10 Oportunidades desperdiçadas de aumentarem a violência – Top Ten #429

9 – Seth Rollins vs The Fiend, Hell in a Cell 2019

O primeiro caso diferente. Sabem que isto aqui tem sempre muito dos ditos casos diferentes. Ao avisar, na introdução, que teria diferentes contextos era já a avisar também que ia aparecer sempre algum caso em que a ideia inicial poderia estar só um pouquinho em causa. E é mais um caso que dá para introduzir como o primeiro: também foi terrível.

E isto começa é a parecer que estou só a listar os dez piores combates em PPV da WWE dos últimos X anos, mas não é. E outra coisa a arrumar de uma vez, é que até foi bastante violento, especialmente ali aquela parte final em que começaram a perder os fãs até ao derradeiro final em que realmente os perderam de vez e ganharam uns sonoros e musicais cânticos de “bullshit.” Um gajo ao estouro na cabeça, – protegida quanto desse – com o que tivesse à mao, de um monstro sobrehumano que continuava a levantar-se. Mas foi uma violência completamente estúpida. Perdeu-se o wrestling, perdeu-se o storytelling, perdeu-se o realismo, perdeu-se muita coisa. Tempo também. E até tinham condições para muito e é isso que traz esta entrada aqui.

Dava para fazer um combate violento só com a estória simples que tinha de Seth Rollins, na altura um babyface determinado e imparável – leia-se, chato, aos olhos dos fãs que começavam a perder interesse nele – preso na mais aterradora jaula da WWE com o seu mais aterrador Superstar que não fosse o Velveteen Dream: o infame Fiend. Dava para realmente explorar como seria aquele monstro, que ainda não conhecíamos tão bem, naquele contexto. Quão sádico realmente seria. Pronto, optaram só por uma iluminação parva – de volta, Sin Cara? – e de tê-lo a fazer “no sell” praticamente todo o tempo até que o combate seja reduzido ao outro a tentar matá-lo porque pronto, mata-se o bicho, acaba-se a peçonha. E o finish? Ai o finish…