Ainda Outubro não tinha começado e a corda cor-de-rosa já tinha feito o seu regresso. Com a corda regressaram também os laços nas lapelas, as t-shirts cor-de-rosa, os vídeos incessantes de personalidades da companhia a falarem da campanha de prevenção contra o cancro da mama, as antigas Lendas a fazerem o mesmo, assim como a presença de filas de sobreviventes nos eventos.

A parceria da WWE com a organização Susan G. Komen é mais uma vez um dos focos da programação da WWE. Esta parceria existe por duas razões. Primeiro, a organização Susan G. Komen é uma das poucas que não tem problemas em associar-se publicamente à indústria do Wrestling Profissional. Os lucros que provém desta parceria também devem ser um bom incentivo.

Segundo, tal como todas as outras organizações, a WWE quer mostrar o seu bom lado ao aliar-se ao que é, na teoria, uma boa causa. É uma questão de boa publicidade mostrar ao mundo que existe humanidade suficiente dentro da companhia para doar uma parte dos seus lucros à procura da cura para o cancro da mama. Não só de publicidade, mas de consciência também.

Por muito boas que sejam as intenções, por vezes o mais fácil é colaborar com uma causa de forma a aliviar a nossa consciência, em vez de pesquisar com cuidado a utilidade que irá ter a nossa colaboração. Susan G. Komen, como tantas outras organizações, não tem uma reputação perfeita.

Mas isso não interessa. Porque, no fim do dia, o que interessa é a boa publicidade que trás. E, para a WWE, o mais importante é que todos saibam da existência desta parceria. Isso passa por vídeos – muitos vídeos – sobre como a sua colaboração nesta campanha pela prevenção ao cancro da mama. Afinal, não acontece se a companhia não perder um pouco de tempo a congratular-se por o ter feito, não é verdade?

Opinião Feminina #203 - The Secret Behind Pink

Esta situação não só torna todo o comportamento da WWE mesquinho, infantil e irritante, como tira ainda mais valor às suas acções. Afinal, o que conta mais? Colaborar silenciosamente – ou pelo menos, de forma tolerável – com uma legítima fundação de caridade, ou promover incansavelmente a colaboração com uma fundação que tem uma reputação bastante questionável?

Mas, mais uma vez, isso não interessa. Porque se existe uma palavra para descrever os fãs da WWE, essa palavra é resistentes. Por isso, simplesmente reviramos os olhos, escrevemos uns artigos, desabafamos online e suspiramos quando vemos uma companhia que acompanhamos desde pequenos a perder horas semanalmente para se elogiar por estar a colaborar com uma organização dúbia.

Quem olha para a WWE durante o mês de Outubro fica com a ideia que a preocupação da companhia com estas causas e, particularmente, com o sexo feminino é enorme. Quem olha para a forma como retrata a sua Divisão feminina, pensa exactamente o contrário.

Quem viu o discurso de Joan Lunden na passada edição da Raw ficou movido com as suas palavras e sinceridade. Numa amostra de pura classe e dignidade, Lunden foi exactamente o que uma promoção da campanha de prevenção contra o cancro da mama deveria ser. Uma mulher retratada de forma corajosa e inspiradora.

Quem vê o tipo de personagens que as Divas da WWE percebe de imediato a discrepância entre as personalidades multidimensionais no sexo feminino que existem no mundo real e as versões repetidas que a WWE tem tendência em apresenta.

Devido à existência do Total Divas, cada vez mais as Divas têm destaque em televisão. Hoje em dia, os fãs têm o privilégio de ver várias histórias envolvendo as Divas, em vez de apenas uma, assim como podem ter a oportunidade de assistir até três combates numa edição da Raw. As Divas não têm apenas oportunidade para lutar com mais frequência, mas também para falar. Ao longo das últimas semanas, assistimos frequentemente a longos segmentos, onde Divas tinham oportunidade para falar e avançar com as suas histórias.

Tudo isto são aspectos que deveriam ser positivos, mas vamos olhar um pouco para as pessoas e personagens que estão nestes combates, nestas histórias e nestas promos.

Ultimamente, uma das Divas que tem vindo a receber mais destaque é Rosa Mendes, devido ao seu envolvimento no Total Divas. Tal como todas as Divas vilãs, também Rosa se pavoneia e mexe do cabelo para exibir a sua vilania. É uma imagem de marca. Fora isso, Rosa Mendes não mostra qualquer capacidade dentro de ringue, embora esteja empregada há oito anos pela companhia. Resumindo, Rosa não tem qualquer talento notório que justifique o seu salário. E os fãs sabem isso.

Infelizmente, esta não é a única a não justificar o seu salário e a abanar as ancas e ajeitar o cabelo exactamente da mesma forma. Eva Marie e Cameron, cada uma à sua maneira, mostra não só a sua actual incapacidade para ser útil para a Divisão neste momento, como são dois exemplos de vilãs sem qualquer credibilidade.

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Eva Marie vence um combate com um roll-up, festeja, abana as ancas, arranja o cabelo e manda um beijo para os fãs. Poucos minutos depois, quando AJ decide descarregar nela toda a sua fúria, Eva aparece no chão, agarrada à cabeça. O que é que lhe aconteceu? Boa pergunta. A minha aposta é que alguém nos bastidores lhe disse para o fazer, sem grande preocupação com a lógica dessa acção.

