10 Coisas que aprendemos na WrestleMania XL – Top Ten #491

3 – Isto só aqui!

Overbooking pode ser um problema. Em situações banais é capaz de expor mais os “lápis” lá de dentro como estando a correr atrás da cauda do que de ter ideias bombásticas a brotar. Quando se passam demasiadas coisas.

Mas há aquelas situações em que resulta. E, como foi mesmo dito numa apreciação crítica do evento, é daquele tipo de coisa que… Só resulta assim tão bem na Wrestlemania. Não se lembram das voltas múltiplas que deu o clássico entre The Rock e Steve Austin? E mais recentemente, quem é que não ficou a arfar de tanto “mark out” com a colisão de dois mundos, anos a ser preparada, entre Triple H e Sting? Então quando se sabia a dimensão deste main event, desapontados ficariam todos era se não houvesse esta confusão toda e não desfilassem nomes: a presença da Bloodline era garantida mas… Quem é que havia para os anular?

Ele é John Cena a vingar a sua devastadora derrota às mãos de Solo Sikoa, ele é Seth Rollins, todo roto e a comportar-se como um MVP não-reconhecido, a fazer um tremendo throwback aos Shield – e a deixar uma significativa secção do povo a especular “e se lhes tivesse dado para trazer o Ambrose por uma noite?” – e ele é Undertaker, talvez o mais improvável deste grupo mas que serviu para anular o Sr. Rocky, – assumimos nós correctamente que Stone Cold não estava disponível – e cumpriu aqui o seu velho dever de gajo que impõe a ordem nos bastidores e não só, e que tem um legado de classe na Wrestlemania que deve proteger a todo o custo. Mas quem se importa com quanto sentido faça Undertaker ali? Toca aquele gongo e estão milhares a urinar-se! Uma festa mas que embelezou o combate de implicações colossais. Lá está, overbooking deste? Só na Wrestlemania! E um cenário assim? Só com um overbooking destes!