6 – Kofimania (Movement)
Vá, repararam que foi de uma certa esperteza ali aquele anexozinho entre parêntes, porque já estou aí meio a revelar qual o paralelismo. Porque esse também foi intencional, ao ponto de ser mesmo um seguimento do outro. E também foi mais o “tipo” de percurso do que uma repetição mesmo. Portanto, claro que tudo foi consciente.
Todos notaram como a Kofimania teve muitos ares de “Yes! Movement” sem precisar de fãs a invadir o ringue e sem todo aquele percurso errático no qual Daniel Bryan, de facto, conquistou o título por várias vezes mas era tramado e via desculpas a ser arranjadas para que lhe fosse retirado. Kofi apenas teve que batalhar com a credibilidade que sentia que lhe viam, à medida que ia tendo o apoio dos fãs que defendiam que aquele veterano merecia finalmente o seu grande momento. Obstáculos foram colocados à sua frente e passou por cima de todos aqueles que não se chamavam Brock Lesnar.
Também ele teve Vince a provocá-lo, quase a dizer que ele era um midcarder para a vida, chegando mesmo a provocar a ira dos seus parceiros quando insinou que ele iria, sim, um dia para o Hall of Fame, mas nunca em nome próprio, mas sim apenas com os New Day. Quando é que se dá o paralelismo irónico? Porque tinha que ter um rival, um Campeão para destronar e que também não acredite que ele passe de um “B+ Player,” aquilo que chamavam a Daniel Bryan. E quem era o WWE Champion? Caramba, era Daniel Bryan! Já na altura Heel, este era um Bryan hipócrita que atirava a Kofi o que lhe atiravam a ele e comportava-se como os corporativos que não acreditavam antes nele. Até era amigo do Vince e tudo e ambos acreditavam que ele não era material para ser Campeão.
Um toque de génio, numa storyline de underdog que podia ser apenas mais uma. E, na verdade, era uma parecida com aquela outra… Ao ponto da ironia ser uma delícia. E claro que teve que dar na épica conquista do título e enorme celebração porque essa também era a parte obrigatória para se recriar.
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