5 – Máfia à vista de todos
Podes sê-lo assumidamente, desde que não digas que és. Piscas o olho e fazes de conta que o negócio é outra coisa qualquer. Normalmente é assim. Pode dizer-se que Tony D’Angelo, do NXT, seja apenas um profissional estereótipo de Italo-Americano, não quer logo dizer que seja chefe de uma máfia. Mas nós sabemos.
Aqui o Fat Tony, ex-Campeão, já conquistou o seu lugar no NXT e há indícios de que possa estar pronto para outras andanças. Por acaso até se encontra num momento tenso, desde que viu o seu braço direito virar-se contra si num combate fulcral. O plano de fuga e esconderijo da bela Adrianna Rizzo também são bastante reveladores de que o negócio deste cavalheiro não é propriamente uma roulotte de bifanas. E também já vimos um pouco de tudo com esta malta. Que, sem mudar de negócio, não tiveram dificuldades em ser babyfaces.
Já os vimos a raptar gente, a meter gente na mala, a implicar futuros um pouco negros de algumas vítimas passadas. Dessa aí não temos provas – e até parece ter virado moda para aqueles lados, se nos lembrarmos que Wren Sinclair parece ter-se juntado aos No Quarter Catch Crew por ter visto demais – mas o que não fica tão implícito é o tipo de grupo que é. E as suas reuniões. E a sua linguagem não é assim tão subtil. Apesar de tudo, é o mais realista. Se há grupo criminoso que mais se safa andando, à vontade, à luz do dia, é a poderosa máfia cheia de poder e ligações.
É o tal estereótipo Italo-Americano gasto noutras mídias, mas até nem existiram assim tantos mafiosos na WWE. Os Italianos do wrestling – talvez um pouquinho mais Italianos do que o JT Smith, fundador dos Full Blooded Italians na ECW – sempre abraçaram os exagerados maneirismos todos, mas não é tão frequente assumirem logo assim a liderança de um grupo manhoso. Tony D’Angelo já tem o carisma e um público conquistado para se safar com muita coisa que possa vir a fazer no plantel principal. Ainda vão provar que foi ele o responsável pelo desaparecimento de outro Italiano, o Giovanni Vinci.
2 Comentários
Muito bom.
Estava à espera de ver “Criou-se a PG Era” neste artigo