8 – A BS de Jericho
Como lhe foi alertada por outro Superstar, que podia ter virado aquilo tudo do avesso mas não chegou a causar tantas alterações, pelo menos de imediato. Falo de CM Punk. Podia ter deitado a era abaixo logo com a sua “pipebomb” e é certo que abriu as primeiras portas. Mas não se sentiu mudança logo. Sentiu-se um ambiente diferente naquele épico Money in the Bank, mas foi aquele momento e não foi algo permanente.
No entanto sendo ele um “Punk” como o nome indica, tinham que vender a ideia de que ele não tinha travões. Com ele, a censura tem que estar atenta ao botão do “mute” e darem bem uso ao “delay” de cinco segundos. Mas não acontecia. Pelo menos de forma assim mais extraordinária. Porque sim, ele era mais tolo que os outros. A própria “pipebomb” não foi muito “family friendly” mesmo sem precisar de algum vernáculo em especial a ser expelido e depois disso fazia coisas como recusar apertar a mão de Stephanie McMahon porque “sabia onde essa mão tinha andado.” Pronto, pelo menos um passinho à frente dos outros ele podia estar, especialmente depois disso. Mas como trazer realmente algo mais adulto? Fácil: uma feud pessoal e entreguem-na a alguém com mestria nisso.
CM Punk e Chris Jericho. Pronto, já tinham a nossa atenção. Abriam o ano de 2012, em direcção à Wrestlemania com uma rivalidade muito pessoal que já tocava em assuntos um pouco mais pesados do que qualquer TV familiar permitia: vícios. O alcoolismo do pai de Punk e a alegada dependência de drogas de outros familiares do Superstar straight-edge. Já todo o tom da rivalidade era um pouco mais “dark,” mas também puxou de um CM Punk mais emocional que quebrou as barreiras quando, cheio de cólera, grita ao pomposo e provocador do Jericho no ecrã, “You’re bullshit, Jericho!” repetindo o palavrão mais uma vez e fazendo realmente a censura estar atenta ao momento em que lhe era cortado o som. Foi um pouco mais além? Sim. Ajudou a vender o quão intensa e pessoal era a rivalidade? Bastante, sem dúvida!
1 Comentário
Bom artigo para se ler