4 – Rob Van Dam
Um favorito de todos os fãs e uma lenda daquele ringue onde cada manobra e salto que dava era inovação na modalidade. Parece algo difícil de acreditar que não fosse também dos oficiais. Podiam realmente vê-lo como um tipo de midcard, que não tinha os atributos para ser estrela de topo – nunca foi lá grande orador – mas havia mais do que isso?
Parece que havia. Então com o tipo mais boa-onda, mais relaxado naquele balneário, com quem iria ele arranjar problemas? Pois, se calhar o problema era mesmo esse. Relaxado demais. Não que o relaxamento e a atitude fosse o problema, mas o suplemento a que recorria para ajudar nisso. Rob Van Dam dá a cara pelas suas adoradas drogas leves e já é quase sinónimo da marijuana. E, mesmo antes da fase em que a Wellness Policy a reprimia, isso já não era bem visto. Stephanie McMahon era um exemplo de alguém que não gostava de o ver a andar lá com a cabeça nas nuvens e pedia para reduzir ou parar. Ele não ligava assim muito. O conselho/aviso/ordem começava a vir de mais sítios e o heat começava a aumentar. Sem qualquer confirmação, há teorias de que isso o tenha impedido de chegar ao topo mais depressa.
Mas havia outra questão, esta de se levar mais a sério e que podia, ou não, estar relacionada com um estado inébrio com que competisse, caso fosse realmente muito descuidado nesse sentido. É que ele era visto por muitos como um worker inseguro. Era mais baseado no seu estilo. Acontece que RVD era da mesma escola que o Sabu, mas bem mais contido: as maluqueiras que faça serão mais perigosas para si mesmo. E mesmo assim soube adaptar-se à WWE, deslumbrando sem causar problemas. No geral, conquistou aquela malta, pedrado ou não, e chegou ao WWE Championship e ao Hall of Fame. A recepção aos seus hábitos de consumo recriativo já parecem estar apenas reduzidos a uma sonora e característica gargalhada de Vince McMahon, quando o seu ex-empregado lhe oferece de presente uns filtros da sua própria marca. Está tudo bem. Como não há-de estar sempre tudo bem com o tipo?
3 Comentários
Essa situação da Michelle McCool, parece a minha história de vida. Sempre a me dar mal, só porque quero fazer um bom trabalho.
Queria apenas deixar este comentário para dizer que é absolutamente incrível que continues a escrever o Top Ten ao fim de tantos anos, é admirável como continuas a ter temas, como nunca te repetes, como tens sempre tanto para dizer sobre todos os tópicos, sem nunca tornar os artigos maçadores, durante mais de 400 edições. Já acompanhei WWE de forma muito mais intensa do que agora, já escrevi artigos para o site há quase 10 anos e durante este tempo todo, quando me lembrava de dar um saltinho aqui ao site, todas as segundas-feiras estava o teu artigo sem falhar. Neste momento acompanho só por alto mas faço questão de muitas vezes vir aqui ler o teu artigo por gosto e por respeito porque acho verdadeiramente incrível que mantenhas esta rubrica durante tanto tempo. Se o WrestlingPT tiver um dia um Hall of Famer, sem dúvida que tens de ser dos primeiros premiados. Muitos parabéns.
Subscrevo. Enorme trabalho e qualidade – parabéns!