Olá a todos e sejam muito bem-vindos a mais uma edição do “The Bottom Line”. Na edição desta semana, irei apresentar um novo capitulo da minha fase como mark, onde assistia Wrestling todas as semanas na televisão por cabo. Para quem não percebeu ainda, o meu objectivo é partilhar com vocês algumas das minhas histórias como “wrestling mark”, que durou desde o momento onde comecei a ver wrestling (Novembro de 2004), até ao momento onde comecei a ter acesso á Internet com regularidade (Finais de 2009). Irei dar a entender como eu via wrestlers, certos programas e wrestling em geral durante esta fase, comparando o que eu pensava na altura, com o que eu penso agora.

No capítulo de hoje, irei analisar uma das minhas SmackDowns preferidas de 2005. Aconteceu a 30 de Junho desse ano, 2 meses após a a última SmackDown que analisei. Lembro-me de adorar esta SmackDown e mais à frente já vão perceber o porquê. Nesta altura, a Wrestlemania já era distante e a SmackDown começava a construir as suas principais rivalidades do Verão. Muita coisa mudou nestes 2 meses. A maior mudança delas todas é o facto de John Cena, campeão da WWE, se ter mudado para a Raw graças ao WWE Draft, deixando a SmackDown sem campeão. Outras mudanças importantes ocorreram, mas irei falar delas ao longo da análise. Com a SmackDown sem campeão, o GM da Brand Azul, Teddy Long, anuncia que iria ocorrer um 6-Man Elimination Match para decidir o novo campeão da SmackDown. É anunciado que os wrestlers presentes neste combate serão JBL, Booker T, Big Show, Chris Benoit e Muhammed Hassan (que se mudaram para a SmackDown graças ao Draft) e Undertaker. Lembro-me de estar bastante entusiasmado com este combate. Tantos wrestlers num só combate e era de eliminação. Quem será que se tornou o novo campeão e como me senti eu?  É isso que iremos analisar hoje, na SmackDown de 30 de Junho de 2005.  De referir que esta é a primeira vez que vejo esta SmackDown em 10 anos, por isso será interessante descobrir se a qualidade sempre lá esteve.

The Bottom Line #77 – Wrestling Nostalgia (6)

Esta SmackDown começa com Muhammed Hassan, um dos participantes do Elimination Match, a vir até ao ringue, acompanhado pelo seu manager Daivari. Neste momento, a estrela de Hassan está a começar a diminuir, mas este continua com as boas promos. Hassan está no ringue, com o objectivo de trazer uma mensagem anti-celebração do dia da Independência. Ele diz que um não se sente livre, num país que lhe olha com desprezo para qualquer lado onde vá. Depois, começa a falar com Main Event e acaba por ser interrompido por Undertaker, que entra dentro do ringue. Hassan diz a Taker que ele venceu todos durante a sua longa carreira, menos ele. Daivari após estás palavras ataca por trás Taker com uma cadeira, mas este não se sente magoado e ataca-o com um Chokeslam, enquanto Hassan foge. Bom segmento para começar o programa, não tendo muitas memórias ao ver isto. Mas claramente adorava o Undertaker e odiava o Hassan.

O nosso primeiro combate da noite é pelo título Cruiseweight, onde o campeão Paul London defronta Chavo Guerrero. Curiosamente, a última SmackDown onde fiz análise, este combate também ocorreu, mas foi uma desilusão. Vamos ver se isto melhora, pois são os dois grandes talentos. O combate não dura muito, tendo quase 4 minutos, pois os Mexicools, nova Stable na SmackDown, interrompem o combate e atacam os dois cruiseweights. Não só isso, mas o grupo também ataca o árbitro e o árbitro da campainha. O grupo pega no microfone e apresentam-se. Os três membros, para quem ainda não sabe, são Super Crazy, antigo lutador da ECW, Psicozys, antigo wrestler da ECW e WCW e Juventudd Guerrera, antigo lutador da WCW. Os 3 prometem que estão na SmackDown para provocar uma revolução. Eu acho que isto foi um bom segmento, mas que acaba por significar nada. Gosto do facto destes 3 homens não só atacarem os wrestlers do combate, mas também os árbitros, pois é uma coisa que não se costuma ver. Porém, os Mexicools eram uma Gimmick que estereotipava os Mexicanos e nunca foi a lado nenhum. Mas é bom ver  mais 3 talentosos wrestlers na divisão Cruiseweight. Engraçado, pois eu não me lembrava da stable ter começado com Heel.

