1 – Este gajo
Semelhante à entrada de Aksana, em que é toda referente a um só indivíduo. Aqui destacado desta forma mais informal, como quem diz que… Com este gajo não há condições. Não foi lá criado nesses tempos e claramente não se adaptava tão facilmente. Aí será caso para dizer que ainda bem que ele não competia a tempo inteiro, senão iam ter muito patrocinador à perna, para não dizer à garganta.
Ele era menino de usar palavreado menos aceitável? Por acaso até era, mas bem sabemos que não era ao microfone que ele perdia mais tempo e há razões para isso. É mesmo em ringue, que este veterano é muito TV-14 ou além. Saiu de uma era de Ruthless Aggression – que encabeçou – e partiu para um desporto onde a pancada é mais à séria. Vinha agora a conter-se? Por acaso… Logo mal chegou e enfrentou John Cena, foi num combate que pode ser descrito simplesmente como porrada velha. Cena sangrou como nos velhos tempos e com certeza que muitos dos mais novos ficaram assustados ao assistir àquele monstro desenfreado. Confesso que não fui o maior apreciador do combate na altura, e pus em causa coisas como a segurança em ringue e o finish – questionei se Lesnar não seria inseguro e, no final, tanta coisa para nem sequer ganhar. Mas vi tanta apreciação por aí que acabei por ceder e atribuir-lhe o seu valor: esta sessão de pancadaria saciou uma sede de sangue para quem tinha saudades das coisas mais arriscadas e credivelmente perigosas. E não seria alguém dizer um palavrão mais feio que acrescentaria qualidade ao produto… Mas uma manifestação em ringue deste tipo já causa outro entusiasmo. Por aquele momento, as regras do PG ficaram suspensas.
E podia dizer-se que acontecia sempre que Lesnar aparecia. Nesse sentido então, era realmente caso para dizer que ainda bem. Iam passar trabalhos. Associam-se a ele muitos momentos de levar a violência mais para lá, como a vez em que abriu a cabeça de Randy Orton à cotovelada e deixou o cenário a parecer uma cena de homicídio, e também foi sempre mais atrevido ao ponto de apontar uns dedos proibidos ao Undertaker antes de desmaiar, mesmo que esses momentos já tenham acontecido mais tarde, fora do espectro temporal onde incluo verdadeiramente esta era. E mesmo assim, com algum certo relaxamento das regras, ficava sempre a sensação de ir longe demais. Quanto mais quando era para ter a “Parental Guidance” em muita mais atenção!
Pronto, controlemos as coisas, ninguém chame a polícia e voltemos a comportar-nos, que já fechamos este Top Ten. Como já foi dito, aqui considera-se um específico período de tempo que realmente se considere mesmo a “PG Era,” com muita coisa a ficar fora por já não ser nesse tempo. Se o vosso critério diferir por aí, não vos vou tirar o direito de acrescentar, mesmo que olhando por aí… Há muita mais coisa. Muita mais. Acreditem que eles estão muito mais soltos. Acreditando que estes momentos se justificam, passo a palavra a vocês para os comentarem e recorrerem à vossa própria lembrança para relatarem as vossas reacções aos momentos em que lá fogem um pouquinho às suas próprias regras.
Fiquem por aí a comentar, que há mais para vos trazer na próxima edição e continuamos a falar de eras, começando agora a relação entre umas e outras, em vez de foco exclusivo numa ou outra. E falamos também de estrelas, já que muitas das vezes também são elas que definem uma era, tornando-se tão facilmente associadas ou mesmo as caras desses tempos. Que não quer dizer que tenha sido essa a que os criou. Um gajo até se esquece e nem associa. Portanto vamos lá ver se não dá asneira e temos, na próxima edição, dez Superstars que esquecemos que vêm de outra era. Preparem-se para vir cá ver e dizer, com satisfação, no final: não me esqueci de um único, sabia isto tudo. É como deve ser! Portanto aguentem lá uma semaninha antes de malhar no escriba, continuem a portar-se bem, enquanto vai mais um mês quase já passado e até à próxima!
1 Comentário
Bom artigo para se ler