5 – The Champ is here!
Por vezes a essência de um grande momento está no nascimento de uma lenda, como dá para perceber em algumas entradas aqui. E são momentos que funcionam melhor com o tempo, depois de muita conquista já feita, quando um nome já se engrandeceu o suficiente para olharmos para trás para aquele momento e, em retrospectiva, vermos a sua enorme dimensão.
Em 2005 foi a WrestleMania 21, quando a WWE virou “Hollywood,” o que deu em algumas hilariantes vinhetas de promoção. O evento foi muito bem recebido e houve um curioso consenso crítico: todo o card foi superior aos main events. Que acabaram por cumprir a sua missão na mesma. O fecho pelo World Heavyweight Championship em que Batista tem a sua primeira grande conquista contra o ex-mentor Triple H pode ser visto por nós e muitos da nossa geração como um clássico e talvez um favorito dos nossos tempos. A crítica mais veterana na altura considerou o combate só OK. Mas cumpriu e nasceu ali verdadeiramente a lenda de Batista que já tem o seu nome reservado num lugarzinho à sua espera no Hall of Fame, quando ele possa comparecer.
Mas esta entrada refere-se a outro. O outro que seria a co-cara da companhia com o Sr. Batista. E que ficaria como a derradeira cara da companhia – ao ponto do enjoo como bem sabemos – por muitos seguintes anos. Competiu no outro main event, o que antecedeu o outro combate. Pôs fim ao histórico reinado de JBL e venceu o WWE Championship, celebrando com o público, ainda rendido a si, o seu grande feito. O nascimento da lenda. Pena que o combate não fosse nada por aí além. Não foi mau, mas mal se ergueu ao nível de um combate de PPV, quanto mais um main event de WrestleMania. Mais um caso que quase virava também uma tradição: o rematch, noutro PPV, foi muito superior e tornou-se clássico como combate em si.
4 Comentários
O primeiro lugar demonstra bem o que o wrestling mudou, um “simples” powerslam levou o público ao rubro e é um dos momentos mais icónicos de sempre.
Hoje um lutador saltar de uma escada para cima de uma mesa enrolada em arame farpado é só mais uma move que talvez nem acabe com o combate.
Não sei se é melhor ou pior, mas sem dúvida diferente.
O storytelling de antigamente era bem melhor.
Como sempre, excelente.
Muito bom!