5 – Owen Hart & Yokozuna
Também foi um par desencantado do nada, diga-se. Não teve propriamente grande construção. Foi uma surpresa. Yokozuna andava há um tempo sem aparecer. E Owen Hart estava agendado para lutar pelos Tag Team Championships dos Smoking Gunns na Wrestlemania XI, mas estava sozinho. Prometia um grande parceiro, que só seria revelado na altura.
E quando Owen falava num grande parceiro, era bastante literal. Entra Yokozuna e surpreende todos. Dominaram e venceram. Foram uns improváveis e surpreendentes Tag Team Champions, que afinal até resultavam. Também foi um resgate para Yokozuna, numa altura em que acontecia algo alarmante: não parava de ganhar peso. E não é que fosse propriamente um Cruiserweight antes. Mas conseguia ser atlético e demolidor na mesma. Então o resgate foi esse: andava desaparecido e tinha caído no card, tempos após ser o mais dominante Heel como um temível WWE Champion, um mero par de anos antes.
Owen também vinha de um grande momento da sua carreira. Após a Heel Turn em que se virou a Bret, andou sempre perto do topo, por vezes caçando o WWE Championship quando estava na posse do irmão. Fez coisas desprezíveis nessa feud familiar e até podíamos assumir que seria apenas uma questão de tempo até que fosse ele próprio Campeão. Não aconteceu. Também ele foi parar aqui, um pouco por falta de continuidade no seu rumo ascendente. Juntos acabavam por se manter a ambos ocupados e até entraram em conflito com “gente grande” como Diesel e Shawn Michaels, com o WWE Championship novamente à baila.
Assim que a equipa acabou, realmente ficou pouco para ambos. Owen não se viria a adaptar tão bem à nova era que se avizinhava, e confessava não apreciar muito o produto. Deram-lhe uma gimmick cómica mais apatetada, que interpretava na altura do seu trágico fim. Yokozuna… Continuou a ganhar peso e chegou a alcançar os 300kg. Saiu da companhia mesmo por falhar testes médicos. Também partiu muito cedo, como consequência de tudo isso. Puderam desfrutar desta dupla improvável, que lhes permitiu umas últimas glórias.
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Excelente como sempre!