Mais uma semana, novo artigo do People’s Elbow! Desta vez, o protagonista será o beast Brock Lesnar, onde recordarei os seus dois anos a tempo inteiro na WWE (2002-2004), os acontecimentos em que tem marcado presença desde a sua volta ao Pro-Wrestling e as suas campanhas noutros desportos antes de o termos de novo a provocar dor na empresa de Vince! Apresentado o tema, dou inicio à edição de hoje!

The People's Elbow #22 - Here Comes the Pain Again

Brock Lesnar (12 de Julho de 1977) é um lutador de MMA e ex-campeão mundial dos pesos pesados da UFC, título que perdeu ao ser derrotado por Cain Velasquez, além de ser Pro-wrestler e wrestler amador, modalidade em que começou a lutar em 1997. Esteve na WWE entre 2002 e 2004, onde deteve o cinturão máximo por três ocasiões e ganhou o Royal Rumble e o King of the Ring. Após a saída da WWE, jogou na equipa profissional de futebol americano Minnessota Vikings, antes de regressar à carreira de lutador no Japão. No dia 2 de Abril de 2012, fez o seu retorno na Raw, quando executou o seu finisher em John Cena.

The People's Elbow #22 - Here Comes the Pain Again

Lesnar entrou na indústria da luta livre na Universidade, onde era colega de quarto de Shelton Benjamin e participava em torneios, onde pôs o seu talento a descoberto e assinou pela WWE, tendo ido para o centro de desenvolvimento. Ali, formou uma stable com Shelton, ganhou os títulos de Tag Team e alcançou fama pelo facto de aplicar o Shooting Star Press, um ataque incomum para o seu peso e tamanho (133 kg e 1,91 metros).

Em 2002, foi chamado para a Raw, tendo como manager Paul Heyman, interrompendo um combate pelo título Hardcore e atacando os intervenientes. No episódio seguinte da brand vermelha, foi atrás duma rivalidade com os Hardy Boys, tendo havido, no Judgement Day, um combate Tag Team entre Lesnar e Paul Heyman contra os irmãos, terminando a feud a favor dos dois primeiros. Seguidamente, participou do King of the Ring, indo à final com RVD e saído com a vitória, tendo isto causado uma feud entre os finalistas, que teve o seu ápice no Vengeance com RVD a derrotar Lesnar e mantido o título intercontinental.

Desde cedo, demonstrou uma agilidade fora do normal para uma pessoa com a sua composição física, impressionando em manobras aéreas, rapidez de movimentos e utilização dos cantos para efectuar golpes de cima deles. Na sua estreia, fez-se acompanhar pelo Paul Heyman, que falava por ele, deixando-o expor-se como força bruta e resolvendo assuntos com a sua brutalidade; enquanto alguém promovia esses actos pelas promos, Lesnar demonstrava-os. Não só falar ao microfone era a sua carência como era uma necessidade ele ter uma pessoa que fizesse isso por ele: a voz suave dele não combinava nada com o programado plano de arruaceiro e comprometia o exercício que estava a ser aquela tremenda aposta na sua subida rápida aos maiores galardões da empresa! Como meter medo aos adversários com um tom vocal deles?! Ficou-se (e muito bem) pelo que sabe fazer com o seu imponente corpo… O desafio para mostrar o alcance que o seu físico conseguia atingir foi desenvencilhar-se de dois atletas extremos como eram os irmãos Hardy. De destacar que o interesse de Lesnar não era entrar na competição de equipas, o motivo da sua procura pelos Hardy era marcar impacto com a destruição duma equipa de grande categoria. Vale ressalvar que ele começara como heel e quis encontrar logo oponentes de respeito, neste caso, numa batalha numérica desigual. Quantos heels a WWE coloca a fazer isso hoje em dia? Muitas das vezes os vilões tentam intimidar e lutar com os mais fracos, percorrendo um caminho mais fácil que aquele em que teriam de enfrentar as grandes estrelas. Não costuma haver mais esta medição de forças, os heels acobardam-se e não têm intenções de procurar adversários da sua altura, muito menos dois duma vez! Lesnar fê-lo e, cumprida a missão, esclarecidos os cépticos, foi metido no torneio “Rei do Ringue” para de lá sair vencedor contra um renomado RVD, depois de ter ganho nos quartos de final a Booker T e nas meias finais Test. Recebendo uma oportunidade pelo WWE championship no SummerSlam (um direito após ganhar o evento), o título intercontinental de RVD não interessava, por isso não se pode dizer que Lesnar tenha saído a perder contra o primeiro adversário de maior estampa física (RVD é um lutador pesado mas, tal como o individuo aqui em questão, um acrobata). Os desígnios eram maiores e não tardariam a chegar…