Já Cameron, em plena Raw, esquece-se como fazer devidamente o pin à adversária. Acredito que se tenha esquecido apenas porque já a vi tentar fazer correctamente, senão teria dúvidas.

As três são igualmente incompetentes e verdadeiras cópias umas das outras.

Layla e Summer Rae nem sempre foram amigas. Até há bem pouco tempo, ambas se odiavam e humilhavam usando leite e areia de gatos para se sujarem. Afinal, quem é que não acha piada a ver uma mulher aparecer em ringue encharcada em leite, depois de ter sido atacada nos bastidores? A razão para desavença? Um homem, Fandango.

Natalya é possivelmente a Diva melhor representada. Talentosa, trabalhadora e a história em que não conseguia controlar os próprios gases já aconteceu há demasiado tempo para usar como razão de queixa agora. No entanto, actualmente Natalya encontra-se com problemas no seu próprio matrimónio. A sua relação com Tyson Kidd, bem à semelhança do que aconteceu no NXT, está agora a ser explorada.

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Esperemos que o fã mais casual da companhia consiga perceber o talento de Tyson Kidd e que não veja como alguém que, de facto, precisa de se esconder por detrás da sua esposa. Afinal, era o facto dos fãs no NXT perceberem isso que tornava a situação ainda melhor. Aliás, esperemos que Tyson Kidd tenha a oportunidade de mostrar que não precisa de se esconder por detrás da sua esposa.

Mas, voltando a Natalya, ultimamente esta e várias outras Divas têm lutado com o único de intuito de colocar Tyson Kidd a mexer no telemóvel enquanto devia estar a assistir ao combate da esposa, algo que nunca fez antes. Ou pelo menos, recenteente. Tudo isto para causar arrufos entre o casal. Mais uma vez, mesquinhice no seu melhor.

Estas são as Divas que têm tido algum destaque. Nenhuma delas pode ser vista como exemplar ou sequer honrada. Ou são vilãs sem qualquer credibilidade e talento caracterizadas pela forma como objectivam os próprios corpos, ou estão envolvidas em assuntos mesquinhos e sem qualquer honra ou dignidade.

Tal não deveria ser razão para preocupação. Afinal, são apenas as Divas menos importantes com as histórias mais insignificantes. As histórias principais, envolvendo AJ Lee, Paige, Alicia Fox, Nikki Bella e Brie Bella deveriam ter melhores exemplos. Mas não têm.

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AJ Lee e Paige tinham o potencial de ter a melhor rivalidade feminina dos últimos anos. E ainda têm. Ambas são talentosas, carismáticas, têm um à vontade semelhante e, dentro de ringue, são dos melhores talentos que a companhia possui. Não há qualquer razão minimamente aceitável para as duas não estarem a lutar ferozmente pelo Título das Divas e a impressionar os fãs todos os meses com os seus combates, como o que tiveram no Summerslam.

No entanto, a única coisa que os fãs têm visto nos últimos meses é a forma como cada uma tenta provar que é mais louca que a outra. Jogos psicológicos atrás de jogos psicológicos. Até agora, a WWE só apresentou vilãs básicas e sem talento que usam a sua beleza a seu favor, heroínas fracas que se deixam afectar por mesquinhices e, agora, as mentalmente desequilibradas. E duas das categorias mencionadas aplicam-se a três divas, cada. Quem diz que não há variedade?

AJ Lee tornou-se a Diva mais popular por ser, aparentemente, mentalmente desequilibrada. Mas, permaneceu popular porque os fãs viram nela a criança que sonhou um dia tornar-se Diva da WWE. Viram o seu emocionante encontro com Lita e sabem que todas as palavras da sua promo no ano passado foram sentidas.

E agora vê alguém que, não só ignorou essa paixão para regressar aos jogos psicológicos, como abandonou outra Diva a meio do combate. Uma Diva que, embora estivesse a dançar, também estava a ganhar. O abandono de AJ não fez qualquer sentido.

No NXT, Paige era a anti-Diva. As semelhanças que tem com AJ era o que aumentava a ansiedade dos fãs pela sua estreia. Ambas tinham essa característica em comum. E ambas deveriam estar agora a provar o que as diferencia de todas as outras.

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Pessoalmente, gosto dos jogos psicológicos que fazem. No fundo, fazem-me rir. Mas não é nada que me vá lembrar daqui a meia-dúzia de anos e, pelas reacções dos fãs, não é nada que esteja a resultar. E ninguém parece ter qualquer preocupação com isso. É simplesmente mais fácil continuar com os jogos psicológicos e fazer o Título saltar de mãos em mãos, como se fosse uma batata quente.

Recentemente, Paige ganhou uma nova amiga, Alicia Fox que, bem à semelhança de AJ e Paige, também se tornou conhecida nos últimos meses por ser mentalmente desequilibrada. Paige vs. AJ é uma rivalidade que precisa de novos desenvolvimentos e, de preferência, criativos. Adicionar mais uma mentalmente desequilibrada à equação não é definição de criatividade.

Por fim, na rivalidade mais promovida envolvendo duas Divas dos últimos meses, temos Brie Bella e Nikki Bella. Por associação, temos também Stephanie McMahon. Teoricamente, Brie é uma heroína que foi apunhalada nas costas pela irmã. Nikki, por seu lado, é a irmã invejosa que culpa a irmã por tudo o que lhe aconteceu, sem reconhecer qualquer responsabilidade. Stephanie é chefe, controladora, vingativa e uma abusadora de poder.

