10 Estrelas com más atitudes que se redimiram – Top Ten #465

9 – The Miz

Outro caso diferente porque bem sabemos que era ele que sofria com um bem duro bullying e conquistou o respeito do balneário com o seu esforço. Miz é um caso de alguém que teve que se comprovar em duas frentes. A dos colegas mais telhudos e a dos fãs. Também os mais telhudos, Miz podia ser imediatamente divertido para o público, também.

A origem do heat era mais ou menos a mesma. Resumia-se a um “mas quem é que este puto pensa que é?” Vindo do infame reality show “Real World,” onde demonstrou ser um mark sonhador, conseguiu acesso ao Tough Enough e havia ali qualquer coisa que fez a WWE contratá-lo. Mas parece que não dava para desassociá-lo daquilo e a sua gimmick barulhenta inicial nem sequer dava indicações de que aquele anfitrião, à la VJ da MTV, que se engasgava todo na apresentação da “Divas Search” era para ser levada a sério ou que realmente fosse muito longe. Muitos eram capazes de lhe dar um anito ou dois até ser despedido e esquecido. E olhem, o resto é história e aí anda ele.

O resto é história mas parece que não está muito bem contada aqui nesta entrada. Então era ele que sofria de bullying e o que é aqui apontado é meramente um preconceito para com alguém que vinha de outro sítio e que se soube comprovar perante colegas e público. É porque diz que ele também foi para lá pedir uns cachaços. Foi lição de humildade porque o Miz convencido não andava muito longe do Miz real. Com certeza também tinha metido na cabeça que tinha que ser um tipo confiante para singrar naquele balneário. A sua controversa origem de um reality show parecia indicar-lhe exactamente a ideia contrária e reportava-se que ele era realmente um moço arrogante. Imaginem um concorrente de Big Brother ou afins a levar a sua basófia para outro lado. Diz que era assim. Se o era, leva-se ao sítio ao cachaço ou outro método qualquer. Muitos castigos talvez tenham sido severos, mas a humildade atingiu-o rápido e afinal havia uma estupenda ética de trabalho naquele rapaz que provou do que era capaz e já tem hoje o seu lugar no balneário, já se pode dar ao luxo de ser mentor de colegas mais jovens, já tem o público convencido de que é realmente “awesome” e o Hall of Fame não lhe foge no futuro.

3 Comentários

  1. Works1 ano

    Muito bom, parabéns

  2. JOAOPEDROOOOOOOOOOOOOOOOOOO1 ano

    O Top 10 está excelente, concordo com tudo. Talvez o melhor que tenha lido e por certo, o único que li todo do início ao fim. Acrescentaria talvez a Paige e o Alberto Del Rio, mas compreendo. Importante notar que a maioria são pessoas que estiveram ali na A.Era e transição para a Ruthless Agression.

    Faltou só um promenor na Melina: Também andou metida com o Batista ahahah
    E outro no Orton, este mais sério: Mick Foley dava-se a tudo e foi o que melhor podia ter acontecido ao Orton, pois colocou-o over que já vinha numa onda em crescendo desde o seu destaque do S.Series. Ganhou um título mundial apenas por um mês precisamente por ser demasiado infantil. E demorou a ganhar outros. Para mim, talvez a maior lição de que não se devia dar títulos a pessoas tão jovens (mesmo que sejam uns prodígios) e daí a criação do NXT, para crescerem, ser tão importante.

    Quanto à escolha do primeiro ou do segundo, acho que o Shawn teve mais destaque. Enquanto fã, o melhor Shawn é o de 97/98, mas como colega, provavelmente ia odiá-lo. Então se o meu nome fosse Vader…
    Triple H podia enterrar muitos (rip Booker T), é verdade, mas estamos a falar “só” do melhor heel da história (vamos ignorar o tio Vince). E teve uma sorte desgraçada ao longo da sua carreira! Quando sai da WCW, teve olho para perceber quem mandava naquilo tudo, os Kliq. Quando saem, continua aliado ao Shawn que por sua vez lesiona-se. Com a WCW cheia de superstars (Bret Hart, NWO e tudo mais) e com um plantel tão jovem como o da WWE que tinha no Undertaker a sua estrela de topo, um aparecimento de um Steve Austin que parecia ser a “next big thing”, era necessário elevar novas superstars “à pressa” para serem main events. E quem é que eles tinham lá? HHH e The Rock. Só! HHH acaba por continuar com os DX numa promessa que ia correr bem, trás o seu amigo e revoltado com a WCW, X-Pac e ainda junta os New Age Outlaws. Já The Rock tinha andado às turras com o Austin pelo título secundário, ia tentar ser líder dos Nation of Domination e com o destaque que estava a ganhar, deram-lhe um micro para as mãos e ya…
    2 anos mais tarde, uma rivalidade com o Vince, aproxima-o da Stephanie (Vince também teve sorte aqui, na fase mais importante da história, tinha ali dois filhos prontos a entrar e a criar confusões com a família que é isso é que a malta gosta) e uma paixão duma jovem sonhadora que está deslumbrada com um bodybuilder e um jovem arrogante, no topo da empresa que vê uma jovem linda, filha do patrão, pá, acontece. Tudo até aí foi merecido. Uma lesão, afasta-o (sem que a WWE o deixasse esquecido – grande jogada aqui-) dos ringues para ter o maior pop da história até então, em 2002. Tão over que ia merecer destaque para o que se seguia. De seguida, alia-se ao Ric Flair e juntos evoluem duas superstars de topo (Orton e Batista). Com tanto para dar, ainda há uma reunião dos DX lá pelo meio. Tudo isto para concluir que, sim, ele enterrou vários, mas também ele foi o maior heel totalmente justificado e numa altura onde The Rock e Austin abandonaram, sem concorrência, foi preciso um Shawn Michaels, um Triple H, um Kane, um Big Show, etc para que houvesse tempo para aparecerem os JBL, os Eddie Guerreros, os Cenas, os Batistas, os Ortons, os Edges, etc…
    Algo que a WWE parece que se esqueceu hoje em dia. Em como fazer superstars, mas olha aí está algo que devíamos discutir num futuro próximo.

  3. FBK1 ano

    Mais um excelente Top Ten, parabéns!

    Agora para o que se segue, acho possível aparições de JBL, CM Punk e alguns outros bem conhecidos, pensei inclusive que encontraria o nome de Kevin Nash como um dos redimidos, mas creio que seja possível o mesmo também fazer parte da próxima lista, vejamos…