The People's Elbow #22 - Here Comes the Pain Again

Em Agosto de 2002, estreou-se na SmackDown, interrompendo um combate em que o campeão The Rock estava a participar, desafiando-o pelo título da WWE no SummerSlam, onde conseguiu conquistá-lo. Após essa conquista, envolveu-se numa feud com UnderTaker, em que tiveram um combate no Unforgiven e competiram no Hell in a Cell e No Mercy, onde Lesnar venceu. O rival seguinte foi Big Show, tendo este atacado-o durante um combate, iniciando uma feud. No Survivor Series, com o título em jogo, Big Show ganhou o combate após Paul Heyman trair o seu cliente. Durante esta feud, ocorreu um combate histórico, no qual o ringue colapsou após um superplex! Esta feud terminou quando Lesnar foi suspenso por ignorar a Gerente Geral Stephanie, que o avisou para não atacar Big Show, o que aconteceu. Quando regressou da suspensão, entrou no Royal Rumble, que acabou por vencer. Desafiou Kurt Angle para um combate no No Way Out. A feud continuou até à WM, onde venceu o título outra vez. Como Angle estava lesionado e sem condições para pedir uma desforra, John Cena desafiou-o para lutarem no Backlash, do qual Lesnar saiu vencedor. Depois disto, surgiu Big Show, a quem Lesnar venceu no Judgement Day.

Kurt Angle regressou e exigiu a desforra no Vengeance numa triple threat match, onde se incluía o World’s largest athlete. Lesnar perdeu o título para o campeão olímpico, exigindo a desforra no SummerSlam, onde desistiu para a submissão de Angle. Teve outra oportunidade na SmackDown, numa Iron Man Match de 60 minutos, em que levou a melhor com um resultado de 5-4. O candidato seguinte foi UnderTaker, que perdeu no No Mercy. Angle não tinha desistido do título e no Survivor Series a Team Angle lutou contra a de Lesnar, tendo a feud acabado aqui. Hardcore Holly entrou na corrida ao título, perdendo no Royal Rumble 2004. Lesnar perdeu finalmente o título no No Way Out contra o Latino Heat Eddie Guerrero, após um spear de Goldberg, vingando-se dum F-5 no Royal Rumble, que o eliminou. Entravam definitivamente em feud sem terem ainda combatido, o que viria a concretizar-se na WM20, com o árbitro especial do combate a ser Steve Austin que, numa Raw, tinha sido atacado pelo Lesnar. Stone Cold decidiu isto por ser o GM da SD da altura. Os dois afirmaram que iriam sair após a WM, o que levou a uma reacção negativa do público, entoando cânticos contra esta situação. Goldberg derrotou Lesnar numa disputa de brutalidade muito longe das expectativas (ou não, porque quando se mete duas bestas a bater-se uma contra a outra não é normal resultar coisas boas).

Lesnar foi para a NFL (Liga Nacional de Futebol) ao integrar a equipa dos Minnesota Vikings, até ser expulso logo do clube. A WWE aproximou-se e tentou convencê-lo a voltar, mas sem obter resultados, pois ele assinou contrato com a promotora japonesa NJPW, onde foi campeão por trezentos dias. Em Outubro de 2006, estreia-se nas Artes Marciais Mistas. O primeiro combate na MMA ocorreu no dia 2 de Junho de 2007 e terminou com uma vítória.
Logo após isso, assinou contrato com a UFC, onde elaborou um currículo de 5 vitórias (2 por KO, 2 por finalização e 1 por decisão) e três derrotas (2 por KO e 1 por finalização). Lesnar tornou-se temido no mundo MMA e recebeu o prémio de revelação de 2009. A 26 de Outubro de 2009, foi anunciado que tinha contraído uma doença e que a sua segunda defesa do cinturão foi marcada para 2010. A 4 de Novembro, foi confirmado que ele estava sofrendo de mononucleose e a luta foi cancelada. Enfrentou Alistair Overeem que garantiria ao vencedor a vaga de desafiante ao cinturão de pesos pesados e, perdendo a luta, anunciou oficialmente que não estaria competindo mais na UFC.

