4 – Kenny Omega no Impact Wrestling
É uma parceria que tem entusiasmado muitos, e com razão, mas que também corre o risco de ser mal interpretada e dar na “montanha parir um rato” por culpa de muitos desses seguidores que esperam daqui uma revolução e uma fusão para as eras, um terramoto figurativo na história do wrestling. E isto vai além daqueles fãs da AEW que, se o Cody fosse para o ringue peidar os primeiros acordes do seu tema de entrada, saltavam e aplaudiam de pé como a melhor cena a acontecer num ringue. Está a entusiasmar fãs por todo o lado.
A fechar o episódio especial do Dynamite, “Winter Is Coming,” Kenny Omega derrota Jon Moxley pelo AEW World Championship, com uma ajudinha do velho amigo Don Callis, que por acaso até tem uns certos compromissos de peso com outra companhia. E é aí que a malta se embasbaca toda, é quando, a “fugir,” Callis ordena toda a malta a ver o Impact Wrestling. Que é, tipo… Outra companhia. Aquela outra! Lá dispararam as audiências do programa de uma companhia, de nome já mudado, que teve os seus tempos de glória mas que, em tempos actuais, sem pecar – muito, que não há programa algum que não peque – no seu conteúdo televisivo, assemelha-se mais a uma indy. E lá estava Omega, a exibir o seu ouro de outro sítio e a sua nova/velha atitude. As coisas azedam e, ao juntar-se aos velhos amigos Luke Gallows e Karl Anderson, já tem encontro marcado no Hard to Kill com o Campeão Mundial desse bairro, Rich Swann e os Motor City Machine Guns. Claro que tudo isso é estranhíssimo como o raio, a intenção até é mesmo essa, foi por isso que a malta foi procurar que raio de canal era aquele onde dava o Impact para, caso realmente o tivesse, ver o que se passava por aquelas bandas e ficar a perguntar-se se lutar com o Tommy Dreamer faz parte de algum ritual de praxe.
Claro que a estranheza de tudo faz disto histórico e também se destaca como um dos grandes momentos de 2020. O mais estranho disto tudo é a atitude que o Impact Wrestling poderá estar a ter a isto tudo. Beneficiam imenso em termos de audiências e vendas de PPV, é verdade, mas também sublinha demais que é com influência exterior, a trazer um gajo de fora e de uma companhia que apareceu nos últimos dois anos. Tudo isso deixa aparente que a companhia até precisava disto mas, no fundo, até nem tem nada para acrescentar ou beneficiar à AEW, fora para os que esperam mesmo uma massiva troca de talentos e ainda não acham que o plantel da AEW, terra da oportunidade, esteja realmente sobrelotado. É sempre vista como a inferior, a indy, aquela que “só não compramos porque não queremos” e as piadas que o Tony Khan vai lá largar é que não ajudam muito à causa. Promovem cada episódio do Dynamite lá, do outro lado mal se fala sequer no Hard to Kill. Claro que faz tudo parte do angle, mas se calhar até estou a estranhar a atitude tão passiva do Impact Wrestling em deixar-se reduzir a este ponto. E, se calhar, isto ainda vai ter uma viragem muito estranha para baixo e, se fizermos outro Top Ten igual a este a abrir 2022, ainda se vai falar disto. Mas nunca sou o espectador negativo, portanto limito-me a esperar por… Quanto esteja a ser cumprido agora mesmo. Só.
9 Comentários
A para min a eye for eye, é uma das coisas mais bizarras não só do ano, como de toda a história do Wrestling, que ideia ruim.
Já não acompanho TNA/Impact Wrestling para aí desde que o AJ de lá saiu (tirando uns combates do Angle aqui e acolá e algumas coisas relacionadas à personagem do Matt Hardy) e devo dizer que fiquei chocado com a descrição do número 7 da lista lmao
Belo artigo, como sempre
Bom artigo como sempre.
Numa lista destas do bizarro, eu tinha de arranjar um espaço para os RETRIBUTION, e outro para o vestuário do Rusev/Miro.
Bom artigo
Excelente, grande criatividade como sempre.
Excelente artigo! Sem dúvidas que 2020 houve cada uma que aconteceu que parece ser mentira!
Que cara pessimista falando do Impact Hahahahah
Nao sei como está a comunidade no br/pt mas nos EUA tem bastante gente animada com o Hard to Kill e com o que o Impact vem fazendo nos ultimos shows, e bem animados com essa parceira pra 2021, bastante gente empolgada como o impact vai vir pra 2021 com o Buff da AEW, acho que foram um imparcial ao falar do impact, de resto foi um bom artigo.
Faltou colocar a Vitória do Otis no MITB