The Bottom Line #77 – Wrestling Nostalgia (6)

Temos um Recap do que aconteceu na passada SmackDown. Ao que parece, Eddie Guerrero continua a sua rivalidade com Rey Mysterio, com Rey a vencer todos os combates que aconteceram até á data. A história é que Eddie não consegue vencer Rey e  isso está a o deixar cada vez mais louco. Eddie diz que tem revelações e que Rey o irá implorar para não as revelar.

Partimos agora para outro segmento no backstage, onde Melina se prepara para o seu primeiro combate da sua carreira na SmackDown, ao enfrentar Michelle McCool. Nitro e Mercury ainda são campeões de Tag Team nesta altura. Ok parece que temos combate de Divas. Vamos lá a isto. Para ser sincero, Melina e Michelle McCool eram 2 das Divas mais atraentes na WWE nesta altura.

E sem grandes demoras, o combate de Divas começa de seguida. Entrada da Melina 5 estrelas, para quem realmente sabe daquilo que eu estou a falar. O combate não é lá grande coisa. É curto, durando cerca de 2 minutos. Melina ganha ao apoiar-se nas cordas. Após o combate, os MNM aplicam o seu finisher em Michelle McCool (bela maneira de causar heat).

The Bottom Line #77 – Wrestling Nostalgia (6)

Agora temos um dos grandes destaques da noite, um segmento com Eddie Guerrero. Este vem até ao ringue, com grande heat de Heel. Eddie era perfeito quer fosse Heel, quer fosse Face. Ele pega no microfone e diz que todos os fãs provavelmente pensam que ele é um perdedor, por ter perdido o combate contra o Mysterio na semana passada. Ele diz que todos estão enganados e que é um vencedor em tudo, especialmente na vida. Ele diz que esteve numa jornada e que filmou umas coisas interessantes. Eddie então mostra ele próprio num parque para crianças, onde ao que parece, este está a tomar conta do filho de Rey, Dominic. Eddie começa a falar para a camera e pergunta ao Rey se o seu filho gosta de histórias para dormir. Eddie chama Dominic e oferece-lhe alguns doces e faz-lhe a pergunta. Dominic diz que sim, e Eddie afirma que lhe irá contar a maior história para dormir de sempre. Dominic abraça Eddie e as filmagens acabam. Antes de continuar esta análise, devo dizer que este segmento faz o Eddie parecer um Pedófilo. É tão estranho o facto de eles terem mostrado isto em televisão. Após a passagem do filme, Eddie ameaça revelar tudo. Rey finalmente aparece e pede a Eddie para não o fazer. Guerrero empurra Mysterio e pede a Rey para implorar. Rey faz isso e põem-se de joelhos. Eddie diz que ele é o vencedor e que sempre iria ganhar, não importa como. Eddie começa a mastigar um pouco de doces, que acaba por tirar da boca e atirar á cara de Rey. Eddie sai do ringue e o segmento acaba.

Foi um segmento muito estranho, mas que dava uma nova intriga ao que tinha até então sido uma grande rivalidade. O problema é que a WWE arruinou esta Storyline. Como? O grande segredo era que Dominic era na realidade filho de Eddie e que este o entregou a Rey, pois a mulher do último não conseguia ter filhos. E  é idiota, pois todos sabem que olhando para a cara de Dominic, este parece-se totalmente com Rey. E porquê tornar uma grande rivalidade num momento de telenovela? Apesar das minhas criticas, devo dizer que quando tinha 10 anos, achava a história um máximo. Mas isso apenas aconteceu pois eu não sabia melhor. Bom segmento de qualquer das formas. Estranho, mas bom.