The People's Elbow #22 - Here Comes the Pain Again

Espaço agora para algumas reflexões antes de entrarmos na sua segunda vida na WWE. Brock Lesnar, em poucos meses, escalaria uma montanha que, em casos normais, demoraria anos. Chegou, viu e venceu. Pouco a pouco, foi dizimando a concorrência e adquiriu o lugar de candidato ao campeonato da WWE, que garantiu à primeira a ninguém menos que The Rock. Nada mau para começar, pois não?! Foi lutando com todos os maiores superstars que havia, tarefa nada fácil mas que ajudou na sua consolidação como uma das caras do balneário e a enaltecer que ali não estava nenhum novato e sim uma força da natureza capaz de destruir fosse quem fosse que se pusesse no seu caminho. Com uma construção para lá de fenomenal, teve feuds (algumas repetidas) com todo o tipo de colegas, especialmente os mais atléticos, assim como com os mais abastados fisicamente, tanto realizando combates duma destreza e atleticismo dificilmente superáveis como arreando de pancada brawlers.

Em dois anos, foi face e heel, notabilizando-se em qualquer das duas facetas mas surpreendendo no face turn. Um monstro destruidor foi muito bem aceite como bom da fita, em que teve mais facilidade de expressar o seu carisma e rapidamente adquiriu o carinho da plateia. Uma multiplicidade incrível de controlo da personagem para quem vinha sendo odiado pelos banhos de sangue que saíam dos seus confrontos! Nesse pouco tempo, deixou um dos OMG moments que recordaremos para sempre, que foi a quebra do ringue ao aplicar o superplex no atleta mais largo do mundo! A maneira como foi feito o seu turn foi muito bem pensada, com a traição do seu manager, o afastamento por parte da GM a quem não obedeceu e consequente retorno no Royal Rumble, uma temporada fora que o fez aparecer como uma das surpresas neste género de eventos e lhe deu a vitória! Era possível moldá-lo como se quisesse, tão grande era o seu valor, e de intenso heat das bancadas passou a ser recebido com um imenso pop!

Havia de debandar com uma má impressão deixada na sua derradeira luta, contra o igualmente corpolento Goldberg. A união de duas bisarmas queria não só vincar o poder pelo mais forte como proporcionar uma disputa memorável no vigésimo aniversário da WM, contudo, infelizmente, o face a face foi muito fraco, com pouca acção dos intervenientes e com uma audiência a fazer ouvir o seu desagrado pelo destino dos dois lutadores logo a seguir.
O abandono não foi amigável, afinal, a WWE tinha-lhe dado tudo, tinha-o orientado num caminho de que muito poucos se podem gabar num curto período de tempo, e ele desistia dois anos volvidos para ir jogar à bola! A WWE sentia, e com razão, que ele ainda tinha muito para oferecer no ramo e queria continuar a lucrar com essa aposta, mas a decisão dele foi irrevogável. Era conhecido que o Pro-Wrestling não o atraía, deslumbrando-se antes pelo dinheiro que o seu dom lhe poderia conferir. Mesmo deixando toda a gente empertigada, aqueles dois anos foram muito mais saborosos com a sua presença e a sua saída desfalcaria e de que maneira a companhia, num ano de perdas como as provocadas pelas retiradas de The Rock e SCSA.

Os tempos que viriam não seriam os mais famosos, com uma curta passagem pelo futebol e uma estadia no Japão, que preferiu a um regresso à WWE. Seria na UFC, organização que suporta as denominadas lutas a sério, que voltaria a dar-se bem. Para nosso desgosto, declararia o seu desprezo pelo produto da WWE, assumindo-o como falso, apoiado pelo Dana White. Tudo apontava para que não largasse a dureza e o espirito competitivo do “cada um por si” e afastado de combinações da MMA, no entanto, a sua saúde começou a preocupá-lo e duas derrotas para lutadores muito inferiores (a que se pode chamar de baixotes ou franganotes) conduziu-o a abandonar os rounds.

