não era grande coisa, não. Mas não era uma ideia tão atroz como muitos andavam a vender. Era mesmo a execução que pecava um pouco e aí culpa-se algo que trama muita coisa na produção da WWE: câmaras e ângulos epilépticos. Que nos deixam igual se olharmos para eles por muito tempo seguido.
Na altura até recebi a ideia de braços bem abertos. Havia este segmento diferente, havia um grupo de encapuçados a querer destruir aquilo e a causar o choque e o horror por… Derrubarem uma coluna. Chamem a polícia, o FBI e os Avengers, caramba! Mas estava receptivo e contente com tudo. Estavam a experimentar coisas e gosto disso. Tentem para aí. Atirem-nas, depois vê-se. Melhor que estagnar, há sempre uma larga chance de que a gente se divirta, de uma maneira ou de outra, para o bem e para o mal, portanto tragam de lá as ideias. Era OK. Uma espécie de Fight Club. Midcarders com menos uso iam para lá andar ao milho. Vendia-se a ideia de perigo e aquele estatuto de “underground” com um realismo, como algo demasiado perigoso para os ringues, a necessitar daquela saída. E lá se travavam uns combates mais à base do brawling, do wrestling amador, das artes marciais, tudo o que pudesse vender a ideia do descarregar de frustrações. E todo o segmento tinha uma aura diferente do resto – que a mim até me levava bastante a filmes de acção “cheesy” da década de 00.
Começou a ganhar relevância quando algumas feuds notórias começaram a ser levadas para lá. Nomes de maior dimensão queriam ir lá dar na boca de um rival, de uma forma que não seria tão facilmente sancionado no ringue regular. Moças escanzeladas podiam ir para lá fazer danças sensuais… No primeiro episódio, pelo menos, depois lá lhes disseram que não ia haver nada disso e meninas foram para lá, mas para andar à bulha também. Shane McMahon estava em TV sem ter demasiado protagonismo. Depois desapareceu, deixou de haver sem grande anúncio ou cerimónia e todo aquele “show” à parte ficou a parecer um estranho sonho febril. Que, no fundo, até foi.
9 Comentários
A para min a eye for eye, é uma das coisas mais bizarras não só do ano, como de toda a história do Wrestling, que ideia ruim.
Já não acompanho TNA/Impact Wrestling para aí desde que o AJ de lá saiu (tirando uns combates do Angle aqui e acolá e algumas coisas relacionadas à personagem do Matt Hardy) e devo dizer que fiquei chocado com a descrição do número 7 da lista lmao
Belo artigo, como sempre
Bom artigo como sempre.
Numa lista destas do bizarro, eu tinha de arranjar um espaço para os RETRIBUTION, e outro para o vestuário do Rusev/Miro.
Bom artigo
Excelente, grande criatividade como sempre.
Excelente artigo! Sem dúvidas que 2020 houve cada uma que aconteceu que parece ser mentira!
Que cara pessimista falando do Impact Hahahahah
Nao sei como está a comunidade no br/pt mas nos EUA tem bastante gente animada com o Hard to Kill e com o que o Impact vem fazendo nos ultimos shows, e bem animados com essa parceira pra 2021, bastante gente empolgada como o impact vai vir pra 2021 com o Buff da AEW, acho que foram um imparcial ao falar do impact, de resto foi um bom artigo.
Faltou colocar a Vitória do Otis no MITB