9 – JBL
Hoje já o conhecemos de uma forma e o associamos tanto a esta sua imagem actual que já quase nem dá para lembrar que a sua mudança foi radical. Para não falar no push. Um choque frontal que, muitos de uma geração próxima da minha, que já só conheçam este JBL cowboy milionário, não compreenderão porque terá sido tão estranhado.
Mas o brigueiro Bradshaw, parceiro de cartadas e sessões de milho em bares de Farooq, não começou logo por aí. Ou se calhar até começou mas com um formato diferente. Tinha características bem mais vincadas, que o tornavam um Superstar diferente. Do que se tornou depois e não de qualquer outro. Porque ainda era um plágio andante daquele que terá sido sempre, e ainda será, o seu ídolo: Stan Hansen. A gimmick era praticamente ser ele, um cowboy durão, com Uncle Zebakiah – que conhecemos melhor como Dutch Mantel ou Zeb Coulter – como seu manager. Até marcava um “JB” nos adversários, como se faz às vacas, para mostrar que vinha mesmo do rancho. Esteve invicto durante três meses até se necessitar a sua remodelação, ficando este gadelhudo violento como um momento menos lembrado na carreira de JBL.
Juntar-se-ia, a seguir, a Barry Windham, para formar os New Blackjacks. A gimmick tinha ainda proximidade ao anterior Justin “Hawk” Bradshaw, trocando a melena por uma bigodaça de quase fazer inveja ao Yosemite Sam. Seria em duplas que singraria, mas não com esta, encontrando em Farooq um parceiro para a vida, nos Acolyte Protection Agency, também eles mesmo mudando as suas personagens com o tempo e Turns. Bradshaw poderia ser um eterno midcarder, um Elias do seu tempo, mas uma breve pausa na carreira para ganhar uma pipa de massa na bolsa e demonstrar aptidão para essa vida, inspirou a que lhe mudassem a gimmick de forma definitiva. O que terá chocado muitos é que tenha sido lançado ao WWE Championship, para um reinado histórico, e que lhe deu acesso directo ao Hall of Fame, onde já se encontra. Pouca menção à sua primeira personagem cujo único feito notável tenha sido uma rivalidade com Savio Vega.
2 Comentários
Bom artigo
Gostaria de ter visto o Paul no seu debut só vi em 2007 apesar de ter nascido em 1992