7 – Para o que Strowman serve
Teve várias chances ao Universal Championship que não capitalizou. Nunca teve outro título além de um título de Tag Team que deteve durante um dia. Há uma razão para que no meu estrambólico Top Ten de previsões tivesse uma entrada a dizer que, por mais um ano, ele não ganharia nada – assim de repente até parece ter interesse no United States Championship e é capaz de se transferir só para me calar. E é porque, mesmo tendo-o como uma estrela de topo, não o têm como uma séria estrela de topo.
É no que dá ser dominante mas também ser divertido. Braun Strowman tem vindo a chegar à Wrestlemania com histórias que o colocam over como um competidor super-dominante mas que não deixam de ser o comic relief. Completa-se um ano desde que rivalizava, sozinho, com os The Bar e retirou-lhes os títulos na Wrestlemania com a ajuda do grande Nicholas, tinha ele dez anos. O propósito da história – que os habituais dos queixumes que só estavam cheios de inveja porque isso nunca lhes calhou a eles… Nem mesmo aos 40 anos, que sejam – era que Strowman conseguia vencer os títulos Tag Team – ainda o seu único ouro – sozinho. E fê-lo. Num segmento hilariante que ainda hoje e sempre será recordado como um divertidíssimo “Wrestlemania moment” especialmente com a reacção da plateia à entrada do miúdo em ringue.
Para este ano, Strowman andava a ser igual a ele mesmo a destruir carros. E pessoas. Tudo isto enquanto rivalizava com celebridades. Colin Jost e Michael Che, literalmente comediantes, principais escritores do Saturday Nigth Live, onde são anfitriões do sempre hilariante – e várias vezes salvador do programa – Weekend Update. Levou isso para vencer a Andre the Giant Memorial Battle Royal, ficar com esse troféu no currículo e fartar-se de atirar corpos fora, incluíndo o de Jost. Mais uma vez, demonstração de domínio, feud de galhofa. Strowman mantém-se como o grandalhão ameaçador que não chega à Wrestlemania com uma história séria. O verdadeiro debate: precisa?
4 Comentários
Ótimo artigo, parabéns!
Muito bom.
Chris JRM tenho reparado ao longo dos artigos que falas das caixas de comentários dos artigos anteriores e quero que saibas, mesmo que por vezes os artigos não tenham comentários, que os teus Top Ten’s são fabulosos.
Eu não costumo comentar muito por aqui, mas estou sempre ansioso por ver quando sai um novo top ten, assim como eu, devem de existir muitos outros.
Passei por aqui também para dar uma ideia para um novo top ten. Com o pedido de demissão do Luke Harper, podias fazer um Top Ten de superstars que viste lutar e eram ou são foras ds serie e nunca foram campeões do mundo. Como por ex. Cesaro, Wade Barrett, Cody Rhodes, John Morrison, etc, etc…
Não sei se já fizeste algum top ten parecido, mas fica aqui o meu contributo.
Hehe, obrigado! Mas não quero dar a entender, com isso, que estou a criticar os leitores por alguma coisa, faço-o sempre com a minha constante postura de fazer pouco de mim mesmo, aí nesse caso como o gajo que fala fala e ninguém lhe liga nenhuma! Nunca aponto o dedo aos leitores, que aí estarão.
Que me lembre assim de imediato, acho que abordei o conceito com nomes do passado, Hall of Famers, os Roddy Pipers e os Dusty Rhodes, achando se calhar que os casos mais recentes ainda têm sempre chance enquanto andarem por qualquer ringue.
Mas tendo em conta que, de vez em quando o pessoal gosta sempre de sugerir alguma cena ou outra, eu agora tenho mesmo uma lista de temas que me vão saltando à cabeça para ir lá pescar algo quando não tiver tema logo de imediato mal acabo de escrever um. As sugestões também cabem lá e pode muito bem ir lá parar. Obrigado!