4 – Rick Rude
Outro lendário que faz parte das influências e favoritos de imensos Superstars mas que também nunca saiu do midcard. Para quem acha que é tramado para os lutadores de hoje que acham que nunca têm aquela chance e tratam isso como um problema actual… Isso já é tão velhinho. E Rick Rude era gajo com tudo para o adorarem.
Nunca eram discretos a gabar-lhe os atributos físicos chegando ao ponto de lhe definir o corpo como perfeito. É claro que os seus factores atractivos podem não coincidir propriamente com o do público generalista – e então aquela bigodaça, recriada hoje, dá para meme, perguntem ao Bobby Roode – mas era tudo aquilo que queriam. E o que lhe faltava, se era muito competente em ringue e um óptimo orador, ao ponto de virar manager nos seus tempos de retiro dos ringues? Títulos era o que lhe faltava. Faltava-lhe títulos. Duas passagens pela WWE, uma na segudna metade da década de 80 e uma, muito mais breve, em 1997, onde foi uma peça fulcral na formação dos D-Generation X, um membro original que muitos hoje não se lembram ou desconhecem. Um título Intercontinental em 1989 é tudo o que conta.
Também teve duas passagens pela WCW, a segunda sendo a mais mítica por ter aparecido nos dois programas das companhias rivais na mesma noite, expondo a situação do Monday Night Raw gravado com antecedência, ao “magicamente” conseguir fazer crescer uma barba inteira na mesma noite em que deu uma promo no Nitro apenas de bigode. Também apenas um United States Championship por lá. Junta-se-lhe uma espécie de título Mundial, o International World Heavyweight Championship.
Se não sabem bem o que é isso e o que diferencia de um título Mundial também não sei, mas apenas ele, Ric Flair, Sting e Hiroshi Hasa tiveram o título durante o ano em que ele existiu. Associado à figura de uma Superstar e a momentos icónicos na história do wrestling, mas não a ter cintos dos grandes à volta da sua muito gabada cintura ou sobre o seu muito cobiçado ombro. Infelizmente deixou-nos em 1999, muito cedo, quando iniciava treinos para regressar aos ringues. Tinha apenas 40 anos, quem sabe se ainda podia ter a sua chance…
9 Comentários
Owen Hart e Roddy Piper foram um crime não terem sido, não sou desse tempo, já referi várias vezes que sou do tempo de 2004. Mas via bastante Vintage Collection e deu para perceber a dimensão que era antes o Wrestling.
Embora concorde que todos da lista devessem ter ganho o título maior da WWE, ainda por mais sabendo como funciona a atual WWE e como são dados os reinados, acho que o Piper e o Owen Hart, destacam-se bastante.
O Jinder Mahal tem mais titulos mundiais que todas estas lendas…deixem isso assentar
Owen Hart e Razor Ramon não ter ganhado pelo menos um é realmente triste, alias o que vemos é que o Razor era melhor wrestler e bem mais divertido que o Diesel/Kelvin Nash, mas insistiram no gajo maior, que só é mais lembrado por ter sido da NWO do que um lutador a solo. Piper não ter tido um mundial ou pelo menos varios Intercontinentais tambem é revoltante, mas ele deve estar orgulhoso do Dean/Moxley onde quer que ele esteja.
Colocaria Chyna também, chegou até perto de ser n1 contender e tinha o físico que vince gosta nos homens. Ela ainda era de uma época em que a companhia apostava em combates intergender. Seria doido, mas legal.
Verdade.
Algumas dessas lendas podiam ter ganho um titulo pelo menos.
Uma pergunta ao autor do artigo: quais destes achas que, se fosse hoje, teriam lugar como campeões mundiais?
Com critérios muito diferentes e hoje em dia havendo mais chance de alguém arriscar numan estrela nova, se calhar até seriam todos. Só se fosse por aí um Steamboat ou até mesmo o Owen Hart que ficassem sempre como o midcarder subvalorizado ou assim um Lawler ou DiBiase que viam melhor como managers do que estrelas representantes. E se calhar o Mr. Perfect ia ser tipo Ziggler (que já tanto o emulou) e ter o título mas depois voltar logo para onde estava.
Acresentaria o Vader.