É curioso como apenas uma definição corresponde à suposta realidade que a WWE constrói.

Brie, que tinha sido terrivelmente promovida antes do Summerslam (algo já debatido neste artigo), continuou exactamente na mesma situação.

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No mundo do Wrestling Profissional, há algumas regras que deveriam ser do senso comum das pessoas que têm o poder para tomar decisões, mas infelizmente parece que não são. Uma delas é bastante simples e tornou-se famosa graças a Paul Heyman: destaca-se os pontos fortes e esconde-se os fracos. É simples.

Longas promos não deveriam ser uma característica obrigatória em todas as rivalidades que a WWE considera importantes. Longas promos não deveriam ser concedidas a pessoas que não são capazes das fazer. As promos precisam de ser adaptadas às pessoas que as vão fazer. Não existe um formato ou uma receita, por assim dizer, para fazer uma rivalidade, onde todos os aspectos deveriam ser cumpridos.

Não é uma longa promo – ou várias – que torna uma rivalidade importante.

Nem Brie Bella, nem Nikki Bella são capazes das fazer ou de orientar longos segmentos de forma a promoverem, de forma bem-sucedida, a sua rivalidade. Ambas fazem o seu trabalho de forma bastante forçada e pouco convincente.

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Brie não consegue chorar, mas passou bastante tempo a tentar. As suas promos são terrivelmente ensaiadas, com péssimas falas e pautadas com o terrível hábito que esta tem de acentuar as palavras erradas, tirando qualquer poder ou impacto às suas afirmações. O seu discurso raramente é fluído ou natural. E as suas afirmações raramente são usadas para disputar as acusações da irmã. Isso e o facto do seu lema estar relacionado com o intuito de beber álcool a mais não a ajuda nada.

Como heroína, Brie Bella tem sido um péssimo exemplo e o efeito de tal na sua popularidade é notório. Pelo menos, em televisão.

Já Nikki, entende que uma promo deve ser feita entre gritos, muitos gestos e o ocasional beicinho – a sua expressão facial mais usada. Esta foi a primeira expressão que usou quando se virou contra a irmã no Summerslam.

É um facto que Nikki se revelou um pouco melhor do que se esperava. Não só ao microfone, mas dentro de ringue também, como se pode ver no Night of Champions. Não deslumbrou ninguém, mas esteve muito longe de se embaraçar e isso, na Divisão da WWE, é considerado uma vitória.

Porém, não foi boa o suficiente para salvar esta rivalidade. Pior que isso, não foi boa o suficiente para justificar o tempo dedicado a esta rivalidade. Mais uma vez, prova disso é a reacção dos fãs.

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Dizem os relatos que, nos house-shows, os fãs têm reagido bastante bem a esta rivalidade, com Brie Bella a ser bastante ovacionada. Em televisão, não é isso que vejo. Usar o “YES!” não serve como argumento. É o equivalente a dizer que alguém que usou o “What?” é popular apenas porque os fãs repetem-no. Óbvio que ninguém o vai fazer, devido às comparações com Steve Austin e porque Austin é um talento que a WWE por acaso tem interesse em proteger, mas a verdade é que ambos os cânticos são intemporais e podem ser usados em qualquer ocasião e por qualquer pessoa que irá suscitar uma reacção dos fãs. Até Stephanie já conseguiu pôr os fãs a fazer “YES!” e esta é suposto ser uma vilã.

Aliás, o exemplo mais chocante da forma como esta rivalidade tem sido um aparente fracasso foi o combate de Tag Team que ocorreu há umas semanas. Nele, Nikki e Paige enfrentaram AJ e Brie Bella. Nikki recusou-se a enfrentar a irmã, mas nos poucos segundos que esteve dentro de ringue juntamente com ela, os fãs mal reagiram.

Depois de semanas e semanas de longos segmentos a ocuparem a Raw, os fãs mal reagiram à possibilidade das irmãs finalmente lutarem. Se essa apatia continuar no combate, quando finalmente o tiverem, esta rivalidade será vista como um absoluto fracasso e o tempo gasto nela um desperdício. E todas as reacções que supostamente andam a ter nos house-shows não significarão absolutamente nada.

Das duas, a Diva mais forte – em termos de promoção – é Nikki. Pode ter motivos mesquinhos, não ser muito convincente, mas consegue ser melhor do que a irmã. Não é dizer muito, mas é alguma coisa. E, para as poucas pessoas que acompanham o Total Divas e a programação semanal da WWE, foi a irmã mais suportável nos últimos episódios. Aliás, a própria WWE fez questão de transmitir clips de episódios onde Brie, a suposta babyface, se portava deploravelmente em comparação com a irmã.

Como é que é suposto alguém identificar-se com Brie depois de tudo isto, não sei.

E por fim, resta a malvada patroa, Stephanie, cujo ego continua a impressionar.

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A sua performance no Summerslam foi impressionante, sem dúvida. A melhor performance da sua carreira. Não é dizer muito, mas esta foi bastante competente e portou-se melhor do que muitas Divas que o roster tem actualmente. Infelizmente, com a excepção de algumas, a fasquia não estava muito elevada.

