10 Surpresas previsíveis… que a malta gostou na mesma – Top Ten #474

2 – Mega Implosão

Talvez das storylines mais significativas no reconhecimento do elemento dramático nesta modalidade. Quando muitos dos mais viris adeptos deram por si a acompanhar uma emocional novela a apimentar os confrontos físicos entre grandalhões musculados. Se calhar até largou uma lagriminha, mesmo que não o fosse confessar a ninguém.

Os Mega Powers, histórica equipa que juntou Hulk Hogan e Randy Savage, eram enormes. As duas maiores estrelas, as mais populares, claro que faziam uma grande equipa. Mas também era deitar dinheiro fora se não aproveitassem para os colocar um contra o outro. Não era só esse o factor que fazia a malta esperar que um dia a equipa fosse ao ar, havia ali mais qualquer coisa. Chamada Elizabeth. A bela e adorável esposa de Randy Savage acompanhava-os e já seria de esperar que fosse fonte de confusão. Hogan ser amigável para com ela seria o mote ideal. Savage começou a ficar demasiado protector e paranóico, sugerindo uma atitude muito agressiva para com a mulher – que pode causar algum desconforto, sabendo que ele pudesse ser mesmo assim possessivo e agressivo na vida real – e já se esperava que a panela fervesse até começar a verter.

Quando Randy lá agiu de cabeça quente e se virou ao amigo – falamos em kayfabe, logo não é preciso colocar aspas no termo – foi um momento de enorme choque, ver aquela que podia ser a maior Tag Team de sempre a não resistir. E vendia-se a incredulidade de Savage ser capaz de uma coisa dessas. Claro que era. No geral, era uma saída que se via a léguas. Ainda por cima estava a começar um novo ano, 1989, e com isso vem burburinho de Wrestlemania… Querem melhor main event do que esse para a Wrestlemania V? A “tagline” do evento até foi “The Mega Powers explode” – e eu a usar o contrário “implodir” aqui! – e Hogan retirou o WWE Championship a Savage, num combate emocional no qual Elizabeth tentou ser neutra mas só complicou ainda mais as coisas. A feud e a atitude maligna de Savage não se ficariam por aí. E história estava feita.

5 Comentários

  1. filipe12 meses

    Diria que falta Edge no Royal Rumble.

  2. A do Bully Ray dá-me sempre uma grande nostalgia. Não tenho ideia de ser assim tão óbvio que era ele o líder, eu por acaso acertei essa previsão desde o início 😛

    A história do Batista e do HHH para mim só é superada pela da Bloodline no que toca a qualidade na escrita da história. Incrível, e foi obviamente o auge da carreira do Batista (até aquela theme era incrível).

    • Sincerão12 meses

      Parei na parte que você diz que Batista e HHH é superada pelo Bloodline. Para né?

  3. Diogo12 meses

    Não sei será melhor que qualquer uma das listadas, mas lembro-me perfeitamente de ter ficado aos berros quando vi porque já se esperava há semanas e a qualquer altura ia acontecer.
    Falo de quando o Daniel Bryan “aderiu” à Wyatt Family e esteve às ordens do Bray durante umas semanas até aquele mítico Steel Cage em que ele literalmente despe o fato. Foi durante semanas que se esperava isso e a cada programa parecia que o Bryan se ia fartar mas ele lá continuava, mas era óbvio que mais cedo ou mais tarde ia acontecer e foi no pico da carreira do Bryan, penso que pré-Wrestlemania e pré-feud com Triple H.
    Tendo em conta o que aconteceu com o Bray, ainda me relembro mais deste momento porque foi só mais uma de muitas provas de que tudo o que aquele homem fazia na WWE era ouro.