10 Estrelas com más atitudes que se redimiram – Top Ten #465

10 – Lex Luger

A abrir, um caso algo incógnito porque tanto se pode acusar-lhe o heat por duas vertentes como se pode questionar se ele realmente está redimido. Daí cada entrada ter três curtos parágrafos, que é para ver se se contextualiza a sua selecção. E Lex Luger é um caso complexo e vamos então olhar a duas coisas que o façam ter heat entre colegas e com fãs da modalidade.

A primeira é, de facto, a sua atitude. Se calhar é o que se lhe pode culpar menos, já que é referente aos seus dias de antigamente e qualquer um pode dizer: “antigamente, quem não era arrogante e problemático no wrestling?” Chegando à WWE e sendo destacado como o próximo babyface de topo, quase com um rótulo de “próximo Hulk Hogan” colado à testa a toda a força… Diz que foi algo que lhe subisse à cabeça. E, sem confirmação, mas dizem algumas más línguas que apenas co-venceu a Royal Rumble de 1994 com Bret Hart e não a venceu mesmo porque esse era o plano e ele andava aí a pavonear-se e a revelar que ia ganhar. São bocas sem confirmação. Mas resumem-no um pouco, pelo que se fala. A outra acusação que o deixou sob imenso heat é bem mais grave: muitos ainda o responsabilizam pela morte de Miss Elizabeth. Na altura numa relação com a ex-mulher de Randy Savage, levava uma vida de excessos que partilhava com ela… Que, claramente, não tinha a mesma resistência que ele e acabou por sucumbir a uma overdose numa noite de pânico em que estavam juntos.

Para essa parte ele já teve que vir a público. Desculpou-se? Nem por isso. Assumiu a responsabilidade de uma forma tão humilde e pesada que conquistou o respeito de colegas que nem conseguiam olhar para ele – como confessou Eric Bischoff – quer o perdoassem ou não. No geral, pode estar assim. Ele pode ainda estar escaldado pela responsabilidade da morte de Miss Elizabeth mas é credível que ele vive com essa culpa a pesar sobre ele. E moldou a sua atitude actual. Abatido e fisicamente desgastado, é hoje um velho sereno que até serve de conselheiro na WWE, onde pode fazer todo um seminário só a dizer à juventude, “não sejam como eu para não ficarem assim.” E a sua presença no Twitter, assim como o carinho que lá recebe de fãs, indica que hoje é bem mais humilde e respeitado.

3 Comentários

  1. Works1 ano

    Muito bom, parabéns

  2. JOAOPEDROOOOOOOOOOOOOOOOOOO1 ano

    O Top 10 está excelente, concordo com tudo. Talvez o melhor que tenha lido e por certo, o único que li todo do início ao fim. Acrescentaria talvez a Paige e o Alberto Del Rio, mas compreendo. Importante notar que a maioria são pessoas que estiveram ali na A.Era e transição para a Ruthless Agression.

    Faltou só um promenor na Melina: Também andou metida com o Batista ahahah
    E outro no Orton, este mais sério: Mick Foley dava-se a tudo e foi o que melhor podia ter acontecido ao Orton, pois colocou-o over que já vinha numa onda em crescendo desde o seu destaque do S.Series. Ganhou um título mundial apenas por um mês precisamente por ser demasiado infantil. E demorou a ganhar outros. Para mim, talvez a maior lição de que não se devia dar títulos a pessoas tão jovens (mesmo que sejam uns prodígios) e daí a criação do NXT, para crescerem, ser tão importante.

    Quanto à escolha do primeiro ou do segundo, acho que o Shawn teve mais destaque. Enquanto fã, o melhor Shawn é o de 97/98, mas como colega, provavelmente ia odiá-lo. Então se o meu nome fosse Vader…
    Triple H podia enterrar muitos (rip Booker T), é verdade, mas estamos a falar “só” do melhor heel da história (vamos ignorar o tio Vince). E teve uma sorte desgraçada ao longo da sua carreira! Quando sai da WCW, teve olho para perceber quem mandava naquilo tudo, os Kliq. Quando saem, continua aliado ao Shawn que por sua vez lesiona-se. Com a WCW cheia de superstars (Bret Hart, NWO e tudo mais) e com um plantel tão jovem como o da WWE que tinha no Undertaker a sua estrela de topo, um aparecimento de um Steve Austin que parecia ser a “next big thing”, era necessário elevar novas superstars “à pressa” para serem main events. E quem é que eles tinham lá? HHH e The Rock. Só! HHH acaba por continuar com os DX numa promessa que ia correr bem, trás o seu amigo e revoltado com a WCW, X-Pac e ainda junta os New Age Outlaws. Já The Rock tinha andado às turras com o Austin pelo título secundário, ia tentar ser líder dos Nation of Domination e com o destaque que estava a ganhar, deram-lhe um micro para as mãos e ya…
    2 anos mais tarde, uma rivalidade com o Vince, aproxima-o da Stephanie (Vince também teve sorte aqui, na fase mais importante da história, tinha ali dois filhos prontos a entrar e a criar confusões com a família que é isso é que a malta gosta) e uma paixão duma jovem sonhadora que está deslumbrada com um bodybuilder e um jovem arrogante, no topo da empresa que vê uma jovem linda, filha do patrão, pá, acontece. Tudo até aí foi merecido. Uma lesão, afasta-o (sem que a WWE o deixasse esquecido – grande jogada aqui-) dos ringues para ter o maior pop da história até então, em 2002. Tão over que ia merecer destaque para o que se seguia. De seguida, alia-se ao Ric Flair e juntos evoluem duas superstars de topo (Orton e Batista). Com tanto para dar, ainda há uma reunião dos DX lá pelo meio. Tudo isto para concluir que, sim, ele enterrou vários, mas também ele foi o maior heel totalmente justificado e numa altura onde The Rock e Austin abandonaram, sem concorrência, foi preciso um Shawn Michaels, um Triple H, um Kane, um Big Show, etc para que houvesse tempo para aparecerem os JBL, os Eddie Guerreros, os Cenas, os Batistas, os Ortons, os Edges, etc…
    Algo que a WWE parece que se esqueceu hoje em dia. Em como fazer superstars, mas olha aí está algo que devíamos discutir num futuro próximo.

  3. FBK1 ano

    Mais um excelente Top Ten, parabéns!

    Agora para o que se segue, acho possível aparições de JBL, CM Punk e alguns outros bem conhecidos, pensei inclusive que encontraria o nome de Kevin Nash como um dos redimidos, mas creio que seja possível o mesmo também fazer parte da próxima lista, vejamos…