Stephanie é o derradeiro exemplo de heroína que a WWE devia ter. Stephanie possui uma personalidade forte, onde não se deixar intimidar por nada, defende-se quando é preciso e expressa-se de forma segura e convincente. Além disso, é uma verdadeira mãe de família, com um casamento duradouro e um emprego sólido e de responsabilidade.

Só existe o pequeno senão de ser uma abusadora de poder condescendente que ofende todos os que não se encontram à altura dos seus padrões ou fazem a sua vontade.

O melhor exemplo feminino que a WWE apresenta é também um dos piores.

Stephanie é a vilã que ganha no fim. Stephanie tem todos os prazeres de ser uma vilã, sem a parte chata de ter de perder e ser humilhada no fim. O seu combate no Summerslam é o culminar disso mesmo. O combate que devia ter culminado com Brie Bella a vingar a sua reputação e a do marido, assim como a finalmente dar a Stephanie o que esta merece, destacou-se com os cânticos de “You still got it” para Stephanie e terminou com a sua vitória e consequente celebração com marido e filhas.

Stephanie nunca teve qualquer espécie de talento dentro de ringue, portanto gritar “You still got it” prova duas coisas. Primeiro, os fãs de Wrestling têm uma péssima memória para quem, ocasionalmente, se consegue lembrar dos mais ínfimos detalhes de situações que aconteceram há anos atrás.

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Segundo, o combate estava a falhar no seu suposto objectivo. Stephanie estava a tornar-se mais popular com o seu competente trabalho, do que Brie Bella. Brie não era só a heroína do combate, mas também era a lutadora. Não digo que Stephanie não fosse competente, mas certamente não é suposto uma lutadora ocasional ofuscar o trabalho de uma lutadora supostamente experiente com uma carreira de anos. É verdade que, por esta altura, Brie deveria ser muito melhor e deveria ter dado muito mais para impressionar os fãs.

As questões que se colocam agora são: quem é que delineou o combate nos bastidores e quem é que teve influência na decisão? Foi a adulação que Stephanie recebeu um mero acaso, dado o seu esforço e dedicação, ou algo para o qual as pessoas trabalharam para receber?

Porque se foi a primeira opção, então Stephanie passou de melhor vilã da actualidade para pior, pois o seu trabalho é tornar Brie uma heroína mais forte, não receber a adulação como forma de escapar à derrota. Se foi a segunda opção, então penso que não há nada a dizer. O ego é fácil de alimentar quando se tem poder para o fazer.

De forma intencional ou não, o combate serviu única e exclusivamente para promover Stephanie e lhe conceder o seu momento ao sol. Esta treinou arduamente para o combate, deu o seu melhor, venceu e, basicamente, teve o seu momento. O que é que isto alcançou para a Divisão? Nada. O que é que isto alcançou para qualquer personalidade cujo nome não é Stephanie McMahon? Nada. Mas felizmente, as filhas dela viram-na vencer um combate de forma confiante. É o que interessa.

Estamos em Outubro. O cor-de-rosa regressou, assim como a enorme preocupação com as doenças que atormentam o público feminino. Muito dinheiro é doado a fundações que só vão usar uma pequeníssima percentagem na procura da cura, que por sua vez é feita diariamente por grandes companhias farmacêuticas que esperam lucrar bastante com a mesma, com ou sem o nosso incentivo monetário.

Personalidades de cinquenta e sessenta anos com mais cirurgias plásticas que bom senso têm a oportunidade de promover o seu vinho, enquanto fazem figuras tristes em televisão. E mais celebridades estão para vir! Porque é assim que se luta o cancro da mama!

Não é dar ao público feminino uma heroína digna, forte, com personalidade e moral, paixão e dedicação, que possa inspirar as pessoas na terrível luta que têm de lutar todos os dias. Uma versão feminina de John Cena e do seu trabalho para a Make-a-Wish. Afinal, este é o herói com que aquelas crianças sonham.

Mas sim, em dar a toda a gente uma razão para perguntarem porque é que ainda perdem tempo com tanta palhaçada. Mas isso não interessa. O que interessa, é que os bolsos estão mais leves e a consciência está tranquila. E assim, podem todos dormir à noite descansados com o saber que ajudaram alguém. Ou não.

Desejo uma excelente semana a todos e até à próxima edição!

Opinião Feminina #203 - The Secret Behind Pink

26 Comentários

  1. Parabéns pelo excelente artigo como sempre!

  2. MicaelDuarte9 anos

    Excelente artigo. Estou absolutamente de acordo com tudo aquilo que disseste.

  3. DiogoCastanho9 anos

    Bom, grande, extenso e exelente são palavras que se adequam a esta artigo

  4. # Excelente artigo, mais um como nos tens habituado, é realmente longo, mas valeu o tempo que “perdi” a lê-lo, brutal, e acho que tens razão em tudo que disseste, os teus artigos melhoram a cada semana, continua assim, os meus Parabéns.

