2 – Rocky Maivia vs The Sultan, Wrestlemania 13
Aqueles difíceis tempos. Tudo bem, o Sr. Dwayne pode ter heat hoje em dia pela cadeira grande que ocupa e que faz os fãs suspeitar das suas intenções. Ou assim o povo pensa. Que ele ainda manipula bem esse heat quando quer e para o que quer e deixem que a sua voz estridente exclame a sua catchphrase para introduzir o tema de entrada e qualquer arena entra em erupção de entusiasmo. The Rock manda e não é só lá, é em nós também.
Mas nem sempre foi assim para o The Rock, especialmente antes de ter sido o próprio a atribuir-se esse diminutivo e a começar a referir-se a si na terceira pessoa. Rocky Maivia tinha mesmo daquele heat que o queria dali para fora e as plateias eram simpáticas ao ponto de lhe dedicar cantigas a desejar-lhe a morte. Tudo porque lá viam muito potencial nele e não foram subtis no push, que o público não engoliu. Pelo menos naquele miúdo risonho e com pouco mais a apresentar do que isso. Pelo menos no Rocky Maivia.
Depois disso, claro que virou lenda e foi à Wrestlemania para ser lenda. Teve os clássicos com Stone Cold e os outros todos, com Hulk Hogan pelo meio. Se voltasse tinha que ser para o topo, como um “Once in a Lifetime” por duas vezes ou a ajudar o primo numa batalha tribal, ou então para a galhofa questionável, como um curtíssimo combate recordista. Depois. Antes teve que ir lá defender o título Intercontinental – já essa uma grande recompensa que muitos viam como excessiva – e não o fez propriamente num clássico como os de Randy Savage, Shawn Michaels, Razor Ramon ou até Gunther, por esse título. Fê-lo contra… o The Sultan, personagem misteriosa sem língua.
Combate tão pouco significativo que até disfarça o facto de ser um encontro entre primos. Pois é, isto é Bloodline aqui! The Sultan foi uma das várias personagens tentadas para Rikishi antes de ser Rikishi e atropelar pessoas… Lá está, pelo The Rock. Nada de muito memorável podia sair da sua personagem menos memorável, mesmo que seja um encontro curioso. E foi o que levou Rocky Maivia ao grande palco antes de se tornar inegável. Rikishi também lá voltaria para mais e melhor, mas talvez lhe renda ainda mais agora ser daqueles pais que vivem através dos filhos!
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