10 Estrelas que não se adaptaram a outras eras – Top Ten #499

1 – Jeff Hardy

Pode ser o que custe mais, mas faz com que eu tenha que fazer o mesmo que ande a fazer nas entradas anteriores. Que é reforçar que isto não aponta qualquer defeito ou pioria no performer e no seu desempenho. E Jeff Hardy ainda aproveitou bastante em várias eras e também rendeu. Então e está aqui e, ainda por cima, na primeira posição? Apesar de tudo, ainda considero relativamente flagrante. Há demónios que pesam mais nuns tempos do que noutros.

Jeff Hardy certamente não era um competidor regular e ortodoxo e, por isso mesmo, também não era consensual. Mas conquistou muitos e ávidos fãs, com perfeita e legítima justificação. O seu estilo mais arriscado era bastante cativante e, durante a Attitude Era, com o irmão e mais uns amigos, roubavam o show com clássicos de fazer arregalar olhos. Por acaso já nesses velhos tempos o primeiro obstáculo que o afastou da WWE foi ele próprio, caindo em vícios que puseram em causa o seu comportamento, profissionalismo e desempenho. Recuperou a confiança dos fãs noutra casa e regressou ainda a tempo de uma boa corrida a solo na segunda metade da “Ruthless Aggression” onde ainda encaixou bem e tornou-se mais irresistível ainda para os fãs mais jovens. E a sua imagem extravagante era fácil de se vender.

Tão no alto estava ele e tão adorado e rentável era entre os petizes que teve destaque de luxo na “PG Era.” Era praticamente o babyface #2 a seguir a John Cena, era um ídolo mais rebelde dos miúdos, era co-campeão de merchandise e pôde desfrutar de reinados como WWE Champion. Porque é que não ficou assim? Porque não era fiável. Era muito difícil dar tanto destaque a um competidor doente, que possa voltar a cair nos seus maus hábitos e numa era familiar dos bons exemplos, nunca seria o ideal para estar ali, especialmente quando a recaída – e figura em público – era iminente. Teve que desfrutar o resto dessa era na mesma casa que o acolheu antes, onde fez a derradeira figura de urso em directo, e lá se forçou a repensar a sua vida. Até se adaptou bem à era mais recente, muito graças à imaginação tresloucada do irmão, e regressou à WWE em grande mas bem sabemos como isso acabou. Mas é difícil culpar as suas empregadoras quando, qualquer companhia onde ele esteja, não lhe consegue dar destaque e ele volta a cometer os mesmos erros. Com esta idade, já nem vêem que valha muito a pena arriscar em mais chances. Os fãs, já sabem que ele não é só um puto com a mania que é rockstar, é um homem doente, com um problema, que nos preocupa a todos sempre que vemos algo mais errático da sua parte. E queremos o melhor para ele e torcemos pela sua saúde. A constante admiração e respeito nessa carreira de tantos altos e baixos são boa prova. Conquistou isso.

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Lista que lá dará para debate. Talvez. Ou para concordar ou uma unânime atribuição do título do completo disparate. O que quiserem. O que encorajo mesmo é que vocês comentem, sem embaraços. Que o espaço ainda seja convidativo e que gostem de ler, mas também, de participar. Aqui o Top Ten terá um mini-interregno de uma semana e volta daqui a duas semanas. Vem falar do quê? Ainda vem falar de eras e essas cenas. Bom… Porque não? Venho falar da minha era! Que quero dizer com isso, que vou trazer algo muito pessoal? Com certeza. Ora olhem lá para o título no topo e vejam o número edições.

Caramba, a próxima é a edição número 500!

Chegando à impensável marca do meio milhar, daqui a duas semanas trago um especialíssimo Top 20 (!!) que olhará, realmente, à minha era dourada. Um Top Ten, que será de vinte, daí o interregno de uma semana, muito pessoal que vos listará grandes momentos marcantes dos velhos tempos em que comecei a assistir a wrestling, em petiz. Isso alternado com momentos fora de TV em que este fascínio pelo wrestling se envolvia e influenciava. Com mark que é mark, é assim. Soa muito chato? Pronto, foi o que me ocorreu para um especial da edição 500, espero que gostem e ainda é difícil acreditar que tenha conseguido chegar a esse número. Mas guardarei a minha incredulidade melosa para essa edição, em que vos agradecerei da melhor forma que conseguir.

Até lá é o normal, bom arraial para quem já esteja a assar as suas sardinhas e a não negar um passinho de dança com as tias e as primas na festa local, para quem já as começar a ter. Uma boa entrada no estio para todos, até daqui a duas semanas, fiquem bem e até à próxima! E força Portugal!