8 – Cody Rhodes
Ui, que esta entrada ainda está quente! Que estou aqui a insinuar em relação a Cody? Volto a reforçar: nada. E volto a reforçar também: este Top Ten meramente reporta o que está à óptica do autor. Uma recolha de informação. E este é um heat recente… Quer vocês fizessem parte dessa “bandwagon” ou não, pelo menos assistiram a ela: a malta já não ia lá muito com Cody na sua recta final na AEW.
Então mas ele não saiu da WWE com adoração porque finalmente ia abrir as asas, por sua conta, e alcançar o que não lhe permitiam naquela casa onde era sempre muito promissor mas não saía da cepa torta e acabava por ser o Stardust? Pois, claro que foi. E, com o tempo, as suas performances foram piorando? Também não, wrestler exímio até hoje, sem interrupções. Mas quando és um dos principais vice-presidentes de uma companhia que fundaste com os amigos e a malta vê-te sempre no topo, começa a levantar suspeitas, quando já não lhe parece que seja uma recompensa mas sim um capricho pessoal… A malta vira-se a ti, rapaz. As promos não o ajudavam, quer quando fosse enigmático ou a refugiar-se em patriotismo bacoco. E vencia demasiadas feuds, começava a apontar-se a ironia da sua entrada a destruir o trono de Triple H… Para parecer ser igual ou pior. Alguém se queixava dele nos bastidores? Não que me lembre, mas não seria burburinho de se admirar.
Surpreende tudo e todos, congela o mundo do wrestling, quando faz o salto de volta para a WWE, torna-se automaticamente babyface de topo e… Afinal já gostam todos dele? Sim. É hipocrisia? Não, nem por isso. E nem é só por ser um momento tão histórico e surreal, é porque sabe mesmo melhor ver Cody a conquistar o topo – que ainda não conseguiu! – naquela terra impossível onde nunca conseguia antes, do que a consegui-lo com bem mais facilidade na terra que fundou. É normal que o povo prefira um Cody underdog a batalhar para atingir o topo, do que um Cody a bookar-se a si próprio para ser o maior. Até as suas promos o tornam mais “likeable,” e a sua humildade é credível. O suficiente para olharmos para trás, para o Cody chato da AEW e pensarmos… Estaria ele a fazer algo de assim tão mau afinal?
3 Comentários
Muito bom, parabéns
O Top 10 está excelente, concordo com tudo. Talvez o melhor que tenha lido e por certo, o único que li todo do início ao fim. Acrescentaria talvez a Paige e o Alberto Del Rio, mas compreendo. Importante notar que a maioria são pessoas que estiveram ali na A.Era e transição para a Ruthless Agression.
Faltou só um promenor na Melina: Também andou metida com o Batista ahahah
E outro no Orton, este mais sério: Mick Foley dava-se a tudo e foi o que melhor podia ter acontecido ao Orton, pois colocou-o over que já vinha numa onda em crescendo desde o seu destaque do S.Series. Ganhou um título mundial apenas por um mês precisamente por ser demasiado infantil. E demorou a ganhar outros. Para mim, talvez a maior lição de que não se devia dar títulos a pessoas tão jovens (mesmo que sejam uns prodígios) e daí a criação do NXT, para crescerem, ser tão importante.
Quanto à escolha do primeiro ou do segundo, acho que o Shawn teve mais destaque. Enquanto fã, o melhor Shawn é o de 97/98, mas como colega, provavelmente ia odiá-lo. Então se o meu nome fosse Vader…
Triple H podia enterrar muitos (rip Booker T), é verdade, mas estamos a falar “só” do melhor heel da história (vamos ignorar o tio Vince). E teve uma sorte desgraçada ao longo da sua carreira! Quando sai da WCW, teve olho para perceber quem mandava naquilo tudo, os Kliq. Quando saem, continua aliado ao Shawn que por sua vez lesiona-se. Com a WCW cheia de superstars (Bret Hart, NWO e tudo mais) e com um plantel tão jovem como o da WWE que tinha no Undertaker a sua estrela de topo, um aparecimento de um Steve Austin que parecia ser a “next big thing”, era necessário elevar novas superstars “à pressa” para serem main events. E quem é que eles tinham lá? HHH e The Rock. Só! HHH acaba por continuar com os DX numa promessa que ia correr bem, trás o seu amigo e revoltado com a WCW, X-Pac e ainda junta os New Age Outlaws. Já The Rock tinha andado às turras com o Austin pelo título secundário, ia tentar ser líder dos Nation of Domination e com o destaque que estava a ganhar, deram-lhe um micro para as mãos e ya…
2 anos mais tarde, uma rivalidade com o Vince, aproxima-o da Stephanie (Vince também teve sorte aqui, na fase mais importante da história, tinha ali dois filhos prontos a entrar e a criar confusões com a família que é isso é que a malta gosta) e uma paixão duma jovem sonhadora que está deslumbrada com um bodybuilder e um jovem arrogante, no topo da empresa que vê uma jovem linda, filha do patrão, pá, acontece. Tudo até aí foi merecido. Uma lesão, afasta-o (sem que a WWE o deixasse esquecido – grande jogada aqui-) dos ringues para ter o maior pop da história até então, em 2002. Tão over que ia merecer destaque para o que se seguia. De seguida, alia-se ao Ric Flair e juntos evoluem duas superstars de topo (Orton e Batista). Com tanto para dar, ainda há uma reunião dos DX lá pelo meio. Tudo isto para concluir que, sim, ele enterrou vários, mas também ele foi o maior heel totalmente justificado e numa altura onde The Rock e Austin abandonaram, sem concorrência, foi preciso um Shawn Michaels, um Triple H, um Kane, um Big Show, etc para que houvesse tempo para aparecerem os JBL, os Eddie Guerreros, os Cenas, os Batistas, os Ortons, os Edges, etc…
Algo que a WWE parece que se esqueceu hoje em dia. Em como fazer superstars, mas olha aí está algo que devíamos discutir num futuro próximo.
Mais um excelente Top Ten, parabéns!
Agora para o que se segue, acho possível aparições de JBL, CM Punk e alguns outros bem conhecidos, pensei inclusive que encontraria o nome de Kevin Nash como um dos redimidos, mas creio que seja possível o mesmo também fazer parte da próxima lista, vejamos…