1 – The Bloodline
Se calhar daquelas coisas tão óbvias que até se tornam tabu. Algures está aí um leitor, no seu direito, a agitar o punho no ar por os considerar sobrevalorizados. Mas isso só se dá quando é assim mesmo: o raio da Bloodline, desde o seu início ainda em tempos pandémicos, foi a maior e melhor cena a passar naquele ringue da WWE. As voltas eram cinemáticas, descobriu-se um bom orador carismático e de uma enorme presença em Roman Reigns, separaram-se Usos, lançados ao main event. Coisas impensáveis. Como a duração do reinado em tempos quase impossíveis de o conseguir.
Não há dúvida de que será grupo que colocará Roman Reigns três vezes no Hall of Fame – sim, estou a apostar com facilidade que vai sozinho, com os Shield e com estes – e que será recordado como o grupo que encabeçou esta era, onde também temos outras caras como a de Cody Rhodes – que seguiu esta malta bem de perto – para a representar. O que realmente converteu o povo em relação a Reigns e muito simplesmente por ter sido o melhor uso que lhe descobriram e papel que soube encarnar com o ideal conforto. Melhoria da década a dele. Dominaram e até podem exclamar os mais cínicos – sempre uns chatos – que foi porque eles quiseram e os forçaram. Mas aqui já não era o caso. Quando mandavam nas audiências, é porque o povo queria ver Roman Reigns e a sua Bloodline. E sabiam que queriam.
Queriam vê-lo a ele, queriam ver a patetice do Paul Heyman a contemplá-lo em adoração. Queriam ver os Usos mauzões a servir-lhes de capanga e sem dúvida que queriam ver o Sami Zayn a dificultar a tarefa de todos em manter-se sérios e, mais tarde, de se impor e emancipar-se. Queriam ver quem seria capaz de escalar a montanha impossível e, com certeza, queriam ver Cody a consegui-lo. Vem uma versão nova, claramente inferior mas a arregalar-nos os olhos com os talentos novos que traz? Especialmente ali o jovem Fatu? Claro, mas a intenção era essa. O sacripanta fez a maior Face Turn sem estar presente sequer, tinha cânticos de “We want Roman” semanalmente e rebentou com um telhado quando voltou, ainda agorinha. E a história continua. E nós aqui para ver. Para contarmos, mais tarde, onde estávamos e como nos lembramos da década de 2020, dominada pela Bloodline!
Por aqui fica esta listagem. Se calhar até é um Top Ten de estranhar… Um tema tão simples! Mas espero que já tenha dado para assunto, que vos tenha mantido o interesse e que também vos tenha feito especular em relação ao futuro destes grupos e de outros. A nível de futuro próximo, que vos tenha a comentar. Cada um destes casos, a cortar as pernas aqui a alguns, a acrescentar outros, quem defenda uma grande marca deixada pela Chase U, ou que ache que os System realmente deixarão um grande legado na TNA. Legítimo. E também já disse porque não estão os Bullet Club.
O Top Ten fica entregue a vocês até ao regresso que não será para já, visto que aqui o espaço tomará a sua breve pausa e regressará em Setembro. Espero que tenham paciência e ainda não se esqueçam aqui deste chato semanal para estarem cá a recebê-lo de volta, a falar sobre… Alguma coisa, com certeza. Descansemos, que já se faz tempo disso. Boas férias a todos, mesmo a quem não tenha a sorte de as desfrutar ou seja suficientemente esperto/sortudo para aproveitar um menos agitado Setembro, que passem bem o resto deste tórrido Agosto. Fiquem bem e até à próxima!
5 Comentários
não foi….um dos melhores artigos que aqui li, confesso
mas gostei de ler
obrigado
Penso que faltam aqui os The Acclaimed
Duvido
Na minha opinião os House of Black são um talento desperdiçado… Gostava de os ver com espaço para brilhar… mas noutra companhia!
Não precisa nem dizer que a storyline da Bloodline sem sombra de dúvidas foi a melhor da história do wrestling na atualidade, eles sim criaram bastante suspense e drama, principalmente com o Sami Zayn envolvido nela