3 – Cenas a explodir
Para o bem e para o mal, quando querem sair da caixa, ocorrem storylines que realmente só dá para se fazer uma vez. Para o mal porque às vezes são más, para o mal porque pode acontecer alguma coisa que as deixe inacabadas e lá se vai o potencial que tinha. Foi o que aconteceu com aquela vez em que Vince foi pelos ares, com a sua limusine. Começar de novo? Não dava! O segmento era demasiado específico!
Coisas podem pegar fogo, sim. Perguntem ao Adam Page. Explodir? Já temos aí algo mais sério, ainda para mais um carro… Com alguém lá dentro. Uma estrela fingir a própria morte? É daquelas coisas que requer um nível de loucura que o Vince era capaz de ter para vender a todos os amigos bilionários, oferecer e distribuir por todos os empregados e ainda havia de sobrar muito. Então uma storyline de um Vince supostamente morto, à procura de um filho ilegítimo – as camadas! – após explodir a sua limusine? Com o Paul London a sorrir que nem um pateta culpado?
Tão único que foi, infelizmente, interrompido – tinha muito potencial e, mesmo assim, foi inesquecível – e quando quiseram retomar, nunca daria para partir do início. Precisamente por não dar para repetir. O angle daria numa confissão gravada de Vince de ter um filho ilegítimo que, ainda por cima, era na altura seu empregado. Isso retomaram, mas já sem o anterior alarido. Nem com o mesmo desfecho, que também já sabemos que esse foi o que foi. Portanto nem para recriar a mesma coisa dava.
Pode não ter sido completo, mas já está feito. Pode ser referenciado e parodiado – foi o “fim” que teve John Morrison no “Z! True Long Island Story,” lembram-se disso? – mas se alguém tentar algo parecido, mesmo que seja para outro trajecto completamente diferente, está mesmo a plagiar e a roubar aquela que terá sido uma das ideias mais loucas e arriscadas que podia sair de uma reunião criativa. E que nunca saberemos no que podia vir a dar, infelizmente.
2 Comentários
lista top, como sempre
Boa lista