Mal se ouviu falar na saída de Lesnar das MMA, começou-se a suspeitar dum reinvestimento no Wrestling, que não parou de lhe fazer sombra com as constantes trocas de olhares com o espectador Mark Callaway nos eventos da UFC. Foi Uma questão de paciência até aceitar os milhões de Vince, ao qual adicionou exigências de horário. Na Raw de 2 de Abril, retorna e aplica o seu finisher em John Cena, com quem perde no Extreme Rules. Invocando legitimidade no duelo com John Cena, e tendo saído defraudado do embate, utiliza-se uma storyline para o ausentar, derivado da sua limitação de aparições. A verdade é que esteve perto deste ter sido o último combate de sempre pela WWE porque, segundo relatos, ele não se importou de perder, estava-se bem lixando para isso, mas queixou-se duma promo de Cena e de certos acontecimentos no combate, que o terão afectado com dores e lesões. Sabia-se de antemão que a relação com Lesnar se basearia no tratamento e no dinheiro, sendo complicado aturá-lo sem colocar isso na mesa. O combate não deslumbrou, muito por culpa dele se ter apresentado como se estivesse na MMA, manobrando-se em murros, pontapés e joelhadas, num estilo mais agressivo, e limitando as técnicas de wrestling a uns quantos suplexes, insatisfazendo quem queria ver o Lesnar de antigamente.

O certo é que a coisa lá se acertou e inicia-se uma nova proposta para o posicionar em TV: na Raw, atacou o COO HHH, que acabou com um braço partido após um Arm Lock (Kimura) devastador. Esta rivalidade foi desnecessária tendo em conta o horário muito folgado de Lesnar, que devia ter partido para a promoção de algum jovem talento. A história até foi bem contada, com HHH a não ceder às exigências do contrato de Lesnar, que tinha sido combinado com John Laurinaitis. Hunter intrometeu-se no que estava já decidido e o contacto físico prolongou-se por demasiados PPV’s, como na WM29, tendo a carreira do Assassino Cerebral “on the line”. Pelo menos, pudemos ter connosco Paul Heyman como seu representante que, quando Lesnar não estava presente, se encarregava de manter a chama acesa. Perdeu-se aqui uma chance de aproveitar um atleta que pouco trabalha noutras tarefas. Deu até tempo de HHH cortar o cabelo! No episódio da Raw de 17 de Junho, atacou Punk com um F-5, e adoptou a mesma medida a 15 de Julho. Na semana seguinte, Punk desafiou-o para uma luta no SummerSlam, que Paul Heyman aceitou em nome dele. Lesnar derrotou-o num combate sem desqualificação. Esta feud serviu muito mais os interesses de todos, enquanto a anterior tinha servido para encher o ego do Trips em mais um confronto de titãs. Aqui desenleou-se o novelo do fim da relação de Punk e Paul, muito bem definido numa linha de raciocínio deveras perspicaz. Brock foi o primeiro obstáculo lançado para eliminar Punk naquilo que foi uma homenagem à modalidade, numa demonstração de que o tamanho não importa (não para aquilo que estou aqui a falar!). Foi realmente um grandessissimo combate, não estava confiante em como Phil Brooks iria conseguir bater-se com um cavalo como Lesnar, que faz dois dele, mas o espectáculo foi enorme e a quezília pode bem ser nomeada combate 5 estrelas e Match of the Year. Sem dúvida que foi a melhor performance das três feuds em que andou metido desde 2012. Com mais uma paragem possivelmente até à Road to WM, resta saber o que se tem preparado para ele!

Há muitos combates de sonho que se poderiam fazer com ele, mas julgo que está na hora dele elevar alguém. Com John Cena foi um arrumar do passado, HHH foi… o que foi (!) e Punk foi uma mensagem de Paul de que irá transformar a vida do seu “former best friend” num Inferno. Lesnar saiu há 9 anos atrás com a mágoa de SCSA ter recusado defrontá-lo. Magoado não será o adjectivo ideal, ele até goza dizendo que Steve teve medo de o enfrentar. O que se passou foi que Lesnar estava a arrumar as estrelas que até então eram as preferidas dos fãs. Para o credibilizar como máquina de destruição, lutadores mais velhos e alguns em final de curso na WWE foram-lhe atribuídos para serem esmagados e consolidarem a storyline da mais recente aquisição. The Rock e Hulk Hogan, somente duas das caras mais reconhecidas do universo WWE, tiveram de cumprir o seu papel e verem-se ultrapassados por este bisonte. Outros foram inclusive squashados por ele e foi isso que foi proposto a SCSA, que não quis fazer tal coisa por achar que iria tomá-lo como fraco. Não podemos ter a certeza se Lesnar defrontaria um SCSA jobber ou se combateriam normalmente e, mesmo que num curto espaço de tempo, o novato saísse vencedor sobre a face da Atitude Era. O que é verdade é que não aconteceu esse braço de ferro e este foi um motivo para SCSA se aperceber que não era mais relevante como antes e encerrar a sua carreira.

