A comparação entre o UFC e o WWE sempre ocorreu, sobretudo com o crescimento da organização de MMA nos últimos anos. Em 2021, o que chamou mais atenção foram as receitas na casa de mil milhões de dólares de ambas. É a prova que os eventos de luta conseguiram superar a crise financeira e continuaram a crescer. A expectativa é que isso continue a ocorrer no futuro, e as duas organizações consigam atrair ainda mais público e audiência nos eventos. Uma boa notícias para os adeptos e também para os lutadores.

No início deste ano, o WWE divulgou oficialmente a receita de 2021 e confirmou que pela primeira vez o número ficou acima dos mil milhões de dólares. Uma notícia comemorada nos bastidores, mas logo foi repetida pelo UFC. A maior organização de MMA do mundo também confirmou que teve uma receita acima dos mil milhões de dólares de maneira inédita. Assim, as duas empresas conseguiram resultados positivos com os eventos do ano passado.

Um levantamento feito pela Betway, site de apostas online no UFC, detalhou o crescimento do UFC nos últimos anos e revelou alguns segredos para isso acontecer. Por exemplo, enquanto a receita aumentou cerca de 46% em apenas três anos, a percentagem gasta com salários só diminuiu no período. No ano passado, apenas 9,4% da receita anual foi gasta na remuneração dos lutadores. Isso cria uma maior distribuição de dinheiro, e faz da empresa mais saudável na economia.

Isso é algo que pode parecer surpresa para alguns, mas a verdade é que o UFC não remunera tão bem os atletas. O artigo também mostra que apenas 42% dos lutadores que entraram no octógono em 2021 receberam um salário com mais de seis dígitos. São valores considerados baixos, sobretudo num desporto tão popular nos Estados Unidos e em diversos países. Porém, é inegável que isso gera uma economia para as folhas da organização.

Despesas com lutadores

Em julho, o WWE confirmou a assinatura com Logan Paul, e pagou cerca de 15 milhões de dólares para isso. O norte-americano sempre chamou a atenção nos esportes, sobretudo após realizar alguns duelos de boxe. Na ocasião, ele enfrentou o icónico Floyd Mayweather e lucrou 18 milhões de dólares. Essas negociações milionárias são mais difíceis de acontecer no UFC, assim como no WWE, que justifica a boa receita conquistada nestes últimos anos.

A reportagem do blog Betway Insider fez uma comparação com os cinco lutadores do UFC que mais ganharam dinheiro em 2021. Conor McGregor foi o único que superou a marca de um milhão de dólares. Os outros quatro ficaram abaixo disso, e somados não tinham mais que dois milhões de dólares em salário. Enquanto isso, os cinco boxeadores mais bem pagos receberam, em média, 18 vezes mais. É uma diferença muito grande, mas que faz entender a situação atual.

O boxe pode fazer mais dinheiro que o UFC e o WWE, mas os controles com as despesas dos atletas permite organizações mais saudáveis financeiramente. A prova disso veio no ano passado, como mostramos as receitas de mil milhões. Isso cria também uma perspetiva de crescimento para o futuro, principalmente se olharmos para o UFC, que só cresceu nos últimos anos. São modalidades e eventos diferentes, mas que parecem promissores.

Aumento de gastos

Apesar da política de remunerações menores, os atletas no UFC conseguiram receber mais ao entrar no octógono. Em 2005, por exemplo, um lutador tinha como menor lucro possível 2 mil dólares por evento. Esse número aumentou em seis vezes, com o piso atual de 12 mil dólares. É uma mudança importante, pois os lutadores estão longe de terem uma má remuneração, apesar de não ser o mesmo que outros desportos pagam, como o futebol.

O WWE vai pelo mesmo caminho, e isso acontece pelo interesse da organização em colocar novos lutadores para o público. Uma tática que até hoje teve uma boa resposta, e não deve mudar tão cedo. É assim que essas empresas conseguiram superar a crise que afeta todo mundo deste 2020.

As comparações entre o WWE e o UFC vão continuar no futuro, mas isso é positivo para ambas. Os lucros de mil milhões mostram isso da melhor maneira possível, e os adeptos podem comemorar, pois é a garantia de mais eventos no futuro.

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