7 – Wrestle House
O Impact Wrestling tem estado, por vontade própria, na vanguarda de tudo aquilo que seja estranho e fora da caixa. Desde que um tal Matt Hardy fritou lá, que aquilo nunca mais foi igual. Aproveitaram também a sua descida figurativa de estatuto de “quase concorrência” para “indy glorificada” para terem um programa confortável, com bastante solidez para manter a sua base de fãs contente, mesmo que mais reduzida e, lá está… Aproveitar essa liberdade para abrir as asas e perder completamente a cabeça.
Fazem-no com as personagens que mais se adequam, realmente. Rosemary, Su Yung, Father James Mitchell, Havok… Claro que tem que ser com essa cambada de tolos que eles percam totalmente as estribeiras e viajem para outras dimensões sobrenaturais para matar e ressuscitar pessoas e lidar com espíritos e outros afins. Já vimos Allie a ser retirada do Impact através do “kill off” – táctica frequente em séries de TV para retirar algum actor que rescinda contrato, mas menos utilizado no wrestling, onde eles levarão essa sua mesma personalidade para outra companhia, mantendo a linha que separa essa ficção da realidade o mais fininha possível – e a Rosemary a sugar almas. E, no mais surreal que eles possam desencantar, a mesma Rosemary a apaixonar-se pelo John E. Bravo. Isso se calhar já é demais. Mas foi a partir daí que nasceu o reality show cómico “Wrestle House” que prendeu várias estrelas do midcard do Impact Wrestling numa casa, com peripécias e alguns combates no quintal dessa mesma casa – o “match time!!” de Tommy Dreamer era o que realmente fazia isto.
A estória disto é que estavam todos ali presos, por alguma força sobrenatural, comandada por Rosemary, que tinha comandado aquilo para fazer Bravo cair por ela. Pelo meio de toda a loucura, até procurou puxar ciúmes, transformando Larry D no suave sedutor Lawrence D através de uma poção mágica porque… A este ponto… Porque não? Quando Bravo finalmente se declarou e Rosemary libertou toda a gente, tinha que fazê-lo de maneira amalucada novamente. Tudo isto era intencionalmente parvo e até puxava umas risadas, mas ia-se mantendo afastado do conteúdo principal televisivo, como se fosse um “mundo à parte.” Que deixou de estar, quando Rosemary teletransportou todos os concorrentes do Wrestle House para o meio do ringue, interrompendo um segmento com a Knockouts Champion Deonna Purrazzo e o resto do plantel. Afinal, era para estar mesmo tudo tolo. Infelizmente, devido a problemas com saúde mental, Kylie Rae não pôde capitalizar na sua candidatura ao Knockouts Championship, mas mais coisas saíram desta louca experiência: Rosemary e Bravo iam casar em ringue, mas alguém deu um tiro no gajo, desencadeando as hilariantes investigações de Tommy Dreamer. Acho que é certo que ainda mais maluqueiras deste género venham em 2021. E porque não, se há sítio onde se pode fazer isso é aqui e, tão propositadamente parvo como é, a malta ainda vai dando umas risadas com as coisas que eles se vão lembrando!
9 Comentários
A para min a eye for eye, é uma das coisas mais bizarras não só do ano, como de toda a história do Wrestling, que ideia ruim.
Já não acompanho TNA/Impact Wrestling para aí desde que o AJ de lá saiu (tirando uns combates do Angle aqui e acolá e algumas coisas relacionadas à personagem do Matt Hardy) e devo dizer que fiquei chocado com a descrição do número 7 da lista lmao
Belo artigo, como sempre
Bom artigo como sempre.
Numa lista destas do bizarro, eu tinha de arranjar um espaço para os RETRIBUTION, e outro para o vestuário do Rusev/Miro.
Bom artigo
Excelente, grande criatividade como sempre.
Excelente artigo! Sem dúvidas que 2020 houve cada uma que aconteceu que parece ser mentira!
Que cara pessimista falando do Impact Hahahahah
Nao sei como está a comunidade no br/pt mas nos EUA tem bastante gente animada com o Hard to Kill e com o que o Impact vem fazendo nos ultimos shows, e bem animados com essa parceira pra 2021, bastante gente empolgada como o impact vai vir pra 2021 com o Buff da AEW, acho que foram um imparcial ao falar do impact, de resto foi um bom artigo.
Faltou colocar a Vitória do Otis no MITB