Com SCSA motivado a fazer mais um combate, o aguardado desenlace poderia acontecer, apesar de eu preferir que o Mr Stunner não pise mais um ringue com a idade que tem e os problemas graves de saúde que ainda contorna. Undertaker seria outro, conhecendo-se que o senhor Mark foi um dos que ficou muito chateado pelo modo como Lesnar cuspiu no prato em que comeu, depois de Taker ter perdido para ele de forma a elevá-lo. Taker deixou a bomba cair com um “Do you wanna do it?” em plena UFC, porque não Lesnar aceitar e encontrá-lo na WM?
A WM está a ser preparada e Ryback enquadra-se como oponente, numa história que terá Lesnar como face e o segundo Goldberg continuando como Paul Heyman Guy. Não sou um admirador ou apoiante do Ryback, mas sempre entendo mais que isso aconteça do que Cryback tentar quebrar a corrente de vitórias do Dead Man! Desde que seja melhor do que foi em 2004 contra aquele com quem o Ryback é comparado não fico descontente!

O que eu queria mesmo era que Lesnar competisse com Sheamus, se a paragem prolongada deste acabasse por volta de Janeiro ou Fevereiro. Como parece que vai durar mais que isso, adoraria ver Daniel Bryan contra ele, embora todos esperem um Punk vs Goat Face! Não sei como se vai desenvolver isto, percepciono e desejo é uma viragem para face da sua parte. A segunda rodada deste excelente atleta dentro da empresa de Vince está a ser agradável de assistir, imaginem se ele não tivesse sido parvo e saído naquela altura, não que não tenha alcançado êxito como fantástico intérprete de luta que é, mas se no total de quatro anos na maior empresa do mundo já tem o sucesso e o talento que tem não haveria palavras se se tivesse mantido no ramo. Falando nisso, não se justificará o seu desinteresse em continuar por a WWE lhe ter concedido todos os prémios e privilégios cedo demais, desmoralizando-o com a lógica de que tudo o que viesse a seguir seria inferior aos feitos prévios? Quem se seguiria no roster para rivalizar com ele que fosse superior aos muitos com quem disputou combates se ele já tinha limpado mais do que uma vez as maiores estrelas da indústria? Um push que resultou mas que foi muito carregado, resultando num falhanço comercial e num desligamento prematuro.

Uma carreira ainda não muito longa, uma idade que permite prever mais alguns anos disto (se lhe abanarem com o cheque!) e um texto deste tamanho apenas para falar dele! Absolutamente um dos atletas mais perfeitos que há memória! Os meus momentos preferidos dele são o The Rock vs Lesnar na sua primeira conquista do cinturão e a perda do mesmo para Eddie Guerrero (estes dois são dos combates que nunca me canso de ver, adoro matches com reverses e intromissão de alheios), da mesma maneira que os 4 ou 5 combates que teve com Undertaker. Da sua recente reinserção, destaco a entrada demolidora no escritório de Hunter Hearst Helmsley e a promo a despertar os mais distraídos para o facto de “Size does matters” e “The best is the beast”, na preparação do “Best vs Beast”. Foi tudo por hoje, comentem o que quiserem sobre esta edição e o seu foco! Abraços para todos!

The People's Elbow #22 - Here Comes the Pain Again

3 Comentários

  1. Respect the beard10 anos

    Absolutamente fenomenal,o Lesnar sempre foi um grande lutador e vai continuar a selo.

  2. gui10 anos

    belo artigo.
    se o brock lesnar não teve-se deixado a wwe quantas vezes ele seria campeão quantas vezes estaria em lutas maravilhosas para nós assistimos mas é só um homem que luta só pelo dinheiro,
    como lutador ele é muito bom

  3. O Brock Lesnar é brutal. Um atleta bastante completo, pelo menos dentro do ringue… Só lhe faltam “mic-skills” ( aquela vozinha…), de resto, tem tudo.

    Boa análise sobre a carreira da “Beast”.