    Subscrevo, a WWE faz bem em se associar a estas organizações, promove-las e ajudar, mas não é necessário todo este alarido para lutar por uma boa causa, isto é mais show-off que outra coisa, a WWE deve agir e fazer alguma publicidade à campanha, mas cordas cor-de-rosa, vídeos e mais vídeos, vários combates de “Divas” sem interesse, várias entrevistas e segmentos, etc, etc, uma empresa/pessoa que quer ajudar e contribuir para uma boa causa não precisa de se pavonear com isso, portanto acredito que a maioria das pessoas na WWE estejam a pensar nesta boa causa e em ajudar, mas também há o interesse em NÚMEROS e publicidade em grande parte, o que é lamentável.
    Depois as “Divas” são desrespeitadas todo o ano e depois em Outubro são aproveitadas como nunca e parece que são o maior interesse da companhia, têm mais protagonismo e há mais combates nos shows, mas as mais importantes como AJ, Paige e outras, continuam na mesma com feuds secantes e aborrecidas, a partir de Outubro voltamos ao “normal”, isso é triste, mas enfim.
    Mas pondo lado-a-lado a divisão feminina e esta boa causa, como é possível entender??? a maioria das “Divas” não passam de mulheres fúteis, com feuds insignificantes, e temas ridículos e mesquinhos (é assim que são retratadas), quando a causa em questão é nobre e digna, não faz qualquer sentido.

    A feud Tyson Kidd/Natalya, é simplesmente estúpida, anda o Kidd a lutar no NXT durante uns tempos, onde demonstrou todo o seu valor, recuperou credibilidade e popularidade, e depois quando é chamado ao Main-Roster e os fãs pensam que ele pode voltar à ribalta e ter um “push” a sério, anda numa feud onde se esconde atrás da mulher nos combates e quando não está a lutar utiliza os seus phones e telemóvel para jogar ou sei lá o quê, e estar distraído de um combate de “Divas”, What the hell?! agora o “Total Divas” é mais importante que o Kidd, é uma estupidez.

    A feud entre a AJ e Paige é outra que não faz qualquer sentido e interesse é quase ZERO, se a Paige não fosse a minha “Diva” favorita, eu até deixava de acompanhar a feud, são duas “Divas” cheias de talento e potencial a todos os níveis, que têm química, mas que andam à nora, primeiro eram melhores amigas e quase foram lésbicas num amor louco, agora são apenas inimigas que estão a medir o nível de “louquisse” que conseguem atingir e tentar superar-se uma à outra nesse aspecto, jogos psicológicos e pouco mais, e olhando para feuds como Trish vs Lita e outras, esta não passa de um disparate e em nada dignifica a divisão e podia com duas “Divas” deste calibre, patético por parte da WWE, que nem sabem o que fazer com o titulo das Divas.
    Tinha tudo para ser uma feud épica e que era aguardada lá isso era, mas a mim desiludiu-me e continua a desiludir, mas a culpa é inteiramente da WWE.

    Não tenho nada a dizer sobre a feud das Bellas, já deixei de me interessar, vejo e tal, mas não me puxa atenção, quem é que quer saber da história de vida das Bellas e que ainda por cima é mesquinha… e basta ver os combates delas ou que sejam intervenientes, os fãs começam a cantar outros nomes e até o Michael Cole já veio à deriva, isso fala por tudo, e acrescento que a theme de entrada da Brie Bella é horrível.

    Quanto a Stephanie, longe de ter sido uma lutadora a full-time, consegue ser superior à sua adversária que é uma “Diva” do roster e consegue ter o apoio do público quando é uma suposta vilã, isso demonstra o ego dela e demonstra que a adversário é bastante limitada e ninguém quer saber dela, é a minha visão, mas concordo contigo que a Brie Bella deveria ter vencido e até humilhado de certa forma a Stephanie, e depois a irmã poderia vir festejar com ela e aí sim ataca-la e traí-la, a Brie sairia muito mais credibilizada, mas o que interessa é alimentar o ego e não dar destaque à divisão feminina, enfim.

    It´s all about the MONEY and the NUMBERS, o que é triste e em nada dignifica esta causa honrosa e caridosa.

    # Como sempre um bom trabalho Salgado. 🙂

    • Nem falei na Rosa Mendes, Eva Marie e Cameron, esqueci-me, mas até calhou bem porquê elas nem merecem ser mencionadas, só estão na WWE pelos atributos físicos e com outros interesses da empresa, em termos de Wrestling e Entretenimento são… ZERO, ZERO e mais ZERO, nada mais a dizer.

    • Muito obrigado 🙂 Pois, de X em X edições excedo-me sempre um bocadinho 😛

      Não passa mesmo disso, de um show-off.

      Eu percebo porque a WWE implementou copiou a história do NXT para o roster principal, afinal funcionou às mil maravilhas e deu uma nova dimensão a Tyson Kidd. O problema é que no NXT, a audiência era constituída por um tipo de fãs que compreende e conhece o talento de Tyson Kidd, ou seja, entravam na brincadeira, mas sabiam perfeitamente o que este valia. O que permitia que este lutasse várias vezes pelo Título e estivesse em histórias de main-event.

      No roster principal, não sei se a WWE consegue construir isto de forma a que Tyson Kidd não veja a sua credibilidade prejudicada junto do fã casual que não é tão familiar com o talento de Kidd quanto os outros. Como é que se evita isto? Dá-se a Tyson Kidd quinze minutos na Raw com, por exemplo, o campeão Intercontinental ou de Estados Unidos (visto que ninguém espera que este desafie Brock Lesnar). Este que exiba as suas capacidades e, no fim, recorra à esposa para tentar vencer.

      Senão, ele não passa mesmo de apenas mais um que ninguém conhece e não vale nada.

