10 Oportunidades desperdiçadas de aumentarem a violência – Top Ten #429

6 – Randy Orton vs Edge, Last Man Standing, WrestleMania 36

Não vamos aqui dizer que o Edge devia ter bumpado como um louco. Nem haverá algum momento em que o voltaremos a dizer. Estamos todos muito gratos pelo seu regresso, mas queremos aproveitar todos os segundos e muitos deles são passados com as mãos na cabeça a cada bump que ele dê, que parece que dói mais por conhecermos o historial.

No entanto havia um combate muito promissor para resolver problemas começados após a Royal Rumble do grande regresso, quando Randy atacou Edge com um Con-chair-to… Manobra muitíssimo arriscada, diga-se. Era uma das feuds que mais nos tinha entusiasmados e nos tinha colados ao ecrã. Mesmo quando as arenas ficaram vazias e eram apenas recriadas dentro do Performance Center. Ficou um Last Man Standing prometido para uma Wrestlemania que ainda não sabíamos como ia ser e como íamos assistir a ela. Dada a intensidade da feud, seria de esperar o mesmo do combate. Sem bumps loucos, mas aquela intensidade precisa. Tinham os dois Superstars ideais para isso, meticulosos e metódicos são eles. E num combate pré-gravado? Podiam ter muitas coisas impressionantes e criativas.

Optaram por algo muito banal, de construção muito lenta e que até chegou ao ponto do aborrecimento para muitos fãs que tinham a expectativa mais alta. 37 minutos não são brincadeira e foram distribuídos ao longo do Performance Center vazio. Teve os seus bons momentos de psicologia, storytelling e, claro, também de violência. Mas nunca ficou a sensação de aproveitamento do que tinham em mãos. Como seguimento, já quiseram voltar ao wrestling. Assim mesmo, a usar a palavra proibida. Estávamos tão contentes com isso que, claro, tinham que o estragar ao usá-lo até à exaustão com o plug do “Greatest wrestling match of all time” que, por muito bom que fosse, nunca o iria ser. Ficou a parecer que esta grande feud ficou sempre um pouco aquém no que dizia respeito às resoluções e culminares…