“As god as my witness he is broken in half!” – Jim Ross

Vintage #98 – Vintage of my life (2)

Tinha acabado a última edição, com uma declaração que me caracteriza. Vivo de impulsos enquanto fá. Sim, é essa maneira que gosto de especificar-me enquanto adepto de wrestling, e não acham que é a essência disto que tanto gostamos?

Reparem esta última edição da Wrestlemania. Um bom combate entre Orton e Rollins, mas o que é que ficou na retina? Aquele RKO vindo do nada! Ou quando o arquiteto dos Shield – Seth Rollins, faz o cash in em Lesnar. Foram momentos únicos, e o impulso que tive (e acho que muitos de vocês) foi de ficar com aquela cara de espanto, e pele de galinha.

Tinha terminado na semana passada, o vintage, com o combate entre HBK e Taker num Hell in a Cell, mas houve outro combate, que o deadman lutou que é incontornável a história e o legado que deixou, com algo nunca visto num ringue de wrestling.

A expressão que iniciei o artigo são palavras proferidas pelo good old JR, quando Mankind foi arremessado por Undertaker, após ter aplicado um Chokeslam em cima do topo da cela, onde ela “sucumbiu” ao peso de Mankind, deixando o mesmo “desfeito” e prostrado em ringue.

Uma imagem vale por mil palavras, mas neste caso, quem não viu este segmento, tem que ser um must see, e sentir na pele as palavras de JR.

Eu sempre tive uma tendência de apoiar os underdogs, basta lembrar-me o que “markei”quando Rey Mistério foi World Champion, ou venceu o Rumble, mas houve um wrestler que encheu as medidas enquanto fá. Edge era o tipo de “gajo” que gostava de ser (não porque não gosto como sou) mas o “bacano” tinha a sexy Lita ao seu lado! Caramba, que mulher mais linda!

Mais a serio. A Lita é gostosa, disso não há dúvidas, mas Edge era o verdadeiro irreverente, com rock nas veias e um espirito de sacrifício e qualidade em ringue, pouco comparáveis nos anos em que foi World champion.

Quando ele fez o cash in em John Cena, foi como um dedo polegar para cima, com a satisfação de ele ter conseguido aquilo que tanto merecia, pena que precocemente tivesse que pendurar as botas. Edge será sempre, o wrestler que tinha tudo o que gostava. O look, a girl e todo um estilo perfeito, para cativar uma plateia.

Vintage #98 – Vintage of my life (2)

Recuando no tempo, e voltando a falar de impulsos, e fazendo um pequeno “remind” dos anos 90, pergunto como conseguia ver a quantidade de squash matchs que havia. Que coça que levavam, mas houve uma que até fiquei com pena do jobber.

Foi a estreia do senhor machismo Razor Ramon, onde “atropelou” por completo um desconhecido, com manobras ousadas e, eu, nunca tinha visto tal coisa nos ecrãs da minha televisão. Razor Ramon era o verdadeiro bad guy, algo que eu ainda não tinha visto nos mauzões daquela época. Posso mesmo afirmar, que somente Jack “The Snake “ Roberts, conseguiu colocar um enorme hate a volta dele, porque os wrestlers que interpretavam essa faceta eram personagens, onde pouco conseguiam ir mais além do que a mesma lhes dava. Era difícil um “ladrão” fazer mais do que…roubar.

https://www.youtube.com/watch?v=AiGxx3X1_Pk

Para os fás de Sandow (se é que ainda há alguns) ele não é caso único de mal aproveitamento. Nos anos 90 havia casos gritantes. Um deles era…e vou especificar o nome completo: The Rocket Owen Hart. Que atleta, que qualidade em ringue. Faltava carisma, mas isso é trabalhado, e foi aquilo que não foi feito por Vince. Vejamos que ter como equipamento de ringue umas calças XXXXXLLL, à partida é a “morte do artista”.

Ainda bem que o patrão abriu a pestana e deu oportunidade a Owen Hart, e ele foi um dos wrestlers mais Heel que vi actuar nos anos 90.

Vintage #98 – Vintage of my life (2)

Isto de ser mauzão, tem os seus quês, e para semana, vou desdobrar-me sobre alguns wrestlers, que ficaram no esquecimento e, talvez muitos de vocês, nem os conhecem.

Até para semana. Sejam Felizes!

10 Comentários

  1. Excelente artigo.
    Eu sempre tive tendencia a apoiar os babyfaces,mas não quero dizer que não goste dos heels,simplesmente tenho queda para os babyface.
    Nos meus tempos de inicio no wrestling,mais concretamente na WWE,o wrestler que me marcou foi o undertaker,ele tinha aquela personagem diferente de todos os outros,era bom dentro do ringue,cada promo que fazia metia medo ao oponente,era espetacular.

  2. Quando vi este desporto pela primeira vez, apoiava os faces com Batista, contudo, havia um heel que hoje me faz gostar mais dos bad guys, de seu nome Triple H.

  3. Ótimo Vintage, André!

    Em quase todos os casos, na nossa fase mark, sempre apoiamos os faces. Meus favoritos, por exemplo, eram: John Cena, Undertaker, Triple H, Rey Mysterio, CM Punk, Jeff Hardy e Shawn Michaels. Detestava o Edge com todas as minhas forças (isso prova o ótimo trabalho que fez) já que peguei sua feud com o Taker e o Edge, com a Vickie e La Familia, fazia de tudo para se safar e eu torcia para o Deadman o arrebentar inteiro quando visse o Rated R Superstar.

    Além disso, todos, AND THE SORLEI MEANS…TODOS que começaram a ver WWE quando crianças ou quase pré-adolescentes foram fãs de faces como o John Cena (independente dos fatores que levam os fãs atuais a vaiá-lo) por um tempo. Ele era o cara injustiçado que dava coças em todos os vilões no final. E a gente gostava disso. Os heels eram desprezados e só depois depois de começarmos a entender essa indústria melhor é que damos valor a senhores como Edge, por exemplo.

    • Sem duvida e, acrescento, porque não falei no artigo – JBL.

      • Juan Alves9 anos

        Nem todos que comecaram a ver wwe na adolescência foram fãn do Cena.
        Eu comecei a ver com uns 11 ou 12 anos e nunca gostei do dele.
        A primeira luta que vi foi Jeff Hardy vs Randy Orton e na mesma hora virei fã dos dois. A primeira luta que vi do Cena foi contra o Orton desde entao ja peguei desgosto pelo Cena.

  4. Gosto de todos. Mas falta ai outro dos meus heels preferidos de sempre, o “MESTRE” Y2J. Adorei o turn dele no HBK quando veio na 2 Coming.

    Momentos como o cash do Rollins, a vitória do Benoit na WM, a YES!Mania. Mas admito que o momento que ainda me mantem como fã disto foi o Ano do Punk, e sobretudo a Pipebomb caso contrário teria desistido disto naquela altura.