9 – “Die Rocky, die!”
Na verdade o Rocky Maivia não tinha nadinha do que realmente se pudesse sentir na era que se seguisse e que a representasse. O problema era exactamente esse. Rocky serviu mais como instrumento, uma espécie de passar de mensagem. De que alguma coisa estava mal e coisas iam ter que mudar. O desgraçado teve que ir para lá de costas largas.
Rocky Maivia serviu também como uma janela para como o público tinha mudado. As famílias que torciam por heróis “larger than life” e que estavam a marimbar-se para a incessante procura por um novo Hogan davam lugar a um público juvenil sedento de mais sangue e, no geral, mais edgy. E que via em Maivia exactamente tudo aquilo que não procuravam. E que já conseguiam topar favoritismos e virar-se contra as tentativas bem forçadas de mandar alguém para o topo. Não se ficaram por vaias, os cânticos eram bem mais cruéis. Além dos recentemente retornados “Rocky sucks,” lá existiam alguns de linguagem menos própria e os mais infames e ameaçadores “Die Rocky, die!” Não podiam ignorar esse.
À medida que o push ia avançando – e falhando – também esses tempos avançavam e as mudanças a tornar-se cada vez mais inevitáveis. Foi “abençoado” por uma celebrada lesão que o tirou do ar e permitiu uma reformulação de personagem. Nem de propósito, nasceu uma das principais caras com a atitude – pun semi-intended – certa para encabeçar essa era que nascia. The Rock. Figura central da era em questão. Figura importantíssima para fazer chegar a mensagem de que a necessidade de adaptar era cada vez mais urgente. Aqueles públicos não costumavam ser assim!
3 Comentários
top, obrigado
Sim, a lista faz sentido, ainda que depende de onde se considera a A.Era, de facto. Para mim, ela começou com o Montreal Screwjob, portanto há mais acontecimentos que podiam estar neste artigo. Tu falas antes desses acontecimentos, por isso é completamente normal
Ótimo artigo!