10 Grandes pushes imediatos… para nada – Top Ten #310

10 – Muhammad Hassan

Este é aquele caso que já conhecemos, já deve ter sido aqui destacado em inúmeras listas de diferentes temas. É um Superstar inesquecível, com as circunstâncias com que foi retirado e obviamente foi algo fora da sua mão. E, com uma companhia multimilionária – das que despede empregados para pagar aos accionistas – cheia de patrocinadores e outros que tal ao pescoço… A coisa acaba por ficar um pouco fora de sua mão também, especialmente quando o gatilho para a borrada foi completamente alheio.

A prova do seu impacto é simples, ainda hoje é recordado como um dos wrestlers mais injustiçados e de quem mais pena tivemos ver o seu push a ser cancelado. E o gajo esteve lá pouco mais de meio ano. Chegou ao Raw em finais de 2004 com uma gimmick controversa e provocadora. Mas o segredo estava aí. Captava a atenção e foi atribuída a um jovem carismático e bem falado que, felizmente, também completava em ringue. A sua gimmick era a de um Americano de origem Árabe que se sentia injustiçado e discriminado pós-11 de Setembro, meramente pela sua etnia e religião. Ora essa, um Heel com razão!

Claro que para isso resultar bem, ele tinha que contradizer os seus ideais com as suas acções e era aí que perdia a razão. Tinha tudo para resultar e, por incrível que pareça, podia um dia virar Face com essa mesma gimmick, se as coisas tivessem corrido bem e eles não estivessem tão cegos com a ideia de “América vs O Mundo” e um Face de topo dar razão ao que dizia e ele acalmasse os seus nervos e começasse a agir mais em prol do bem e para uma geral igualdade entre todos, que o público pudesse apoiar.

Mas isso seria mais para a frente, que nem deu para chegar lá perto. A primeira ideia era a de capitalizar no tremendo Heel que tinham em mãos. A primeira metade de 2005 no Raw passou-a bem. Plantou muito bem o ódio e andou logo a brincar com Hogans e Shawn Michaels antes de partir para o título Intercontinental. Foi transferido para o Smackdown em Junho e os planos eram claros: Undertaker, World Heavyweight Championship, topo. Seria mais ou menos assim, a sequência. Mas o ataque a Undertaker já entornou o caldo.

Ao invocar vários indivíduos encapuçados para atacar Undertaker, enquanto orava na sua língua, tudo lembrava um ataque terrorista. Mas coisas dessas acontecem no mundo do “sports entertainment” e é bom que passem as marcas de vez em quando. O que tramou mesmo? O timing. Nessa mesma semana tinha havido um atentado semelhante em Londres. O Smackdown era pré-gravado, eles não podiam saber, mas podiam cancelar o segmento antes de ir para o ar no Friday Night Smackdown. Chapéu.

Precisamente no Reino Unido, território atingido, o programa dava antes e foi para o ar intacto, colocando toda a companhia em água a ferver. Angle e personagem cancelados, Muhammad Hassan acabou despedido para evitar confusões exteriores. Retirou-se dos ringues e, apesar de um breve regresso às independentes em 2018, afirmou que foi de passagem e não volta a fazê-lo porque tem uma outra carreira na educação. E não, não é nenhum professorzinho de substituição, é mesmo director! Caramba que um desses impõe respeito!

4 Comentários

  1. Bea Ospreay5 anos

    Iria falar sobre o Del Rio, mas percebi que ele vai estar no proximo tema, ja que no fim mesmo dando varios mundiais a ele e um Royal Rumble foi uma grande perca de tempo.

  2. Miguel5 anos

    Mrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr Kenedyyyyyyyyyyyyyy Kenedyyyyyyyyyyyyy!!!!!!!

  3. Leleco5 anos

    Sempre que eu vejo alguém falando do Ryback, eu me lembro de um antigo usuário aqui do site, que tinha o nick de Ryback Rules, era um fanboy do Ryback e hater do Daniel Bryan, sempre comentava coisas sem sentido.