5 – Química importa
E faz um combate. Por vezes também o desfaz. Sempre dá mais gosto quando expectativas são superadas e alguma combinação de lutadores que não sejam notáveis pelos mais avançados dotes encontram essa química para dar espectáculo. Dá bem mais pena quando lutadores bons não encontram isso e não conseguem uma boa exibição ao seu nível.
Neste SummerSlam, pode dizer-se que Tiffany Stratton e Jade Cargill não clicaram no seu campeonato pelo Women’s Championship. Ambas até têm popularidades algo mistas – e não foi sempre assim, bem nos lembramos que a aclamação já foi bem mais universal – portanto podiam usufruir de uma plateia mista. Mas mal a chegaram a ter sequer. Aderia mas não com tanta vontade e não pareciam ter muita ansiedade por aquele particular combate. Tudo junto deu numa exibição mediana que não constará na parte cimeira do ranking de todos os combates e momentos das duas noites.
Os dotes de cada uma também variam. Mesmo que comecem a aparecer os detractores, sempre se reconheceu que Stratton era um pacote mais completo, com muita presença e carisma mas que também soube surpreender pelos dotes em ringue, muito rapidamente. Já Cargill, mesmo os fãs admitiam que ela era apelativa pela presença, imagem e carisma, mas os dotes em ringue estavam a ser aperfeiçoados ainda. Isso enquanto já era activa e lutadora de topo. O resto tinham que ser elas a encontrá-lo. E não parecia estar lá já na construção. Também não encontraram no ringue. Nem havia bocas baixas à mão para a Tiffany atirar à Jade. Foi tudo muito morno.
E o combate não se ergueu, nunca chegaram a trabalhar totalmente bem juntas e até se justificaria algum nervosismo com aquele spot final, mas que, felizmente, era baseado no atletismo de ambas e saiu bem. Tiffany saiu por cima, mas não tem grande clássico a contar aqui para o seu reinado. Acontece. Fica para a próxima.
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