      Muito obrigado 🙂

      Não há mal, elas não têm muita importância 😛

      • Não tens de quê, e não importa o tamanho do artigo, a qualidade é o mais importante e é isso que cativa o leitor, e os teus artigos são excelentes, continua assim.

        Exactamente, subscrevo o que dizes do Kidd, na NXT até funciona, mas no Main-Roster só com combates de 15 minutos ou assim que sejam de qualidade e com adversários dignos, mesmo que no fim tente vencer com a ajuda da Natalya, é que ele pode ser credível e os fãs acreditarem no seu talento, os mais distraídos é claro, concordo a 100%.

        Realmente elas não têm importância nenhuma, presumo que não faça diferença a menção ou não. 😀

        Mais uma vez um bom trabalho, desejo-te uma excelente semana e até ao próximo artigo. 🙂

  5. Galloway9 anos

    Bom artigo mais uma vez, Salgado.

    Também acho que a forma como a WWE se auto-elogia por estar com a Susan G. Komen é excessiva, concordo nesse aspecto.

    Já agora, porque é que esta não tem uma reputação perfeita? Confesso que não conhecia esta entidade.

    Quanto às Divas do roster, tenho a mesma opinião, basicamente.

    Rosa Mendes, Eva Marie e Cameron nem deviam estar na WWE. São horríveis, não acrescentam nada, e se lá estão por causa da “novela”, que a vão fazer para outro lado.

    Tenho pena que a Natalya também lá esteja envolvida, porque é a Diva de que mais gosto, a par com a Paige. Devia estar a lutar pelo título, wrestling para isso ela tem, mas infelizmente não anda. A história com o Kidd está mais que vista, principalmente para quem a seguiu na NXT, mas com a ida deste para o main-roster, compreende-se que seja feita de novo. Espero é que não fique a ser conhecido de novo como “Nattie’s husband”. É um excelente wrestler.

    O resto do roster de Divas para mim, resume-se a AJ, Paige, Emma e Naomi, nas quais vejo talento, para além da Natalya. Infelizmente anda-se a dar tempo a mais de TV à Fox, e às Bellas. Não desgosto da Brie, acho que até não se safa mal dentro do ringue, um pouco melhor que a Nikki, mas como está a ser bookada à Bryan (não é uma crítica), acaba por não mostrar tudo o que sabe.

    O acting das Bellas é horrível, isso ficou provado desde o dia 1 desta esperada feud, que só quero que acabe depressa.

    Quanto à Steph, achei ridículo ela ganhar no SummerSlam, até porque o combate nem foi grande coisa, e achei desnecessário, como ela nem lutou assim muito como foi dito, nunca o fez e não foi no seu primeiro combate depois de 10 anos que o iria começar a fazer. Foi para alimentar o seu ego McMahon, já se sabe, nada mais que isso.

    Quanto ao que realmente interessa, a feud AJ/Paige, não sabem bem o que andam a fazer.

    Constantes mudanças de campeãs não as ajuda em nada. Ora uma, ora outra, ora uma loucura de uma, ora outra loucura de outra e não saimos disto. Deixem-nas lutar, pura e simplesmente. Dêem-lhes 10 minutos, nem peço mais, num combate a sério. É disso que elas precisam.

    O booking da AJ é repetido, a maluca que sempre foi e tal. O da Paige é só ridículo. Quem a conhece da NXT estranhou a forma como foi apresentada pela primeira vez. Enquanto a AJ esteve de férias, defendeu o título sempre da mesma maneira: levava porrada de todas e no fim ganhava.

    Não se mostrava, não a deixavam. Depois, quando AJ volta, perde o título da forma como o ganhou. Sem sentido. Vira heel, e continua a não mostrar aquilo que sabe, na minha opinião, embora a prefira como heel, mas desde que lute como o fazia na NXT. A AJ como face também não me convence, parece que toda a gente se esqueceu que ela era heel quando foi de férias, deve ser por causa do Punk com certeza.

    Mas pronto, em suma, pode-se dizer que para quem quer dar o seu apoio e destaque à luta das mulheres numa fase complicada das suas vezes, a WWE acaba por fazer o contrário na sua divisão de Divas.

    • Se me permites responder ao teu comentário, não fui eu que fiz o artigo, mas li o teu comentário e não concordo com a parte da Alicia Fox, para mim é uma “Diva” com talento nos vários aspectos, mas a WWE nunca a aproveitou da melhor maneira e a tratou com o devido respeito, mas acho que está ao nível das melhores do roster (atrás de AJ e Paige) e acho que está longe de ser uma prescindível, mas lá está, é apenas a minha opinião, vale o que vale.

      🙂

      • Galloway9 anos

        Já foi campeã, mas se há quem tenha culpa de haver opiniões como a minha é quem a booka assim.

        Andar aos berros e a fazer de maluca já deu o que tinha a dar.

        Ainda para mais, agora é amiga da Paige quando antes, no inicio desta, perdeu com ela umas quantas vezes e atacava-a depois dos combates.

    • Foxymania9 anos

      Discordo com a parte da alicia fox pois ela tem bastante talento só que a WWE não soube usa-la da melhor maneira.

    • Obrigado 🙂

      Pelas pesquisas que fiz, tem fama de usar apenas uma pequena percentagem para a pesquisa da cura do cancro e os restantes lucros são usados de outra forma.

