7 – The Hardy Boyz
Então estou agora aqui a retirar popularidade aos lendários irmãos Hardy? Nada disso. Estou é a lembrar que muitos de vocês já o fizeram, por diferentes ocasiões, no passado. E aqui com “vocês” refiro-me a uma legião de fãs no geral, é possível que nenhum deles esteja a ler isto sequer. Vocês se calhar até se lembram.
É que isto aqui era à vez. O primeiro a perder popularidade foi Jeff assim que os seus maus hábitos e vida de rockstar lhe começou a subir à cabeça. Quando toparam que ele podia ser desordeiro e problemático, viraram-se contra ele tanto no balneário como no público. Resgatado pela Ring of Honor, foi apupado dali para fora e levou com cânticos de que o irmão era melhor. A sua popularidade depois oscilava, sendo esse seu mesmo estilo o mesmo factor que lhe recuperava muito do carinho. Ao mesmo tempo que isso acontecia, o irmão era coberto de apoio pela encrenca triangular com Edge e Lita. Especialmente ao ser despedido. Quando é que esse respeito parece ter desvanecido? Alguns anos depois, quando também ele foi apanhado pelos mesmos demónios do irmão. A sua presença online era frequentemente escrutinada – o “Big Money Matt” tem piada hoje em dia, mas na altura… – e onde quer que fosse era vaiado e levava com bocas sobre o seu peso e dotes empobrecidos. Ah, e agora já era a vez dele de ouvir os cânticos de que o irmão era melhor.
Como é que Matt se redime? Afinando, recuperando a forma, ficando limpo, tornando-se um exemplar pai de família. Recuperou a humildade e deu asas a um lado criativo que ainda não conhecíamos totalmente e, nascendo o “Broken Matt Hardy,” nasceu nova lenda que se tornou o derradeiro favorito de muitos. Como é que Jeff se vai redimindo? Já não é tão simples porque a ele o caso é mais sério e não consegue ter uma limpeza definitiva. As suas recaídas confirmam que não é só um puto de farra, já tem mesmo um problema e conquistou o apoio dos fãs. Isso a juntar ao mais evidente: são espectaculares, a malta adora o seu estilo em ringue e depois de uma carreira inigualável já são lendas. Hoje é muito mais difícil e quase surreal imaginar qualquer um dos irmãos com heat.
3 Comentários
Muito bom, parabéns
O Top 10 está excelente, concordo com tudo. Talvez o melhor que tenha lido e por certo, o único que li todo do início ao fim. Acrescentaria talvez a Paige e o Alberto Del Rio, mas compreendo. Importante notar que a maioria são pessoas que estiveram ali na A.Era e transição para a Ruthless Agression.
Faltou só um promenor na Melina: Também andou metida com o Batista ahahah
E outro no Orton, este mais sério: Mick Foley dava-se a tudo e foi o que melhor podia ter acontecido ao Orton, pois colocou-o over que já vinha numa onda em crescendo desde o seu destaque do S.Series. Ganhou um título mundial apenas por um mês precisamente por ser demasiado infantil. E demorou a ganhar outros. Para mim, talvez a maior lição de que não se devia dar títulos a pessoas tão jovens (mesmo que sejam uns prodígios) e daí a criação do NXT, para crescerem, ser tão importante.
Quanto à escolha do primeiro ou do segundo, acho que o Shawn teve mais destaque. Enquanto fã, o melhor Shawn é o de 97/98, mas como colega, provavelmente ia odiá-lo. Então se o meu nome fosse Vader…
Triple H podia enterrar muitos (rip Booker T), é verdade, mas estamos a falar “só” do melhor heel da história (vamos ignorar o tio Vince). E teve uma sorte desgraçada ao longo da sua carreira! Quando sai da WCW, teve olho para perceber quem mandava naquilo tudo, os Kliq. Quando saem, continua aliado ao Shawn que por sua vez lesiona-se. Com a WCW cheia de superstars (Bret Hart, NWO e tudo mais) e com um plantel tão jovem como o da WWE que tinha no Undertaker a sua estrela de topo, um aparecimento de um Steve Austin que parecia ser a “next big thing”, era necessário elevar novas superstars “à pressa” para serem main events. E quem é que eles tinham lá? HHH e The Rock. Só! HHH acaba por continuar com os DX numa promessa que ia correr bem, trás o seu amigo e revoltado com a WCW, X-Pac e ainda junta os New Age Outlaws. Já The Rock tinha andado às turras com o Austin pelo título secundário, ia tentar ser líder dos Nation of Domination e com o destaque que estava a ganhar, deram-lhe um micro para as mãos e ya…
2 anos mais tarde, uma rivalidade com o Vince, aproxima-o da Stephanie (Vince também teve sorte aqui, na fase mais importante da história, tinha ali dois filhos prontos a entrar e a criar confusões com a família que é isso é que a malta gosta) e uma paixão duma jovem sonhadora que está deslumbrada com um bodybuilder e um jovem arrogante, no topo da empresa que vê uma jovem linda, filha do patrão, pá, acontece. Tudo até aí foi merecido. Uma lesão, afasta-o (sem que a WWE o deixasse esquecido – grande jogada aqui-) dos ringues para ter o maior pop da história até então, em 2002. Tão over que ia merecer destaque para o que se seguia. De seguida, alia-se ao Ric Flair e juntos evoluem duas superstars de topo (Orton e Batista). Com tanto para dar, ainda há uma reunião dos DX lá pelo meio. Tudo isto para concluir que, sim, ele enterrou vários, mas também ele foi o maior heel totalmente justificado e numa altura onde The Rock e Austin abandonaram, sem concorrência, foi preciso um Shawn Michaels, um Triple H, um Kane, um Big Show, etc para que houvesse tempo para aparecerem os JBL, os Eddie Guerreros, os Cenas, os Batistas, os Ortons, os Edges, etc…
Algo que a WWE parece que se esqueceu hoje em dia. Em como fazer superstars, mas olha aí está algo que devíamos discutir num futuro próximo.
Mais um excelente Top Ten, parabéns!
Agora para o que se segue, acho possível aparições de JBL, CM Punk e alguns outros bem conhecidos, pensei inclusive que encontraria o nome de Kevin Nash como um dos redimidos, mas creio que seja possível o mesmo também fazer parte da próxima lista, vejamos…