1 – Vince morto… No more
Pronto, eu tinha dito que isso de coisas a explodir se calhar não era muito conveniente ou até bem-vindo à habitual programação da WWE, mas isso não está correcto. Uma limusina, com o Vince lá dentro, aparentemente hesitante em entrar, – ou lá o que aquela perna representasse – após enfrentar todo um ameaçador plantel – e um muito risonho Paul London. Isso sim, pode ir pelos ares, se for para nos causar intriga.
E causou. Hoje em dia recordámos com riso e sabemos logo a categoria de fantochada que é. Mas na altura não foi bem assim. Tiveram mesmo que atender umas chamadas de uns patrocinadores preocupados, para saber se ainda era ao Vince que respondiam nas negociações todas. E, ao tempo que isso foi, e olhando a uma possível idade média de leitores que a partilhem comigo, na altura em que se deu eramos petizes inocentes. Lembro-me perfeitamente deste angle ter causado falatório nos recreios, divindo-nos – um grupo a jurar a pés juntos que o gajo estava mesmo morto e outro a lembrá-los que não iam mandar uma cena de um crime para a TV com aquela facilidade e timing perfeito. Ou seja, o angle, surreal que fosse, até nem era assim tão mau. Causou impacto e prometia uma tremenda storyline: um testamento de Vince revelaria Mr. Kennedy como seu filho ilegítimo e iniciaria um push que o levaria ao título Mundial. Finalmente, como concordariam muitos.
Mas timings do caraças. A brincar às mortes e acontecia uma mesmo a sério, das mais chocantes entre todas, que abalam sempre. Da forma que as coisas estavam, ainda dava para unir e fundir as duas coisas. Então o Raw em memória do Vince McMahon, também seria – e seria na verdade – em memória de Chris Benoit, que fora encontrado morto, em sua casa, juntamente com a sua restante família. Foi durante esse mesmo programa que se descobriram as circunstâncias e se chegaram às conclusões do que tinha sucedido. E viram-se entalados. Sentiram-se na necessidade de dizer alguma coisa e fazer alguma coisa. E era preciso que o velho ressuscitasse. Vince apareceu, então, vivíssimo, a falar sobre aquele que ainda é o mais delicado tema em todo o wrestling, de uma forma que terá a sua recepção mista, e fechou ali o capítulo “Benoit” e qualquer menção ao mesmo. Toda a estória com ele a ir pelos ares foi abortada e aquela brincadeira toda do filho ilegítimo voltou mais tarde, a meio gás, com tons bem mais cómicos e, qual Mr. Kennedy qual quê, bem sabemos que teve o mais indicado “pay off”!
Estão a ver como é difícil fazer planos? Depois andam esses loucos todos, para trás e para a frente, a alterar guiões e a definir as coisas até á última hora e… Na verdade, isso também não é lá muito desculpável. Mas em qualquer circunstância… Coisas acontecem e por vezes há a necessidade de desenrascar. E com o tema já apresentado, a ver se também se desenrascam aqui umas reacções e uns comentários, sem timidez, que até acho que dá para comentar o assunto e acrescentar casos, como aqueles causados por lesões – fácil de assumir que os títulos Mundiais que Christian e Kevin Owens tiveram na WWE se deram só por causa disso. Participem como quiserem!
E há mais para falar na próxima semana. E se por vezes algumas coisas mais negras obrigam storylines a alterar-se, por outras lá deixam os escrúpulos de lado para as utilizar mesmo! É tema sensível na próxima semana, são dez trágicos acontecimentos reais que inspiraram storylines. Há controvérsia aí! E não houvesse controvérsias no raio do assunto que ainda nos preenche o dia-a-dia, mas do qual gosto de pensar que já estamos de saída. A ver se essa discórdia está para acabar para breve! Muita força a todos e fiquem bem! Até à próxima!
4 Comentários
Gostei muito do artigo.
Para quando um artigo da AEW? Talvez com algumas curiosidades de alguns lutadores.
Abraço e boa continuação.
A situação do Hassan ainda me revolta. Nós Portugueses, não somos nenhuns exemplos, mas os americanos são 1000 vezes piores que nós. Por muito que tenha sido coincidência…
Mais um bom artigo.
O Hassan era genial! Foi uma perda para o wrestling ele se ter afastado da modalidade.
A ultima vez que ouvi falar dele descobri que era diretor de uma escola.