      A questão com Stephanie, é que esta foi a estrela do combate. O combate não foi super magnífico, mas para o que se esperava com as pessoas que tinha, surpreendeu pela competência. A Brie era a sua adversária, mas podia ter sido outra qualquer e isso é que é o problema.

  6. Um dos teus melhores artigos, Salgado. Incrível como continuas a conseguir superar-te com o passar do tempo. És a versão feminina do Cody Rhodes, mas mais credível aos olhos dos teus fãs do que ele 😀

    Em relação à Divisão de Divas, subscrevo tudo o que disseste. Eva Marie, Cameron e Rosa Mendes são completas inúteis para uma empresa de Wrestling. A Eva consegue ser um pouco carismática, mas aquele episódio em que aparece agarrada à cabeça, no chão, mostra o talento que ela tem e o esforço que a WWE pretende fazer em disfarçar a sua mediocridade.

    A Natalya podia ser aquela lutadora séria, de poucas palavras, que apenas quer lutar e dar bons combates, ajudando a que novas lutadoras (talentosas) fossem credibilizadas e construíssem uma carreira decente na companhia. A realidade é outra: está envolvida numa história de novela que, a mim, não me interessa minimamente. Mas é o “poder” e a relevância que aquele “reality”-show tem na WWE hoje em dia. Nunca pensei que chegassem a este ponto… É a isto que se chama “evolução”?

    Quanto às Bellas, a Nikki tem-me surpreendido pela positiva. Tanto dentro de ringue (sobretudo neste aspecto), como, de vez em quando, nas suas “promos”, desde que estas não sejam muito longas, como tu muito bem apontaste. A Brie, que eu acredito que seja melhor pessoa, mais esforçada e mais trabalhadora (embora a mulher bêbada não seja o meu tipo) do que a irmão, não tem ponta por onde se lhe pegue e nem acredito que a cheguei a elogiar naquele episódio em que o Kane a aterrorizou, e ao Daniel Bryan. Muito má actriz, medíocre em ringue, zero de carisma. Fraquíssima.

    Por fim, as duas únicas mulheres que me interessam neste momento, naquela divisão. Estou a gostar da rivalidade entre a Paige e a AJ, sobretudo porque, para além do talento óbvio que ambas possuem, nota-se um esforço por parte delas em fazer com que isto resulte.

    Acho bem que se tente mostrar o lado mais desequilibrado delas. Se elas têm essa capacidade, então força nisso. O problema é que tem sido um pouco confuso o que nos têm mostrado, mais por culpa das decisões que a WWE toma, do que delas.

    Não acho que não tenha feito sentido a AJ abandonar a Emma – e talvez seja este o único ponto deste artigo em que discordo da tua opinião -, uma vez que, julgo eu, a intenção da WWE era mostrar que a Paige está a conseguir mexer com a AJ e este quer provar que isso não acontece, mostrando ser melhor do que ela em ringue e querendo vencê-la. Se a Emma não estava para aí virada e estava a exagerar na danças – mesmo estando por cima no combate -, achei perfeitamente legítimo que a AJ a abandonasse, como quem diz “não estou aqui para isto”. Não acho que a “promo” que fez há um ano tenha que ser comparada com este episódio.

    Boa semana para ti e continua com este trabalho fantástico.

    • Muito obrigado, Daniel 🙂 Ahaha ainda bem, assim não preciso de começar a inventar e a sacar da tinta dourada 😛

      Bem, antes do Total Divas, a Natalya andava com a história dos gases, portanto não sei se o programa tem toda a culpa pela situação que se encontra.

      Dentro de ringue, ninguém esperava o que a Nikki conseguiu fazer no Night of Champions. Toda a gente esperava que ela se embaraçasse e não o fez, mas lá está, a surpresa esteve toda no facto desta não se ter envergonhado por completo. A fasquia da qualidade está tão baixa que chega a ser deprimente.

      Tal como disse, eu gosto dos jogos psicológicos, mas a verdade é que não estão a ajudar nenhuma das duas e a maioria dos fãs não está a levar a situação a sério. O facto de não ter a melhor execução também prejudica a rivalidade em muito.

      Acho que o objectivo da WWE era mesmo mostrar que, ao contrário de Paige, a AJ não tem amigos. Tem sido isso que, pelo menos, a AJ tem defendido. Agora, o que é que isso tem a ver com um combate de Tag Team? A AJ nunca teve amigos, mas sempre combateu e nunca precisou de abandonar ninguém. Esta versão de AJ não é propriamente uma novidade.

      Muito obrigado 🙂

  7. Excelente artigo !

    Na minha opinião, o que vemos hoje em dia na divisão das divas é um total reflexo da forma que elas são tratadas, como querem ver bom combates entre Cameron, Eva Marie e Rosa Mendes com apenas 3 minutos nos show principais. Gostei muito do que vi em Cameron em seu combate com Naomi no ultimo Superstars, foi o melhor combate que vi dela, Rosa Mendes também ja fez um bom combate contra Naomi também num Superstars em Julho e segundo relatos, Eva Marie tem vindo a se sair muito bem em House Shows.

    Estou gostando da feud entre AJ e Paige, claro que não é o que todos nós esperávamos, mas só de haver uma boa feud de Divas ja é motivo para comemorar. Quando Paige estreou no roster como uma “face” horrível, tive medo dos oficiais da WWE perderem as esperanças nela, mas este “heel turn” lhe assentou como uma luva, AJ dispença comentários por ser perfeita e a inclusão da Fox na feud também a torna interessante, afinal, são as 3 loucas da divisão.

