3 – Road Warriors
A prova de que podes ser o maior, continuar a ser fantástico no que fazes mas se, muita coisa à tua volta mudar… A adaptação pode ser um pouco dolorosa. Portanto não foram os Road Warriors que perderam o jeito ou ficaram maus ou lá o que fosse… Era o panorama que estava muito diferente para as personagens.
É impensável ver a dupla de Hawk e Animal entrar sem ter um pop gigante de estourar um telhado. Por alguma razão existe o termo “Road Warrior pop.” Eram uns senhores, uns gigantes, quiçá a maior tag team do seu tempo, dominando tudo o que fosse equipas durante a Golden Era. Em qualquer lado, estavam tudo menos limitados à WWE, se calhar até foi lá que passaram menos tempo. Eram cativantes. Pelas suas energias em ringue mas também pelas suas personagens. Vistosas, inspiradas no Mad Max. Série de filmes da década de 80. Com apetrechos no vestuário bastante berrantes. Já estão a ver por onde vai. Eles eram uma cápsula do tempo e essa parte visual tornou-se datada. Na década de 90, era um filme do passado – franchise a ser recuperada, com glória, hoje em dia, ainda faltava muito – e já não havia muita vontade para heróis ou vilões mais à desenho animado.
Pela altura da Attitude Era, já se tinham gasto os cartuchos das personagens com muita gimmick – a era anterior já abusou disso – e procuravam-se tipos mais humanos. É a dizer que não havia lugar para os Road Warriors. Mas podia haver para os performers, se se adaptarem um bocadinho. Tentou-se. As storylines que os humanizaram recorreram aos vícios de Hawk e deu origem a um dos mais desprezados angles de qualquer era. Se era para isto, mais valia não estarem ali. E foi o que aconteceu mesmo, preferindo ir embora a tentar adaptar-se a uns novos tempos que não lhes agradavam muito e nos quais não estavam a ficar assim tão over. Expressão impensável de se aplicar aqui aos Legion of Doom. Felizmente o legado está intocável, são dos grandes de sempre e que andem por aí a distribuir Doomsday Devices onde estejam, já reunidos.
3 Comentários
Surpreendido com o Jeff no topo da lista. Curioso com a razão pela qual estaria nessa posição. Desiludido com a argumentação.
Falar da não adaptação de um wrestler a outras eras e depois citar só e apenas o abuso de substâncias como a razão, é demasiado simplista e inconsequente.
Parabéns (antecipados) pelas 500 edições – talvez o meu espaço preferido no site em que se aprende ou relembra sempre alguma coisa numa estilo de escrita bastante próprio e divertido!
Relembrou Lord Tensai. Comecei ver WWE no final de 2011 pelo Esporte Interativo, foi um ano mágico, personagens maravilhosos. Infelizmente hoje tá bem bagunçado