10 Estranhos segmentos Natalícios menos recordados – Top Ten #523

5 – Piper protege imaginações

Quando se pensa em Roddy Piper, pensa-se num dos maiores Heels de todos os tempos, eternamente influente. O mais arrogante dos talkers, desde o Kevin Owens ao MJF, devem imenso a Piper. Tem-nos tão habituado a ser um fantástico vilão, que dá para esquecer que também ele teve as suas Turns e os seus momentos heróicos.

Quem realmente podia fazer-lhe frente e ser mais maléfico do que ele? Ora, managers estupendos ao microfone. Alguém que influencie um Don Callis e até um já influente Paul Heyman. Claro que só pode ser Bobby “The Brain” Heenan. Tiveram um confronto bastante natalício no programa “Prime Time Wrestling,” em 1989. Num segmento com Heenan vestido de Pai Natal, mas claro que não podia ser com boas intenções.

Parecia estar em modo shoot, mas não era sobre outro Superstar. Era um ataque ao Natal, ao espírito natalício, aos miúdos que acreditavam no Pai Natal e até à dita entidade. Um autêntico Grinch a querer roubar a magia da quadra. Década de 80, lembrem-se, ainda era muito direccionado para o público infantil que devia estar encantado com a época e, admitamos, um ataque desses por parte de Heenan já pode ser considerado “cheap heat.”

Precisávamos de um herói. Esse herói era Roddy Piper. Que não ia permitir que tal coisa fosse feita. Independentemente da tradição natalícia que exista na Escócia, o Natal nâo é para ser estragado e confrontou aquele Pai Natal falso. Quando achou que ele já estava a abusar e ia revelar algo de muito grave – a não-existência da figura mítica do fato vermelho – é quando Piper acha que já chega e procede a fazer o que devemos sempre fazer: dar uma sova valente ao gajo.

Como este era o babyface Piper, depois de uma boa sessão de porrada, vem a parte em que se dirige à câmara e reconforta os miúdos, numa de “enquanto vocês acreditarem em algo, será real.” E sabem que mais? Independentemente da infantilidade da mensagem, no contexto, é algo inspirador que podemos levar para tudo na vida. E para também nós, graúdos chatos, recuperar alguma magia de Natal. Obrigado, Piper!

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