    A feud das Bellas é mediana, as duas se saem muito bem em ringue, só é uma pena serem fracas em promos. Tenho grandes expectativas para o combate delas no Hell In A Cell, só espero que não façam as pazes depois…

    Quanto a Natalya, bem…, ao menos está fazendo alguma coisa, visto que a 2 anos atrás estava peidando por aí.

    • Obrigado 🙂

      Não duvido que seja.

      Eventualmente terão de fazer, penso eu, mas não acho que seja para já.

      Exacto.

  8. Mafi9 anos

    Eu gostei muito deste artigo, acho que foi um dos melhores até agora! 🙂
    Eu já tinha ouvido falar que esta fundação não era assim tão cor-de-rosa como a sua imagem mas nunca pesquisei sobre as polémicas em que está envolvida..

    Nunca gostei de aqueles que fazem caridade e adoram mostrar que o fazem. Para mim é mais nobre ajudar sem tanta exposição (ou até anonimamente) do que fazer uma grande festa à volta disso (não falo agora na WWE, mas em termos gerais). Mas compreendo que a WWE queira mostrar como é tão solidária com estas causas, fica-lhes bem sim mas depois cria-se um paradoxo enorme quando a empresa não liga nenhuma ao talento feminino que trabalha lá todos os dias do ano e não só em Outubro.

    Das 3 divas menos talentosas a minha preferida até é a Eva. A Rosa Mendes teve alguns combates decentes na FCW, não sei como é que agora é horrível, em vez de ter evoluído, foi ao contrário. A Cameron é irritante mas a verdade é que tmb só teve 3 meses a treinar, está muito melhor agora, se continuar assim, não é mau. Quanto aquela situação da Eva de há uns tempos, foi cómica e parva ao mesmo tempo mas não duvido que ela tivesse a seguir o que lhe disseram para fazer. Para mim a Eva até se destaca bem devido à sua imagem, tem é de evoluir drasticamente. Também é das divas que cria mais heat, mesmo que seja ‘x-pac heat’, numa divisão onde há zero de reacções do público para 99% das divas, ser vaiada até é bom!

    Engraçado que falas no Fandango, onde anda ele? :O este é que foi mesmo prejudicado pela ‘feud’ entre a Summer e a Layla. Eu não gostei quando elas andaram em catfights pelo Fandango, odeio que representem as divas desse jeito.
    Eu até gostei deste ângulo da Natalya e do Kidd no NXT mas não estou para um replay agora na RAW.

    Eu até estava a gostar bastante da feud entre as Bellas, tinha o seu sentido mas morreu antes de elas terem o seu primeiro combate…enfim. Quanto à feud entre a AJ e a Paige, já há algum tempo que desisti de perceber. Então em Junho, a Alicia Fox tornou-se louca por causa da Paige, porque estava sempre a perder contra ela e agora é amiga? Enfim. Quanto à situação da AJ abandonar a Emma, eu acho que até fez sentido. Depois pelo que vi no segmento da WWE app, estão a dar a entender que a AJ não tem amigos, apenas o título, o que lhe sobra neste mundo é só o título, acho que é por essa linha que querem seguir.

    A Stephanie como heel é excelente mas não conseguiu meter a Brie over como se queria, apresentá-la como uma adversária à altura. É pena, a divisão precisa de mais divas que os fãs apoiem. Tal como tu, não duvido que o ego dos McMahons tenha falado mais alto que o que era melhor em termos de booking e por isso vimos a vitória da Stephanie sobre a Brie.

    A divisão será sempre inconstante..por agora interessa a promoção da fundação, depois em Novembro volta tudo ao mesmo e até ao final do ano não vejo grandes desenvolvimentos. Acho que vão arrastar ambas as feuds até ao máximo ou até alguém de novo subir do NXT.

    Resto de bom fim de semana 😉

    • Mafi,

      Estive a pensar, a AJ está a ser promovida como se não tivesse amigos e só o titulo, exacto, mas e se depois de algumas tentativas de parceiras fosse a Charlotte a estrear-se no Main-Roster como face e fosse uma aliada especial da AJ, até seria interessante, a meu ver.

      Que achas???

    • Ainda bem, muito obrigado 🙂

      Pessoalmente, acho que tira por completo o valor por detrás dessa acção. Dar dinheiro a uma fundação, sem verificar se será usado com o intuito certo e apenas para depois fazer um grande circo à volta de como se fez uma boa causa, é uma atitude bastante triste e mesquinha. Pelo menos, na minha opinião.

      Das 3, também gosto mais da Eva, mas ela precisa de melhorar e depressa.

      O problema é que o replay não está a ser feito nas mesmas condições e duvido que a WWE faça as adaptações necessárias para que seja um sucesso.

      Um resto de boa semana 🙂

  9. Artigo Fantástico, nada a acrescentar.

  10. Excelente artigo. Concordo com tudo.

  11. Luís Ziggler9 anos

    Quando ouço falar que o HHH tem dado atenção ao que os fans escrevem na net, pergunto-me: E se estes artigos fossem em inglês e num dos sites que ele (ou quem procura por ele) lê? De certeza que teriam efeito, porque é tão estupidamente claro tudo o que está aqui descrito que não há volta a dar, por mais ego e confiança que eles tenham =)