The Bottom Line #77 – Wrestling Nostalgia (6)

Agora é altura do Main Event. O que me surpreendeu é o facto deste combate ocorrer já, quando ainda só decorreu metade do tempo de programa. Todos os wrestlers fazem a sua entrada excepto o Big Show. Teddy Long aparece e diz que após o Big Show ter ido para a Raw devido ao Draft, ele encontrou um substituto. Essa pessoa não é nada mais, nada menos que Christian, que se mudou para a SmackDown atráves do Draft. Assim o combate pode finalmente começar. Lembro-me de estar a torcer muito para que Undertaker ganha-se o combate. Após 13 minutos de bom combate, o Undertaker desqualifica-se ao atingir Hassan com uma cadeira. Hassan, ao que parece, também acaba por ser removido do combate, pois foge para o backstage. Infelizmente, esta é um das últimas aparições de Hassan. Ao que parece, a sua personagem estava a tornar-se cada vez mais controversa e a WWE tirou-o da televisão por completo. Ok, com o Taker eliminado, eu tinha que procurar um novo wrestler para apoiar. Agora queria que o Benoit ganha-se.  O combate fica agora melhor, pois Booker T e Benoit defrontam-se entre si durante a maior parte do tempo. Porém, largos minutos depois, JBL atinge Benoit com um DDT e elimina-o. Com o Chris eliminado, começava a torcer para que Booker T vence-se. Mas Christian estraga-me os planos e elimina Booker. Christian demora muito tempo a festejar, e JBL atinge-o com o seu finisher para vencer o combate. Eu lembro-me na altura de estar bastante irritado. O JBL tinha feito das suas novamente e era campeão novamente. Porém, algo aconteceu que mudou tudo.

Teddy Long aparece. Ele diz que tem boas e más notícias. As más é que JBL não é o campeão. As boas é que ele se tornou no novo nº1 Contender ao título do homem que ele vai apresentar de seguida. Esse homem é o campeão Mundial Batista, que ao que parece veio da Raw, atráves do Draft. O público enlouquece e eu também. Lembro-me de ficar super feliz, não só porque o JBL não era o campeão, mas pelo meu lutador preferido na altura, estar agora na SmackDown como campeão. Um combate muito bom, que durou 44 minutos, tirando metade do programa. Uma bela maneira de fechar uma grande SmackDown.

The Bottom Line #77 – Wrestling Nostalgia (6)

De uma maneira geral, foi uma SmackDown bastante bom, tal como eu me lembrava.  Isto deve-se ao Main Event e momentos finais do programa, bem como segmento entre o Eddie e Rey. É bom ver mais wrestling do que não-wrestling num programa da WWE. O segmento de Hassan também foi bom e os dos Mexicools foi razóavel. Não considero que este show tenha coisa negativas, pois até o menos espectacular, não ocupou muito tempo de antena (combate de divas). Espero que tenham gostado do artigo desta semana. Digam se gostaram ou não. Se gostaram, adorava saber a vossa opinião sobre esta SmackDown. Se não gostaram, mas gostavam de dar sugestões no que melhorar, estejam á vontade. Até á próxima!

3 Comentários

  1. Excelente continuação da série, Rúben!

    Não vi esse Smackdown completo, tendo somente visto algumas partes. Ainda era apenas um ‘mark’ e gostei bastante de alguns segmentos: A storyline entre Eddie e Mysterio, que apesar de não ter sentido (como o combate pela guarda do Dominic, que seria um problema judicial), ficou bom pelo ótimo papel desempenhado pelos participantes;

    O debut dos Mexicools também foi bom, na minha opinião, e quando eles entraram com a máquina de cortar grama foi um ótimo momento. O Main Event eu não cheguei a ver, mas a julgar pelos comentários que vi, deve ter sido bom.

  2. Excelente artigo,Ruben.
    Pelo que contaste,foi um otimo smackdown(pena hoje em dia não haver smackdowns
    bons e interessantes), as saudades que eu tenho de um bom smackdown,velhos tempos.
    Quando falaste no main event de apoiares o taker,eu quando via os combates dele torcia sempre por ele,era o meu favorito.

    Continua com o teu excelente trabalho!!

  3. Lembro-me perfeitamente desse Smackdown,o melhor de tudo foi a reacção do Tazz na mesa dos comentadores,foi qualquer coisa como…Ill see it when i believe it…Batista aparece…oh my good i believe it.

    Deixo o link para quem quiser ver. https://www.youtube.com/watch?v=LbvbeaahpYQ