10 dos Tipos de Storyline Mais Repetidos – Top Ten #529

6 – Quem foi?

E do terror passamos para o policial. Está instalado o mistério. Adoramos um desses, especular sobre o culpado de alguma coisa. Chamem a Agatha Christie e ela saca de um belo conto, é só juntá-los todos num comboio e, no final, foram todos. Spoiler para quem ainda não conhece essa, peço desculpa.

Mas acontece muitas vezes e é entusiasmante. Lá pomos os nossos detectives em acção, mesmo que aqui seja um pouco diferente. Nem sempre têm as coisas pré-definidas e vão inventando e depois pegam em alguém, nem dá para lançar pistas. O propósito, além do seguimento de uma storyline, é um push a alguém. Actualmente temos um, que retomaremos quando Jade Cargill voltar à programação, e lá vamos nós fazer de conta que estamos a especular e que não estamos todos à espera que tenha sido a Naomi. Tudo bem. Mas olhando ao registo deste tipo de storyline, há um risco. Ora relembrem… Quantas vezes é que as revelações já desiludiram?

Um exemplo antigo: quem atropelou Stone Cold Steve Austin. Afinal foi o Rikishi. He did it for The Rock. Que, como não pegou, acabou por ter ali um twist. Quem era o “Higher Power”? Vince. It was me all along, Austin! E dissemos a mesma coisa que o Jim Ross. Quem atacou Kevin Nash com um Hummer branco, ali nos finais da WCW? Por acaso nunca chegámos a saber, mas já estava a fazer sentido nenhum e ia sair borrada, com certeza. O que aconteceu com o Vince e a limusine a ir aos ares? Também ficámos sem saber porque alguém fez asneiras e teve que se cancelar tudo. Quem era o GM Anónimo do Raw? Manteve-se anónimo, porque todos descontinuámos a resolução do Hornswoggle.

Como dá para perceber, acontece muito. A revelação de um grupo, – e isso pode variar dos Wyatt Sicks, aos Retribution, até mesmo aos Immortal – alguém que aparece atacado nos bastidores, mesmo que fiquemos a saber no espaço de uma semana ou no próprio dia – Eddy Thrope sacou de uma ideia mais criativa no NXT, há bem pouco tempo – ou qualquer coisa que leve a especulação, interrogações e eventualmente uma revelação. É melhorar o rácio das resoluções que agradam e as que desiludem, para continuar a fazer isto – que vão – muitas vezes e manter-nos entusiasmados.